Lisa ainda estava sentada no canto do quarto quando ouviu a explosão ecoar pela casa como um trovão de verão. O som cortou o céu e fez as janelas vibrarem, como se um presságio atravessasse as paredes do Bando Estrela da Noite. Seus olhos se arregalaram em pânico, e sua primeira reação foi instintiva: "Ava…" Desde o ataque fracassado, Lisa vivia à sombra do medo. Sabia que havia despertado algo em Ava. Algo sombrio. Algo incontrolável. A lembrança do pescoço queimando sob as presas da loba vermelha ainda a assombrava. A pele, mesmo horas depois, estava marcada, e não apenas em carne — mas na alma. As marcas profundas deixaram cicatrizes que nenhum feitiço conseguia esconder. Em pleno verão, Lisa usava uma camisa de gola alta. Uma peça estranha para o calor escaldante que pairava sobre o

