Lost in Paradise

CAPÍTULO III

Angeline voltou para casa e começou a arrumar suas malas, o combinado era não levar muita coisa, mas ela não conseguia em hipótese alguma deixar as coisas que sentia ser Nescesarias, como sua necessaire e sua pequena maleta de esmaltes, sua pequena farmácia particular com remédio para dor muscular, de cabeça, de dente, Mertiolat e uma caixa repleta de Band-aid decorados com flores e gatinhos. -Ainda está faltando algo, meu Deus o que é? Angeline Corria por seu apartamento tentando lembrar do item que faltava para completar sua mala. Michael que Já havia chegado no prédio onde Angeline residia, esperava pacientemente desde as sete e meia da noite, ele esperou e esperou, quando o relógio marcou extremamente oito e meia, ele se indignou com o atraso de Angeline e subiu até o seu apartamento. -Angel, você está uma hora atrasada, o que aconteceu? Michael batia na porta enquanto a chamava. -Não me apressa! Angeline gritou ainda correndo. -Anda logo, o piloto não vai te esperar pra sempre não garota! Michael bateu na porta com mais força. -Escuta aqui! Angeline abriu a porta e lançou um olhar mortal para Michel. -Eu não pedi pra vir me buscar, você está aqui porque quer e se está com tanta pressa assim, é só ir embora que quando eu acabar, chamo um táxi! Angeline disse nervosa. -Ótimo! Michael virou as costas e saiu, entrou em seu carro e foi para o aeroporto onde o jatinho da empresa estava aguardando. Após ter finalmente terminado de arrumar suas coisa, Angeline pediu um táxi para a levar ao aeroporto, mas por conta do horário todos os carros que ela chamavam acabavam cancelando a viajem. -Mas que inferno! Angeline deu suspiro de desgosto, enquanto sentava em uma de suas malas. Enquanto ela estava pensando no que fazer, um carro passou por ela buzinando alto fazendo com que ela se assustasse. -Ficou maluco cara? Angeline gritou furiosa, então o carro começou a voltar até onde ela estava e o vidro escuro começou a descer. As pernas de Angeline começaram a tremer e ela disfarçadamente colocou a mão em sua bolsa pegando seu spray de pimenta caso fosse necessário. -Desistiu ir foi? Quando o vidro desceu por completo, ela pode ver que era Michael no carro e ele estava com um sorriso m*****o no rosto, resultado de ter conseguido assustar Angeline. -Você é realmente mais e******o do que eu imaginava! Angeline resmungou abrindo a porta do carro. -Não vai me ajudar com as malas? Perguntou ela com dificuldade de carregar as malas, pois havia ficado muito tempo de pé em um salto Moderavelmente alto enquanto esperava um táxi. -Não! Michael se espreguiçou no banco. -Que cavalheiro você! Angeline revirou os olhos e com muito esforço conseguiu colocar suas malas no carro. -Quanta demora, eu hein! Michael reclamou. -Eu não teria demorado tanto se tivesse me ajudado! Retrucou ela. -Por que eu deveria ajudar? Se você quer levar seu guarda-roupa tudo bem, mas eu não sou obrigado a te ajudar a guardar ele, não sou seu empregado não! Michael disse dando inicio a viagem até o aeroporto. -Grosso! Angeline sussurrou. -Eu ouvi isso! Michael disse sério sem tirar os olhos da estrada. Angeline por sua vez o ignorou, ela só queria chegar logo no aeroporto e se livrar daqueles malditos sapatos que estavam machucando seus pés. Chegando no aeroporto, eles foram direto para a região onde o jatinho estava, Michael desceu do carro e entregou as chaves do mesmo para um dos funcionários da empresa que estaria encarregado de levar o veículo para a casa dele, após isso ele entrou no Jatinho e se acomodou numa das poltronas. O piloto já estava um pouco impaciente, resolveu deixar a cabine para verificar se já podia decolar, mas só encontrou Michael ali, então perguntou: -Onde está sua companheira? Não vai vir mais? Michael abriu os olhos e um pouco sem graça respondeu: -Bom, na verdade ela não é minha companheira e, bom, ela está vindo! -Ainda não chegou aqui no aeroporto? O piloto arqueou uma das sombrancelhas e saiu para tomar um ar. Assim que ele saiu viu Angeline de longe, descalça e tentando arrastar duas malas grandes na direção do Jatinho, sem pensar duas vezes, o piloto foi em direção a ela oferecer ajuda. -Muito obrigada! Angeline agradeceu aliviada. -Não foi nada, a senhora está bem? Perguntou ele ao notar o tom de voz cansado dela. -Sim, só meus pés que estão um pouco doloridos por conta do salto! Respondeu ela. -Seu amigo nem para te ajudar! O piloto suspirou enquanto carregava consigo todas as malas de Angeline que estava muito agradecida. Chegando dentro do Jatinho, Angeline agradeceu ao piloto mais uma vez e se sentou numa poltrona distante de Michael e fechou os olhos para descansar finalmente. Aquela viagem não a agradava nem um pouco, mas pelo menos conheceu um rapaz bonito e gentil, mas que provavelmente estaria fora de seus planos, ou pelo menos era o que Angeline imaginava. Com a chegada de todos a viajem até o resort finalmente se iniciou, Angeline por estar muito cansada dormia pesadamente, ao contrário de Michael que despertou assim que sentiu o Jatinho se mover, ao abrir os olhos ele ficou observando Angeline dormindo encolhida na poltrona, Michael olhava para ela fixamente e de repente começou a se sentir estranho, até perceber que estava admirando sua adversária, mas por mais que a odiasse ele era obrigado a admitir que Angeline era uma mulher muito bonita, seus cabelos longos e dourados como ouro, combinado ao tom de pele um tanto pálido da garota lhe dava um certo charme, seus lábios eram tão convidativos que ele se perdia olhando para ela. Angeline era realmente bela, mas nem sempre se sentiu segura com sua aparência, já que sempre recebera olhares tortuosos e cheios de zombaria, apenas por ela ser "Gorduchinha" como sua mãe costumava citar. Por muito tempo ela se escondeu por se achar feia e não gostar de como seu corpo era, até o dia em que conheceu uma garota que a fez se enxergar como a verdadeira princesa que ela era, desde então Angeline nunca mais sentiu vergonha de seu corpo, de ser quem era e essa autoconfiança dela também deixava Michael encantado, mas ele negaria até a morte se o questionassem sobre isso. A viagem parecia tranquila, Michael estava sentado tomando uma taça de vinho branco enquanto lia um livro, Angeline continuava dormindo e pelo modo em que se encontrava, com certeza ela iria acordar com muitas dores no corpo, diante daquela situação incomoda, Michael se levantou e tentou ajeitá-la na poltrona de modo que ela ficasse mais confortável, mas o jeito que ele a tocou acabou fazendo Angeline despertar e por conta do susto, ela acertou Michael com um soco no rosto. -O que pensa que está fazendo? Angeline esbravejou. -Aaah Sua louca, quase me deixou cego! Michael gritou. -Louca? Você que estava mexendo em uma mulher adormecida sabe-se lá o porquê e eu sou a louca? Angeline estava incrédula com o ocorrido. -Eu não ia fazer nada, só te ajudar a se deitar direito! Michael reclamou com a mão sobre seu olho. -E eu lá vou acreditar em você, anda, fale o que pretendia, ia tentar me matar? Angeline se levantou se afastando dele. -Já falei, só queria arrumar você na cadeira para não acordar com dor, mas se quiser continuar dormindo de qualquer jeito o problema é seu, por mim você pode acordar despedaçada! Michael voltou para sua poltrona piscando seus olhos varias vezes. -Abusado! Angeline resmungou voltando a se sentar, ela não via a hora de chegar ao resort e se trancafiar no quarto durante um mês para não precisar ver a cara de Michael novamente.

O Clima entre os dois não era dos melhores e fora do jatinho as coisas também não estavam nada bem, o Piloto não contava com uma tempestade se aproximando, a torre de comando da ilha onde ficava localizado o resort, informou que na região começaram a se formar alguns tufões e que por precaução eles deveriam mudar a rota ou retornarem para a base até que as tempestades passassem, depois de pensar um pouco o Piloto informou a base da ilha que iria alterar a sua rota e portanto demoraria mais algumas horas para chegar ao aeroporto da ilha vizinha, chegando lá os passageiros pegariam uma balsa e enfim chegariam ao resort. Após acertar tudo o copiloto ficou encarregado de avisar aos dois tripulantes a situação atual enquanto o piloto ficava responsável por realizar a mudança de rota, Angeline e Michael ficaram um pouco apreensivos com a notícia, mas respiraram fundo e se acomodaram bem acreditando que tudo ficaria bem. ...