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1435 Words
#Natalie Eu tive a melhor noite da minha vida. Priscilla Pugliese é uma deusa na cama, eu estava sentindo meu corpo tão relaxado apesar de um pouco dolorido em algumas partes que ela me maltratou. A minha anfitriã ainda dormia e eu me permiti observar seu corpo de bruços em meio a lençóis macios e sua pele estava marcada por mim. Peguei um roupão que tinha o seu perfume depois de fazer uma higiene matinal e o vesti saindo do quarto. Agora com a casa toda iluminada pude ver o quanto ela era ampla e bem planejada. Passei por algumas portas fechas e as abri procurando pelo escritório dela, tinha que conseguir alguma informação relevante para o caso. Encontrei o escritório dela na parte de baixo da casa e fechei a porta rezando para que Priscilla não acordasse tão cedo. Vasculhei as gavetas e alguns livros com muito cuidado, pois parecia que Priscilla presava por organização. Olhei no meu telefone a hora e vi que minha parceira Thaís já tinha me mandado várias mensagens para saber como eu estava e estranhei que tinha algumas ligações perdidas da minha ex noiva, acabei não respondem ninguem,pois ouvi um barulho vindo lá de cima. Sai do escritório às pressas e fui direto para a cozinha. Não demorou muito e eu ouvi a voz da Priscilla na porta da cozinha. -Eu achei que tinha fugido. -Brincou se aproximando de mim, e eu estava na porta da geladeira tirando algumas coisas para preparar o café da manhã. -Depois de uma noite como essa eu nunca fugiria de você. -Me virei com alguns ovos na mão. -Ia fazer o café da manhã? -Pri sorriu e eu confirmei com um aceno. -Então você é uma mulher prendada? Bom saber disso. -Tenho os meus segredinhos. Eu preparei um café da manhã com direito a ovos mexidos, café e leite, algumas frutas e tapioca com queijo que a Pri disse que amava. -Você está aprovada. Quando se muda para cá? - Ela brincou depois de terminarmos de comer. - Agora você tem que me conquistar. -Falei dando uma piscada. Meu telefone tocou no exato momento que Priscilla iria rebater.Eu olhei o visor e o nome da Gabiela piscava. -Não vai atender? - Priscilla continuava a comer as guloseimas que eu tinha preparado e eu apenas recusei a chamada. -Não é ninguém importante. - Rejeitei a ligação. - Eu vou subir para colocar a minha roupa e já vou indo. - Eu tenho uma reunião mais tarde, então terei que ir para a empresa. Mas gostaria de saber se aceita sair comigo de novo. Priscilla insistiu em me levar em casa antes de ir para a empresa, mas eu preferi pegar um táxi. E retornei a ligação da Thaís quando estava perto do meu apartamento. -Oi, Thai. -Oi, Thai? Você tem noção do quanto fiquei preocupada com o seu sumiço? -Thai era o tipo de amiga protetora e isso era ótimo na maioria das vezes, mas nem sempre. - Já estava achando que a Pugliese tinha lhe matado ou algo do tipo. -E matou, mas foi de tanto orgasmo. - Falei e o motorista do táxi me olhou pelo retrovisor. - Eu estou voltando agora para casa e… - Parei de falar quando vi a minha ex sentada na frente do meu prédio. -O que foi Nath? -A Gabriela está na porta do meu prédio, aff. - Falei pagando a corrida e saindo do táxi. -Vou resolver isso e te ligo. Caminhei sem nenhuma vontade de falar com aquela garota. Era impressionante como olhar para era já não me afetava e eu chegava a sentir um pouco de pena por ela ter jogado fora o amor que eu ofereci a ela. -Onde você passou a noite? -Gabi parecia alterada e eu respirei fundo. -Dona Nath eu disse para ela que a senhora não tinha passado a noite em casa, mas ela não quis ir embora. O porteiro do prédio me falou quando eu entrei na portaria. -Tudo bem, seu José. Eu vou resolver isso. - Ele se afastou mais ficou observando a minha conversa com a Gabi. -Posso saber o que você pensa que está fazendo aqui?- Tentava manter a paciência, pois alguns moradores do prédio que passavam pela portaria olhavam para nós. -Você tem que me perdoar Nath. Eu cometi um erro…- Ela estava visivelmente alcoolizada e tentava me beijar. - Você não pode jogar o nosso amor fora. -Você mesma já fez isso, Gabriela. Para de me fazer passar vergonha. Todos estão olhando essa cena ridícula que você está fazendo. - Eu tentava sair de suas investidas sem lhe machucar. -Eu te amo, Nath. Volta para mim. Eu faço tudo o que quiser. -Gabi estava chorando e isso só me dava mais raiva. -Você não sabe o que é amar alguém, Gabriela. Não pense que vai fazer eu me sentir culpada. - Eu errei. Eu assumo. - Gabriela tentava se equilibrar. -Eu fiz besteira, mas foi uma noite apenas. -Gabriela não me fez perder a cabeça. -Passei a mão por meu cabelo e respirei fundo. Eu estava no meu limite com aquele barraco que ela estava me fazendo passar. Seu José e mais uns três moradores olhavam a situação e eu só queira me enfiar em algum buraco. -Achei que precisasse de ajuda. Thaís chegou ao meu prédio para me salvar da Gabi e praticamente expulsou a minha ex dali. -Você tem chama para mulheres problemas. Uma é louca e a outra investigada pela polícia. -E o pior é que eu é que sou a responsável de investigar ela. Thaís e eu tinhamos ido para a delegacia depois que consegui ir ao meu apartamento trocar de roupa. Ela ficou me enchendo para eu não misturar trabalho com sentimentos e eu garanti a ela que isso não ia acontecer, mas a realidade é que eu já não tinha comando dos meus sentimentos. A Priscilla estava ocupando meus pensamentos quando Thaís disse que a delegada Clara queria falar conosco sobre o caso. -Eu quero saber como estão indo as coisas. Soube que você já entrou em contato com a senhorita Pugliese, não é agente Smith? Clara é uma mulher de 35 anos, estatura mediana, loira e com um belo corpo. Ela é uma delegada respeita e tem preferência por casos que envolvam crianças. -Sim, senhora. O plano está correndo bem. Já entrei em contato com ela como corretora e ela me convidou para sair ontem, como era esperando. -Clara e Thaís me ouvinham atentamente e eu tentei não transparecer o quanto Priscilla mexia comigo. -Ela me levou para a casa dela e aproveitei que ela dormia para buscar algo prova no escritório dela, porém nada encontrei de suspeito. -Entendi. Tenho outros agentes envolvidos na operação e é muito importante saber o tipo de envolvimento que a senhorita Pugliese tem no caso para que não tenhamos uma troca de comando apenas no esquema como em muitos caso que passa de pai para filho. -Eu vou descobrir, senhora. -Falei com segurança, pois mesmo que eu estivesse sentindo algo por Priscilla, eu tinha que cumprir meu dever, ainda mais em uma coisa tão suja como o que estávamos investigando. -Eu confio na sua capacidade, agente Smith. -A delegada me incentivou. #Priscilla Sem dúvidas aquela tinha sido a melhor noite da minha vida e eu não consegui deixar de sorrir. Rodrigo ficou me observando durante toda a reunião e aproveitou a primeira oportunidade para me perguntar o que tinha acontecido. -Eu achei a mulher da minha vida. - Fui direta e ele se engasgou com o café que estava tomando. -Como é que é? -Rodrigo estava pálido e eu me questionei o porquê do espanto dele. Claro que eu nunca fui de namorar, tirando a Cat, eu apenas ficava e depois seguia a vida sem me apegar. Mas uma hora eu me apaixonaria, não é? -Do jeito que está parece que sou uma pessoa sem coração. -Falei rindo. -Não é isso. -Rodrigo estava desconfortável com a situação e eu levantei uma sobrancelha esperando ele explicar. - É que você não se apaixona. Nem a Cat conseguiu isso. -Ele falou como se fosse óbvia a sua reação. -Eu amo a Cat. - Ele agora me encarava com os braços cruzados. -Mas é algo mais fraternal. Assim como eu amo você e o Lucas, e a Anna Júlia. Mesmo que eu tenha tido um relacionamento com ela a Cat se tornou uma amiga. Mas com a Nath é diferente. - Eu sei que estava com o sorriso de boba apaixonada. - Eu quero ser uma pessoa melhor quando estou com ela.
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