As joias da coroa part 4

2377 Words
Malva Denaro Meus olhos inquietos buscam por uma direção. Teria perdão por invadir assim a i********e do lar do Don? _ Não tem me ligado, Ettore . - uma voz feminina profere e meus olhos ficam maiores do que um pires. Ser flagrada por qualquer outra pessoa é bem r**m, mas ser pega por um Falzone com certeza é extremamente péssimo! Ela, seja quem for, está perto da porta! Olho para o teto; tem como ficar pior? _ Realmente hoje o senhor não quer saber de mim! - sussurro. Me afasto procurando um esconderijo. _ p**a que pariu! Me lasquei! Estou morta! Se o Maledite me flagrar aqui dentro o que vou dizer?! Oi, eu ouvi uns ruídos aqui dentro e vim ver se eram roedores e o porta-retrato é para, zas, esmagar os ratos! - meus ombros caem - Isso não vai funcionar. Corro até a janela, tendo a idéia de andar pela sacada até cai e me despedaçar toda! Como sou burra! A altura é vertiginosa ! Transpiro gelado, coração fora de compasso e a minha mente em desespero buscando avidamente por um esconderijo. _ Minha rotina é corrida. - sinto meu sangue se esvair ao ouvir a voz grave. Viro-me e meus olhos param no guarda-roupas cujas suas portas são feitas por tiras de madeiras transadas entre si. Sigo deseperada para o móvel, sentindo que a minha vida depende dele! Olho para a lâmpada que tem sensor de presença, rogando aos santos que eles não percebam esse detalhe, a luz acesa. Abro as portas do meio bem de vagar, agradeço pelo móvel estar vazio, entro cerrando a madeira trabalhada. O time ( tempo) é perfeito, porque os donos das vozes entram no quarto, assim que me fecho dentro do móvel. _ É isso mesmo ou só uma desculpa? Anda comendo alguma p**a, Ettore? - a mulher indaga com a voz carregada de....de....de ciúmes?! Quem seria ela? Através das pequenas frestas que existe entre um encontro que ocorre entre as tiras de madeira - formam um elaborado transado, devo admitir- acompanho uma loira alta, pernuda, desfilar pelo quarto com o vestido esvoaçante de cor azul. Aperto o porta-retrato em minha mão. Que azar da p***a eu tenho! _ Não gosto de mulher que fode com a minha paciência; detesto cobrança, você sabe muito bem disso, Caterina. A loira joga a bolsa que tem em mãos na cama e senta na borda, cruzando as pernas de forma sensual. _ É só saudades! Uma semana, Ettore, que não te vejo! - reclama a tal Caterina. Meus joelhos ficam fracos. Quase que meu corpo pende para a frente. Faço um esforço imenso para não não despencar e protagonizar uma entrada triunfal no meio dos pombinhos; seria um vexame sem precedentes eu caindo de quatro e com a foto de algum Falzone em mãos. Balanço a cabeça em negação. Olho para a minha situação analisando-a, eu não poderia estar mais fodida! Pisco acompanhando a interação dos dois . A loira parece esquecer das cobranças que faz, porque se levanta da borda da cama e se aproxima do homem que surge em meu campo de visão. _ Sem cobranças! - profere a tal Caterina, erguendo as mãos me sinal de redenção. _ Seja uma boa menina! - a voz rouca que arrasa comigo, intensificando o frio na minha barriga, soa com uma entonação perigosa. A mulher se aproxima de Etorre, vejo que ela sorrir para o Maledite. Suas mãos contornam o pescoço do homem, eles falam alguma coisa bem baixinho que não consigo ouvir e de repente, a mão dele salta do rosto dela para o seio da loira. Meus olhos ganham proporções enormes! Aí, meu Deus! Os dois se unem num beijo que por si só já é um atentado ao pudor. Meu queixo vai ao chão , eu não sabia que existia beijo assim! As línguas de ambos se enrolam protagonizando uma cena de pornô leve. Engulo em seco com meu corpo imóvel dentro do guarda-roupas para que não percebam que existe uma terceira pessoa aqui no quarto. Contenho a minha respiração para não fazer barulho. Por favor....por favor! Meu pai amado! Se eles descobrirem que estou aqui vou morrer duas vezes, primeiro de vergonha e depois do coração! Isso não pode acontecer, seria muito azar em cima de uma pessoa só! Meu coração erra todas as batidas, quando, de repente, Catarina, sem a menor, cerimônia , leva a mão, muito determinada, no meio das pernas do Ettore. A pegada é filha da p**a que sinto o porta-retratos escorregar pelos meus dedos. Jesus! Ela está....está.... Não acredito no que estou vendo! Ela está tocando no negócio dele! Pisco atordoada; quando penso que não dá para ficar pior, ai que me engano feio! Minha boca escancara ao ver Ettore levar a mão por baixo da saia do vestido da loira. Que desgraça ele está fazendo? A loira fecha os olhos e joga a cabeça para trás soltando uns sons que... De repente, como se ela não pesasse nada, ele levanta a mulher e a escora na parede; o esfrega, esfrega tem início. Ai, meu Jesus! O que eu faço? Minha nossa senhora das mocinhas inocentes, me socorre! Não quero ser espectadora do que estão fazendo! Quero dar o fora, mas também não posso simplesmente abrir a porta e dizer: " com licença, estou saindo e vocês podem continuar ai com o pega dali e amassa daqui. " Sopro baixinho, um calor dos infernos faz minha pele porejar. Abaixo a minha cabeça na tentativa de não olhar mais para os dois. Falho miseravelmente, no primeiro gemido mais alto que a tal Caterina solta, ergo meu olhar. O desenrolar prossegue comigo assistindo tudo; Ettore coloca a loira na cama e isso não é nada legal porque o móvel fica diante do guarda-roupas; terei uma visão privilegiada! Mãos tatuadas e adornadas por anéis e pulseiras, suspendem as camadas de tecidos que compõem a saia do vestido. No momento só vejo as costas largas do homem forrada pela camisa impecavelmente branca. Ettore inclina o seu corpo sobre a mulher; meu coração bate dentro da cabeça ao deduzir onde a boca dele vai parar. Escuto o estalar de elástico contra pele; parece que é em mim porque meu corpo tem um leve sobressalto. Um gritinho fino escapa da garganta da loira, mas não é de dor e sim de....de....de prazer?! Os ombros dele se movimentam sorrateiros; a visão dos seus músculos, cobertos pela camisa, ondulando vagarosamente faz uma dorzinha desconhecida brotar em meu estômago. De repente, um tecido bate contra a porta do guarda-roupas. Que horror! É a calcinha dela! Pai amado, onde é que eu estou?! Fecho meus olhos não querendo ver mais nada do que está acontecendo, no entanto minhas pálpebras me traem quando a voz do homem ecoa grave, carregada e isso provoca comichão em mim. _ O que devo fazer com você? _ O que você desejar...Ettore? - o murmurar da loira é baixo, quase inaudível; um sussurro. Me sinto como se eu fizesse parte de um corpo de qualquer equipe que ficam nos bastidores dos filmes eróticos; minha cara está pegando fogo e meu coração parece que vai saltar pela minha garganta! Aos poucos a cabeça, dona de fios negros e lisos, volta a abaixar bem no meio das pernas da mulher. Seguro o ar em meus pulmões com força. Os sons que se assemelham a beijos bem molhados ecoam; minha língua cola no céu da boca quando a minha pretcheca começa a contrair sozinha. Que droga é essa agora? Isso não deveria está acontecendo comigo! Sem piscar, e com um calor infernal possuindo o meu corpo, vejo como ele, após meter a boca na fruta, se afasta e muda a mulher de posição. Caterina parece ansiar por mais. Dou uma olhadinha rápida na direção da minha pepeca e me pergunto : se fosse eu no lugar da loira, iria gostar do que ele fez? Que raios de pergunta é essa? Meus olhos fixam-se nos dois; o que é um arranhão para quem já está fudido? Agora o espetáculo vai ser inteiramente visível, para o meu desprazer e desepero. Ettore desfere um tapa de mão aberta na cara da bicha de Caterina. Uí, essa eu acho que doeu! O cavalo tem uma mão imensa! Eu engulo um grito de susto. Diferente do que imaginei , a vagaba parece ter gostado porque ronrona feito uma gata no cio. Em contra partida, meu coração pula feito um animal selvagem quando Ettore introduz dois dedos e depois três dentro da mulher, mexendo-os num ritmo absurdo. Caterina grita enlouquecida e eu respiro com uma dificuldade absurda! É hoje que tenho um treco! Tudo fica muito pior conforme um calor vem subindo por baixo da saia do meu vestido. Mãezinha do céu! Estou passando m*l! Uso o porta-retrato para me abanar; a coisa está quente lá fora e eu pegando fogo aqui dentro. Meus pais sempre mantiveram um controle muito rígido sobre a minha criação, portanto, meus acessos à internet sempre foram vigiados .Sequer televisão em meu quarto eu tenho! Minha mãe sempre disse que era um cuidado para que a minha curiosidade não despertasse atração pelo proibido, ou seja lá como isso se chama. Queria saber qual seria a sua reação se soubesse que estou vendo uma baita trepada ao vivo e a cores e, ainda por cima, dentro da casa do Don e para fechar com chave de ouro; de dentro de um guarda-roupas! O porta-retrato quase cai da minha mão quando vejo Etorre abrir a braguilha da sua calça. Não sei qual é a sensação que me engolfa, curiosidade ou medo. Eu iria ver um p*u e isso me deixa inquieta. Acho que estou mais ansiosa do que a loira e finalmente acontece.....e.....e...e p**a que pariu que p***a é aquela?! É um baita de um c*****o e põem c*****o nisso!!! É um caralhão!!! Aquilo vai escaralhar com a mulher todinha! O m****o é enorme, cabeçudo e possui uma circunferência que....em que momento eu enfiei a minha mão no meio das minhas pernas? Uma ruga enorme desponta no meio da minha testa ao dar me conta que meus m*****s estão eriçados e meus s***s mais pesados. Que praga é essa? Estou morrendo e não sei? Minha alma sai correndo gritando, quando Etorre mete tudo de uma vez na loira; meu queixo cai no chão e por estar num local escuro e apertado não tem nem como buscá-lo. Acho que vou desmaiar! Minhas pernas perdem a sustentação, meu corpo fica mole; tento retomar o equilíbrio. Porque essa visão roubou todo o meu fôlego. Como se tudo que está acontecendo não fosse suficiente para a minha desgracencia, a palavra não existe, mas descreve bem o meu estado atual, o Maledite ergue a perna da mulher, justamente a que está na minha direção e, p**a que pariu, as minhas pernas castigadas se tornam o verdadeiro treme-treme! Diante dos meus olhos, rola um sexo explícito. Os gemidos são vulgares preenche o quarto; minha mente berra " você não deveria estar aqui!" Etorre estoca a loira com rapidez; esse homem não pode ser humano! Não tem condições dele fazer um negócio tão negoçado! O p***o enorme sai e entra com velocidade total. O corpo de Caterina saculeja violentamente enquanto ela pede por mais..... Mais?! Não estou ouvindo isso! Minhas mãos tremem, meu corpo inteiro também; meus músculos se contraem tanto que estão prestes a partir feito madeira ressecada. O homem parece um mosntro devorando a sua vítima; insaciável. Por uma fração de segundos, pensei em como seria receber tudo aquilo em mim; logo espanto o pensamento pervertido. Os gemidos ficam mais fortes. Me engasgo quando Ettore solta um palavrão ao meter com uma pressão tremenda no meio das pernas da loira. Ah, meu Jesus! Prometo me confessar amanhã mesmo, se o senhor não me deixar cair estatelada ou passar dessa para melhor aqui dentro. Já pensou se dão por falta de mim e quando me encontram estou morta; serei o quê? Um defunto pervertido?! Depois de muitos , longos e eternos minutos de muita fodelicia, ops! palavra errada! Depois de muita fodelancia com direito a cama sair fora do lugar, coisa de alguns centímetros, a coisa toda tem fim! Respiro um pouco aliviada, embora eu esteja no cagaço; corpo coberto por uma camada generosa de suor, tremores que ainda se propagam pela minha carne e o calor surreal. Caterina e Ettore trocam alguns beijos antes dele sair de cima dela e de dentro dela. _ Continua com o controle de natalidade? - ele pergunta guardando o pintossauro. _ Sempre; não quero destruir o meu corpo. - a mulher responde ao se levantar da cama. Quase morro quando a loira vem em minha direção. Felizmente, a mulher pega a calcinha e veste. _ Ótimo. Não quero surpresas desagradáveis, Caterina. Se ocorrer, dou um fim em você. - ele fala sério, num tom frio e arguto. Nem parece que acabou de trepar com a mulher. _ Não se preocupe, Ettore, só te darei filhos depois do casamento, antes não. _ Não sonhe alto. Eu não te prometi nada. _ Eu sei, mas estamos há mais de três anos tendo esses encontros. Você não vai encontrar uma mulher melhor do que eu para estar ao seu lado. Prova disso é que está solteiro aos trinta anos. Nem noiva tem, pelo que eu sei. Ou seja, serei sua escolha. _ Quem sabe, Caterina. Apenas, não crie ilusões. Os dois deixam o quarto depois de se recompor. Aguardo alguns minutos antes de sair do meu esconderijo. Solto o ar que estava prendendo em meus pulmões. Que sufoco dos diabos! Jesus amado, misericórdia! Meus olhos se desviam para o causador disso tudo: o porta-retratos e para meu dissabor a fotografia emoldurada é do homem que acabei de espiar, sem querer. Nela Ettore está montado num cavalo de pelagem castanha; o herdeiro da Cosa Nostra está vestido um uniforme de polo. Seu corpo está inclinado sobre o dorso do animal, em uma das mãos segura as rédeas e a outra o taco usado no jogo. Olho para o teto branco. _ Deus, nunca mais em minha vida, serei curiosa! Prometo! - Sendo um sinal divino ou não a lâmpada apaga me deixando no escuro.
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