Cárcere Privado.

919 Words
Volto para o quarto totalmente abalada, sem nem saber o que pensar. Será que é isso mesmo? Vou ficar presa aqui para sempre? Sem ver meus amigos e a minha família? Não pode ser! Deito na cama e só fico ali existindo, nem lágrimas eu tenho mais para chorar. O que esse homem quer fazer comigo meu Deus? O acordo é você. Ele disse. Como isso é possível? Me transformar em um dos melhores agentes dele? Só pode ser piada! Ele deve está querendo me despista pra algo maior. Mas o que pode ser?. Fica passando várias coisas pela minha cabeça, até ela começa a doer. Quero fugir desse lugar, mas ainda não sei como. Essa ilha é tipo o castelo gigante, é quase impossível eu sair sem ser vista daqui. Mas preciso dá um jeito nisso. Nem que seja daqui a uma semana, um mês ou até mesmo um ano, eu vou sair daqui. ... Anoitece, e uma das empregada me entrega duas malas cheias de roupas e alguns produtos com essas coisas de higiene tipo, shampoo, pentes, desodorante. Tomo um banho penteio meu cabelo, e fico encostada na janela olhando a paisagem lá fora. É linda. Em qualquer outra circunstância, eu iria amar nesse lugar, mas agora, eu odeio cada minuto, só quero que isso acabe, o mais rápido possível. Fico um tempo olhando pela janela imaginando mil e uma formas de fugir, quando alguém bate na porta. Eu fico encarando ela um tempo, pensando se abro ou não abro, e a pessoa chama do lado de fora. - Ô garota? Tem como você abrir essa porta?_ ouso uma voz masculina irritada, e me faz dá um pulinho de susto. É a mesma voz que eu escutai mais cedo. Eu estremeço por antecipação. Não quero irritar ninguém aqui, não até saber se eles pretendem me machucar. - Já estou indo._ vou andando até a porta, e cada vez que chego mais perto, meu coração vai acelerando mais. Abri a porta, e congelo na mesma hora. Dou de cara com um homem lindo, alto, com uma aparência de ter uns 28 anos ou menos, loiro, lindo, com olhos perfeitamente verdes azulados, lindo, com o corpo atlético e sarado. Ele me dá um sorrisinho lindo quando percebe que estou olhando pra ele de boca aberta, e me deixa com as pernas bambas. Eu já disse que ele é lindo? - O..Oi._ gaguejo_ posso ajudar?_ é a única coisa que eu consigo fala nesse momento. - Huuum._ ele me encara de cima a baixo_ então você que é a tal da Danielle Gilbert?_ eu não consigo responder nada, e ele fica me encarando sério sem mostra qualquer tipo de reação_ olha só, eu vim aqui te avisar, que eu não sou babá de ninguém não, ou você aprende rápido o que vamos te ensinar, ou eu deixo você morr3r._ ele fala com aquela vós grossa, me intimidando, e depois sai da porta do quarto, me fazendo engolir o nó em minha garganta, e em seguida ficar de boca aberta. Depois de alguns minutos ali igual um poste na porta, eu recupero minha sanidade mental, e volto pra dentro do quarto ainda tentando entender o que aconteceu. ... Mas tarde, a Daiana aparece com minha janta em uma bandeja, e coloca em cima da mesinha que tem de frente pra cama. - Ei?_ chamo atenção dela_ Eles te obriga a trabalhar aqui, ou você recebe pra isso?_ pergunto a encarando. - Eu tenho salário menina, por que a sua pergunta?_ ela me olha curiosa. - Por que você não me ajuda? Não denuncia eles? Não sei, faz alguma coisa por favor, me ajuda a sair daqui._ suplico pra ela, quase ajoelhando em seus pés. - Calma menina, calma._ ela segura meus braços e me coloca sentada na cama, e as minhas lágrimas já ameaçam descer_ infelizmente, não tem nada que eu possa fazer por você, você não é a primeira pessoa que eu vejo presa aqui, mas você é a primeira que eu vejo ser bem tratada, então eu acho que você é importante pra eles._ ela diz, e nesse momento, ela ganha a minha total atenção. - Como assim?_ pergunto encarando ela. - Não se preocupe, logo você vai sair desse cárcere privado._ ela levanta e sai do quarto. Eu fico um tempo sentada olhando pra o caminho que ela fez até a porta, sem pensar em nada, somente olhando e respirando fundo. ... Olho para a janela, como uma prisioneira em uma torre amaldiçoada para sempre. Se um dia me dissessem, que minha vida daria uma reviravolta dessas, eu nunca acreditaria nisso. Perder meu irmão, meus pais, minha casa, minha vida. E as outras coisas tipo, meus estudos, meus amigos, minha liberdade. O que será que todos os meus amigos da faculdade estão fazendo nesse momento? Com certeza não estão presos como eu. Vou tentar fazer as coisas certas, vai ter uma hora que eles vão tem que me leva pra fora daqui, e vai ser aí, nesse momento que eu vou fugir. Porém, eu tenho muito medo, medo deles irem até meus pais, e fazer algo contra eles. Isso não pode acontecer. Não posso perder mais nenhum deles. Eu não tenho escolha! Tenho que fazer tudo que eles mandam, tenho que ser o mais submissa possível, antes que eles percam a paciência comigo e acabem com todos nós. Minha cabeça está a mil, ela precisa descansar, estou exausta mentalmente. Deito na cama e fico tentando dormi um pouco.
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