Sorte ou Azar.

1363 Words
O quarto é grande, o banheiro tem uma hidro e é bem bonito. Abro o closet, e ainda não tem roupas aqui, apenas roupa de cama. Vou para a varanda que dá em um quintal grande e uma parte gramada, cheio de flores e uns bancos com mesinhas, espaço para churrasco e alguns seguranças fazendo ronda. Eu fico reparando tudo, e começo a ficar triste novamente. Juro que tô tentando, mas ainda não estou acreditando que minha vida virou de cabeça pra baixo, de um dia pro outro. Eu só quero dormi, e quando acordar, eu está na minha cama, com meu pai brigando com o Marcos por alguma besteira que ele tenha feito, e minha mãe tentando acalmar a situação, Marcos vindo me abraça e dizer que tem que conversar comigo só pra fugir da bronca. Choro, choro muito querendo minha vida e minha família de volta. O que estou fazendo nesse lugar? E minha faculdade? Meu sonho de ser médica foi por água a baixo, o que vão fazer comigo? Eles vão me deixar longe da minha família pra sempre? Um tempo de pois, alguém bate na porta do quarto, e entra uma outra senhora de cabelos vermelhos me encara. - Boa tarde menina, trouxe um lanche pra você._ ela coloca uma bandeja de café em cima da cama e se vira para sair, só que eu a chamo. - Moça, como eu faço pra sair daqui?_ pergunto suplicando para ela me ajudar. Ela me olha com o olhar de pena, e me responder. - Menina, o seu irmão causou um rebuliço enorme nessa família, a senhorita Bruna é a pessoa mais mimada que eu conheço, é a única menina do Sr.Emerson, o xodó, Ela é a noiva do Sr.Sérgio, os dois juntos mandam mais que o presidente. Você esta me entendendo? Não tem como fugir disso._ ela me olha por um último momento e sai do quarto em seguida. Estou f0dida! Nunca mais vou ver meus pais. Coloco a bandeja em cima do criado mudo, e deito na cama. Nem chorar eu consigo mais, só fico aqui, imóvel, sem poder ligar pra ninguém me ajudar, vou tem que me virar sozinha a parti de agora. ... Acabo pegando no sono, e acordo com algumas pessoas falando do outro lado da porta. - É aqui que ela está?_ uma voz rouca pergunta, e não escuto mais nada depois. Essa falação me despertou do sono, então eu levanto da cama, e vou tomar um banho. Aquela voz me deixou arrepiada e ansiosa até agora, não sei por quê. Coloco uma toalha no corpo, e outra enrolada no meu cabelo. Quando eu ia começar a trocar de roupa, alguém bate na porta. - Quem é?_ eu pergunto assustada. - Renata._ responde e eu falo pra entra. Ela é uma mulher muito elegante e bonita, tem os cabelos loiros, e olhos azuis penetrantes. - Obrigada, vim pedir para se arrumar e ir para sala de jantar._ ela fala tentando ser educada, mas eu percebo seu tom um pouco rígido, e o olhar não muito agradável pra mim. - Não posso comer no quarto?_ pergunto para ela, e ela levanta uma sobrancelha me encarando irritada. - Você acha que eu queria que você estivesse aqui depois de tudo que seu irmão fez pra minha filha? Por mim ou você estava bem longe, ou na vala junto com seu irmão, sua sorte ou azar, é que depois de tudo, você vai ter uma serventia para nossos problemas, mas, se você me estressar muito, eu faço você sofre o dobro que sofremos quando vimos nossa filha toda machucada, então, se eu sou você, agradeço por te colocarmos dentro da nossa casa e não junto com os cachorros._ ela fala calmamente, mas com um olhar de puro ódio_ e não me faça volta aqui pra te arrastar até a sala._ avisa e sai do quarto batendo a porta, sem a trancar. Assim que ela sai do quarto, eu passo a mão no meu rosto tentando me acalmar. Que problemas são esses? Não estou acostumada com isso, na minha casa, eu nunca levei uma bronca, sou a filha mais nova de uma família bem sucedida, sou frágil, não sei ouvir ninguém fala mais alto que eu já quero chorar. Só que aqui terei que aprender a ser forte, o mais rápido possível. Eu seco meu cabelo, e coloco um macacão que também estava dentro da sacola que aquele bruta monte deixou na cama do barco. Saio do quarto com medo de ter alguém na porta me esperando, porém não tem ninguém. Faço todo o caminho que a moça fez comigo antes, e quando chego na ponta da escada, respiro fundo me preparando, e desço devagar pedindo a Deus forças. Quando chego no último degrau, olho para a mesa, e todos eles se viram para me encarar. - Pode sentar ai na ponta menina._ Emerson fala calmo pra mim, com aquele sorriso de canto de boca que me deixa assustada_ te chamei aqui pra deixar claro o que está acontecendo, deve ser a pergunta que você mais está se fazendo._ diz ele me encarando. Olho ao redor da sala, recebo vários olhares de homens zangados, e da mulher dele também. Renata, é a única mulher da mesa tirando eu. Ela está bem ao lado de Emerson. - Seu irmão seduziu minha filha, bateu nela e a jogou de um carro em movimento._ ele fala com um ódio na voz e a mulher me fulmina com os olhos_ além de maltratar o meu bebê, ele manchou o nome da minha família e principalmente da minha filha, já que ela tem um compromisso com o nosso querido amigo Franco, e certamente, ele não ficou contente em saber dessa história._ cada palavra dele, arrepia meu corpo_ Ele me cobrou uma posição, e nos fizemos um acordo. E então, chegamos onde você queria tanto._ ele dá um sorrisinho que congela todo meu sangue_ O acordo é você._ eu arregalo meus olhos na mesma hora. - E o que?_ falo sem acreditar_ como assim eu sou o acordo?_ pergunto assustada sem entender o que isso quer dizer. - Sim, você é o acordo pra limpa o nome da minha filha, e da minha família._ ele continua_ ele sempre quis um dos meus filhos como ajudante dele, mas como eles são os melhores que eu tenho, decidi que eles vão treinar você pra isso._ eu fico o encarando espantada e de boca aberta sem acreditar no que ele está dizendo. Como assim gente? - E foi esse o nosso acordo, que eu matasse seu irmão, e que eu transformasse você, na melhor agente que já existiu na agência._ ele diz, e eu fico petrificada sem conseguir da um pio_ até lá, você será a pessoa mais segura desse mundo, você tem a minha proteção, mas nem pense em fugir ou tentar algo contra qualquer um dessa casa, esse lugar é vigiado a todo momento por câmeras e por um grupo de agentes muito bem treinados._ fala ele como se isso me importasse. - E o que eu tenho haver com isso? Não quero sua proteção, eu quero minha família, minha vida de volta, não preciso da sua proteção._ eu rosno com toda mágoa e indignação que existe dentro de mim, e nem um pouco de medo da ameaça que me fez. - Posso fala uma coisa amor?_ a mulher dele pede e ele concorda, ela vira o rosto pra mim e começa_ todos aqui vão te tratar bem, sabemos que você não teve culpa de nada do que o seu irmão fez, e por isso não está morta, ainda._ diz ela_ mas a partir do momento que desrespeitar qualquer ordem do meu marido e da minha casa, você se verá comigo._ ela fala, e eu não consigo ter qualquer reação. - Então, estamos conversados?._ Emerson pergunta_ espero que se comporte e tenha cuidado com o que pensa em fazer a partir de hoje, e não se esqueça._ ele vem mais pra perto e para na minha frente_ a vida dos teus pais está na suas mãos._ ele fala e eu engulo seco. Insta dos livros: @valen_tyns
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