A sirene da ambulância soou ao longe como um lamento. O som cortava o silêncio da madrugada, mesclando-se ao cheiro forte de óleo e ao leve chiar do motor ferido, que insistia em continuar ligado, como se o próprio carro se recusasse a aceitar o que acabara de acontecer. O coração batia em um compasso frenético no meu peito, a respiração era rasa, descompassada, e as mãos, mesmo apoiadas no joelho enquanto eu tentava manter a calma, tremiam sem controle. Claire ajoelhou-se do meu lado, segurando meu braço. — Ele vai sobreviver, Logan... vai sobreviver, não vai? Minha voz demorou a sair. Eu olhava para Daniel como se ainda não fosse real, como se a qualquer momento ele fosse abrir os olhos e soltar uma das suas piadas ruins, só pra me irritar. Mas ali, desacordado, um carro destroçado, m

