A campainha parou de tocar. O silêncio que se seguiu foi ainda mais apavorante. Vanessa estava encolhida na poltrona como se fosse desaparecer dentro de si mesma, o rosto molhado de suor e lágrimas. Claire segurava a mão dela, sem saber se oferecia água, um abraço ou proteção. Letícia permanecia sentada, a respiração curta e os olhos arregalados, como se estivesse esperando que algo explodisse. Eu encarava a porta. Ela estava ali. Aquela madeira simples, aquele trinco que sempre girava com facilidade, de repente parecia conter o destino de todos nós do outro lado. Era só abrir. Mas o que vinha depois? Vanessa se levantou num impulso e agarrou meu braço com as duas mãos, desesperada. — Logan… por favor, não abre. Eu imploro. Por tudo. — Mas quem é? — Claire perguntou, já exasperada.

