Nos dias que se seguiram ao evento na mansão, algo dentro de mim se quebrou. Mas não com o estardalhaço de um vidro caindo no chão. Quebrou-se com silêncio. Com lentidão. Com a indiferença de quem assiste um barco se afastar, sabendo que não vai voltar. Claire. Ela estava mesmo seguindo em frente? Aquela foto… aquela maldita imagem simples, elegante, quase casual… não saía da minha cabeça. Duas taças. Um jantar. Uma mão masculina no fundo. E aquela legenda seca: “Noite especial.” Eu podia jurar que vi aquele post centenas de vezes, mesmo que tivesse apagado o print da galeria. A imagem ficava gravada no fundo das minhas pálpebras, cada vez que fechava os olhos. A dor era quase física. Eu tentava me convencer: ela tem direito de seguir em frente. Mas o coração não é um tribunal. Ele nã

