No meio de todos aqueles risos e felicidades, eu me mantive em pé próximo à porta de vidro da sala, olhando o jardim dos meus pais através dela, tentando encontrar alguma paz entre as luzes amareladas da varanda e o barulho abafado dos sorrisos atrás de mim. O som de Letícia rindo, o som da Claire animada falando de vestidos de noiva, e o Daniel planejando até os nomes dos filhos... era como estar dentro de um sonho que não era meu. Claire se aproximou por trás, envolveu seus braços na minha cintura e apoiou o rosto em minhas costas. — Cê tá tão quieto, amor. Tá tudo bem? Demorei pra responder. — Tô, só... processando. É muita coisa de uma vez. Ela apertou um pouco mais o abraço e sorriu: — Eu sei. Mas a gente merece isso. Merece ser feliz, sabe? Me virei devagar e encarei os olhos

