No dia seguinte, acordei com o som de batidas ritmadas — não na porta, mas em alguma superfície metálica dentro do apartamento. Quando abri os olhos, ainda meio grogue, a primeira coisa que vi foi Claire de pé em cima de uma cadeira, com um avental florido amarrado por cima do pijama, um hashizinho na boca como se fosse um cigarro, e batendo duas tampas de panela uma na outra. — BOM DIA, NOIVO! — gritou com sotaque exageradamente brasileiro, fazendo pose de samurai. — Tá na hora de acordar e ser feliz! Levanta logo ou vou invocar os espíritos ancestrais da minha linhagem japonesa pra puxar teu pé de madrugada! — Claire… pelo amor de Deus… — cobri o rosto com o travesseiro. — Ainda são sete da manhã! — Exato. Já é tarde demais! — Ela desceu da cadeira com um pulo digno de atleta olímpica

