Nos dias que se seguiram, mergulhei em algo que talvez tivesse negligenciado até então: o presente. Claire. Nosso relacionamento. Nosso futuro. A lembrança dos olhos de Letícia na cozinha ainda me perseguia, mas eu a engoli como um gole amargo que precisava ser digerido em silêncio. Chega de alimentá-lo. Chega de cultivar o que só sabia destruir. Claire era energia pura. Uma tempestade doce que invadia os cômodos com seu sotaque misturado, sua risada escandalosa e seu gosto musical esquisito. Ela colocava J-Pop alto pela casa enquanto me obrigava a dançar com ela no meio da sala. Não importava o dia da semana. Segunda ou sábado, Claire tratava a vida como uma celebração constante. — Logan, você parece meio morto hoje — ela disse certa manhã, me servindo um chá verde que ela mesma fazia q

