A decisão foi tomada numa quinta-feira, e no sábado seguinte, nós três estávamos embarcando de volta ao Brasil. Claro que o “nós três” nunca poderia significar uma viagem tranquila. Eloá chegou ao aeroporto internacional com nada menos que quatro malas — isso sem contar a bolsa de mão que parecia conter um cofre ou um arsenal completo de maquiagem francesa. — Eu viajo com o essencial, tá? — disse ela, revirando os olhos quando eu e Letícia trocamos um olhar surpreso ao ver um carregador quase tombando com a bagagem. — E antes que vocês perguntem, sim, essa mala é só de sapatos. E não, não vou reduzir. Letícia segurou uma risadinha. Eu só balancei a cabeça. — A gente pode comprar roupa lá, Eloá. — E de quê adianta? Se você vai ficar usando o mesmo tênis horroroso todos os dias? Porqu

