— O que você tá fazendo com isso? — perguntei, incrédulo, encarando Letícia com um taco de beisebol cor-de-rosa nas mãos e um capacete de ciclista três números maior que a cabeça dela. — Treinamento de defesa pessoal — respondeu ela com a maior naturalidade do mundo. — Nunca se sabe quando você vai precisar rebater um ladrão com estilo. — E o capacete? — Segurança em primeiro lugar, Logan! — Ela me encarou como se fosse óbvio. — Agora segura esse travesseiro. — Travesseiro? — É o assaltante imaginário. Vai! Anda logo, você tá atrapalhando meu rendimento. Eu já devia saber que aceitar “um passeio leve no parque” com Letícia significava me envolver em algum tipo de encrenca. Estávamos em um cantinho isolado do parque, no meio de uma manhã de sábado, com ela treinando golpes absurdos em

