1 Contra 3

964 Words

Na manhã seguinte, o quarto 207 estava mais silencioso do que nunca. O sol entrava pela fresta da janela, tingindo os lençóis de um amarelo pálido e me lembrando que, de certa forma, a vida continuava. Era o dia da minha alta. Os médicos haviam passado cedo, disseram que os exames estavam bons, que os sinais vitais estavam estáveis e que eu só precisava repousar por mais uma semana em casa. Um enfermeiro já estava organizando os papéis. Eu só esperava alguém da administração terminar de assinar a papelada. Claire apareceu pouco depois das nove. Chegou devagar, com um copo de café na mão e um sorriso tímido nos lábios. — Bom dia... — ela disse, quase como um sussurro. — Achei que você não fosse voltar. Ela deu de ombros e me estendeu o café. — Eu disse que fiquei com medo de te perd

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