A gata andou até a garota, ela batia em seu joelho quando de pe, esticando a pata e pegando a mão da garota que teve que se abaixar, ela guiou a garota até um local onde pode tomar um banho e se vestir com roupas limpas, alva fez coativos em seus ferimentos. ao voltar onde o resto do pessoal estava, a garota pode escutar o resto do plano de seu irmão.
- Então é assim que ela irá ajudar? - A Fauna perguntou.
- Sim - kalona respondeu
- e podemos confiar nela? Ela e de Possgrover
- ela e minha irmã, ela sempre será confiável – todos ficaram em silencio e por fim o rapaz ouviu passos atrás de si e olhou sua irmã.
- Desculpe atrapalhar - disse Ikaros fingindo não ter ouvido nada.
Kalona se levantou e foi até sua irmã, a abraçou e guiou até uma barraca, antes de entrar a garota viu os outros apagarem o fogo e entrarem em suas barracas também, kalona entrou com sua irmã e deitou ao seu lado, ambos dormiram se preparando para a luta que logo iria chegar, Ikaros não demorou para dormir, mais Kalona ficou a vigiando, monitorando sua temperatura, ele pós a mão em sua cabeça e entoou um cântico baixo para aliviar a cabeça da menina. Quando em fim o rosto dela relaxou e sua temperatura e pressão estabilizou, o rapaz a abraçou e dormiu em fim.
Órion uivou não muito alto, para acordar seus companheiros, já era hora de colocar o plano em prática. Kalona saiu de sua barraca deixando sua irmã ainda adormecida lá dentro, ela precisava descansar um pouco mais, sua temperatura já havia estabilizado mais ela ainda parecia estar cansada. Ao sair o rapaz encontrou seus parceiros já se armando, Anator colocava sua armadura e em seu cinto estava sua espada de folhas e galhos das mais diversas árvores, a primeira vista parecia algo estranho mas apenas quem a visse em ação com sua arma entenderia sua escolha. Ayara fazia o mesmo guardando sua clava com espinhos. Kalona se aproximou de seus amigos e se abaixou a frente deles os olhando sério.
- Preciso que um de vocês vá disfarçado ao acampamento, vejam onde estão os espíritos e quantos guardas estão lá, também preciso que vejam se a mais prisioneiros por lá.
- E você quer que a gente vá disfarçados de que? Coelhos? - Atlas resmungou enquanto afiava sua espada
- Vocês entenderam, sabe perfeitamente do que eu estou falando, vocês não irão como ladinos mas sim como gatos
- uma dama não tira suas vestes na frente de homens, me recuso a passar por essa humilhação novamente, me sinto suja - Alva agarrava suas roupas se recusando a aceitar a sugestão do garoto
- Tudo bem então, mas quem não for vai ficar aqui cuidando de Ikaros até a hora do ataque
- Kalona falou e virou de costas indo até a barraca onde sua irmã dormia.
Os três apenas bufaram irritados, quando o garoto ja estava a uma certa distância Adris falou.
- Ta tá que seja eu vou até o acampamento vê como está a situação lá, não tem jeito mesmo no fim das contas somos os mais indicados para isso, agora vocês dois também irão vir comigo e não quero reclamações.
O garoto tornou a virar para os três ali e ria levemente, assim como Anator e Ayara que estavam se equipando. Também riam da situação ali, Órion apenas observava tudo deitado tranquilamente sobre suas patas apenas observando.
- Por isso vocês são incríveis, eu sabia que ia aceitar, há para de reclamar um pouco Atlas. Logo teremos uma luta pela frente e você vai saciar sua sede de batalha meu caro - Kalona falava animadamente com um atlas de cara amarrada que resmungava baixo.
Os três foram se preparar para a breve missão de reconhecimento, as duas garotas se aproximaram e Anator perguntou
Você já explicou qual será o papel da sua irmã no plano?
-- Não mas fiquei tranquila, sei que ela é capaz e eu vou acorda-lá agora mesmo e assim que ela comer alguma coisa eu explico tudo.
Kalona falou e sorrindo pediu licença a elas e seguiu até a barraca para acorda a garota que dormia profundamente, mais um sono um pouco tumultuado.
- Vovó, não. Por favor não - a garota pedia de forma chorosa, Kalona tentou a acordar com um pouco mais de vontade, com um longo bocejo ela se sentou e encarou seu irmão. Ela teve que piscar algumas vezes pois achara que tudo aquilo havia sido um sonho, torcia para ser um sonho, mas ao ver os olhos de seu irmão, olhos iguais ao seu, ela sentiu o peso da realidade em seus ombros, todo o peso da noite pesou sobre seus ombros e a lembrança de deixar sua avó a invadi-o, suspirando passou a mão em seu rosto afastando as lagrimas que brotaram, ela respirou fundo. A vontade de chorar era grande mas ela não iria o fazer, não agora, apenas suspirou novamente e prendeu seus longos cabelos vermelhos - O que queres Kalona?
-- Bom dia pra você também Iki. só vim te acordar, para você se arrumar e comer alguma coisa e podermos te explicar como vai funcionar o plano e qual e sua partez. Adris, Atlas e Alva irão fazer uma averiguação melhor no acampamento. Bem, já que está acordada, eu vou sair pra você se trocar se precisa de ajuda com os curativos e só chamar uma das meninas - Kalona falou com uma risada leve percebendo que sua irmã ainda possuía o mesmo humor ao acordar. Ver algo tão familiar como isso, era bom.
Ele seguiu de volta para junto da druida e da faunesa, que estavam conversando sobre a melhor forma de se camuflarem pela floresta. Quando ele saiu Ikaros se jogou para trás, deitando de novo no colchonete.
- Bom dia para você também iki - a garota debochou do que seu irmão havia disso, mas fazer
o quê? Sempre que era acordada ficava irritada e era a segunda vez na mesma noite que acordava de forma abrupta, se bem que na primeira vez, havia despertado de um pesadelo e estava em chamas.
De forma relutante ela se levantou e arrumou seus curativos os limpando e enfaixando novamente, então se arrumou vestindo as roupas que a gatinha de pelo branco havia lhe dado, calças pretas meio coladas de mais para o gosto dela e uma blusa também preta de longas mangas, um longo casaco com capuz vermelho que batia em seu pé completava o visual. Não sabia como eles haviam conseguido aquelas roupas e nem ao menos queria perguntar, Respirando fundo, ela se levantou e saio da barraca encontrando o irmão e seus colegas do lado de fora.
- Pronto!
O pequeno grupo deram um rápido bom dia e voltaram ao assunto de antes, o planejamento de forma mais detalhadamente.
- Bem Iki. Anator, Ayara e eu estávamos repassando aqui o plano, assim que os três voltarem com as informações vamos partir, elas e eu vamos atacar o exército, Órion, atlas e adris, cuidarão da retaguarda. Você e Alva, vão ficar responsável por libertar todos os prisioneiros que estiverem no acampamento. Temos que detê-los antes de chegarem no castelo, então podemos contar com você pra essa parte?
O fogo do quarto aumentou explodindo a janela do quarto de Ikaros, elas escutaram e sabiam que os guardas iriam chegar a qualquer momento, as mãos da menina tremiam mais ainda se encontravam quentes, em seu rosto bronzeado era possível ver
o desespero. Kalista empurrou a menina com toda a sua força, podia ouvir os soldados se aproximando e o vapor das lagrimas evaporadas. Ela continuou a empurrar Ikaros até que a mesma começou a correr, seu coração se partia por deixar sua avó para trás mas tinha que ser feito, se ela ficasse matariam a velha senhora apenas por tê-la abrigado, para servir de exemplo. Ela precisava achar Kalona, mas onde Ikaros o acharia? Em que lugar ele estaria.
- Vocês querem que eu salve todos eles? E se alguém tentar me impedir? Eu não sei lutar, não tenho armas e se meus cabelos pegarem fogo, se o fogo sair do controle? Eu não sei como cuidar disso, não sei como fazer parar? Quando tô com medo libero esse poder! E isso so aconteceu uma vez. Estamos muito ferrados! - A garota suspirou passando as mãos em seus cabelos vermelhos - Eu quero ajudar. Só que parece impossível! - Com um suspiro ela passou a mão em seu braço de forma desconfortável.
-- O cabelo dela pega fogo? Sério isso?! Bom ele pegando fogo ou não será de grande ajuda, quanto as armas posso te dar algo básico que você consiga usar. - Dessa vez quem falou forai Anator e Ayara depois de rirem outra vez. Era incrível como as ações da garota faziam com que todos se descontraírem, a menina ficou esperando elas pararem de rir e em fim a ajudar
Revirando os olhos, Anator passou a mão pelo chão e um brilho azulado bem fraco começou a emanar no círculo do meio da sua testa e um grosso chicote de folhas e galhos brotou do chão e começou a subir entorno do braço da dríade e ela então estendeu ele para Ikaros. Já a faunesa pela sua expressão pareceu bem empolgada quando Iki disse sobre seus cabelos pegarem fogo, pensando na mais jovem, ela disse de forma calma.
- Ei seu cabelo pegar fogo não é assim de todo modo r**m, já que se encostarem em você sairão queimados. Então isso acaba sendo uma coisa boa para sua p******o. Mas em todo caso vejamos... Acho que umas porradas bem dadas com essa aqui resolvam.
Ayara pegou suas coisas que estava ali ao lado e procurou uma de suas clavas retirando uma um pouco menor e mais leve de sua cintura a entregando a garota. Ikaros olhou o chicote de folhas dado pela driade e a clava dada pela fauna e olhou as duas, em seguida, andou até Kalona e bateu com o cabo do chicote na cabeça dele.
- Gostei muito, acho que agora estou pronta - A ruiva olhou para as duas garotas ao seu lado e sorriu - Quando vamos?
Kalona apenas observa a conversa que fluía naturalmente entre as três com um leve sorriso de satisfação. Pois via que sua irmã já estava se adaptando bem a nova realidade e que se curava de seus ferimentos, ele conhecia aquela empolgação que via nela ao receber as armas de presente. Não importava o quanto estava triste abalada ou irritada, se ela ganhasse algum presente, esquecia tudo facilmente e logo ficava melhor, claro que no processo Kalona sempre se feria um pouco, um chute um t**a ou qualquer outra coisa que causasse um pouco de dor ou que irritasse o irmão, já havia se passado cinco anos e a menina ainda mantinha suas manias de criança.
-- ai, e sim o cabelo dela pega fogo, mas sabemos que isso não é seu único poder, é só questão de tempo e vocês verão. Bem pelo visto as três já estão super. amigas, isso é ótimo! Eu realmente não quero cruzar o caminho de vocês quando estiverem de m*l humor, não quero mesmo – o garoto disse passando a mão em sua cabeça - aliais isso doeu sabia.
- sabíamos, mas isso que torna tudo mais divertido – a faunesa respondeu rindo
- Eu percebi que você ta pronta ikaros. – ele disse rápido ignorando as duas colegas - Vamos partir assim que os três voltarem com as informações do acampamento.
Mal haviam terminado de falar, e logo os ladinos chegaram indo direto para suas barracas, para se vestirem em fim. Os ladinos m*l saíram de suas barracas e Ikaros correu para os agarrar, infelizmente apenas Adris e Alva conseguiram fugir dos braços de Ikaros e se esconder atrás das pernas de Kalona. Atlas olhava Kalona de forma furiosa, a única coisa que o gato odiava mais do que o povo de Possgrover, era ser tratado como um animal de estimação.
- Ele é tão lindo com esse pelo laranja - a garota olhou seu irmão com olhos pidões - Posso ficar com ele? É um gato que fala e veste roupinhas, sabe que amo gatos, sempre quis ter um mais mamãe nunca deixou.
A garota apertou ainda mais o gato enquanto ele tentava escapar de suas carícias. os demais agora já sorriam ao vê a carranca do ladino. Kalona passou a mão no rosto de forma impaciente.
-- Ikaros chega eu já disse que eles não gostam de ser apertados e nem serem tratados como bichinhos de estimação, então solta ele! Precisamos das informações que conseguiram, então por favor colabora.
A garota bufou irritada e soltou o ladino que arrumou a postura e tentou fingir que nada acontecia, suspirando, Ikaros foi para um canto apenas observar, sua cabeça voltou a doer, sua visão ficou levemente turva, respirando lentamente, Ikaros balançou a cabeça e tentou focar nas palavras de atlas.
- Conseguimos entrar no acampamento sem problemas então nos separamos para conseguir o máximo de informações possíveis, mas o que vimos lá foi triste. Tinha traços de destruição de seres místicos por todo o acampamento, eram peles, dentes crânios e até mesmo um par de asas de fada eu vi. O lugar é bem amplo e eles estão bem organizados, pude estimar cerca de cem soldados bem equipados com armaduras, bestas, lanças, escudos, espadas e tudo mais. Então precisamos ser precisos no ataque. A muitas vidas a serem perdidas.
Era visível o pesar na sua fala ao descrever o cenário que esteve, entretanto uma leve animação na voz do mesmo por causa do combate que estava por vi também era nítida
Assim que ele terminou de falar sobre o que ficou responsável de averiguar, foi a vez de Adris começar a explicar o que ela conseguiu.
--- É realmente muito triste o que vimos, sinceramente eu não faço ideia do que esse rei louco tem em mente, mas havia várias criaturas aprisionadas. Tinha duas gaiolas grandes, uma estava coberta com um pano e não consegui ver o que estava dentro dela, pelo tamanho da gaiola é uma coisa gigante do tamanho do Órion, tinha cheiro de sangue - Adris fez a observação e logo continuo o seu relato. - Já a outra estava descoberta e dentro dela tinha alguns prisioneiro, eu vi duas elfas, um urso montanhês e ainda uma sacerdotisa da terra, da tribo dos Cathal. As elfas eram uma elfa normal e uma n***a, acho que uma lamia também, a situação é bem complicada mesmo, eles se sentiam acuados e fracos ali dava pra ver.
A pequeno gato terminou de contar aos demais, que continuavam a ouvir tudo no mais puro silêncio, cada um com suas divagações e ela fez o mesmo apenas atenta a tudo que Alva já se preparava pra dizer, as suas informações.
-- tanto Adris quanto o Atlas estão certos nas suas afirmações, eu fui me certificar do estado dos espíritos capturados , eles estão dentro da tenda principal do acampamento e aprisionados, em alguns objetos que pela parte da conversa que eu escutei estão encantados pra poder deter eles – o gato olhou diretamente Kalona - outra coisa que ouvi e me intrigou foi que dois dos guardas comentavam sobre o lucro dessa entrega monstruosa e também sobre um jovem que está no castelo e ao que parece o rei tem muito "apreço" por esse jovem que vive lá e dizem que ele tem olhos de águia. Sabe o que poderia ser?
- Não, mas logo a gente descobre, alguém que seja importante para acaz e que tenha olhos diferentes, bem, talvez não seja humano, então ou e uma vítima, ou a alguém trabalhando com o inimigo.
Kalona se levantou e olhou para todos seus companheiros, estavam ainda mais motivados que antes, sua irmã apesar de estar horrorizada com os relatos que haviam dito, estava ainda mais motivada. Todos se levantaram e seguiram até Orion que já estava pronto, todos subiram no lobo e ele seguiu o caminho em direção ao acampamento.
- Eu não imaginava que isso ainda acontecia, achei que essa pratica havia terminado a muito tempo.
- Como você pode não saber disso? – Anator – parece ser tão ignorante quando e inconveniente
- Na capital e proibido ter místicos transitando pela cidade, o rei disse que já não havia mais místicos pela cidade, que não dava para eles serem mais comercializados como antes, falaram que havíamos ganhado a guerra – Ikaros disse encostando a cabeça nas costas do irmão – por isso me surpreendi ao ver vocês, acho que ninguém sabe que ainda exista tantos místicos assim. Eles acham que vivem em uma utopia e que os poucos restantes são escravos.
- Sem comercio de escravos? – anator perguntou de forma incrédula
- pelo menos não ao ar livre, mas todos os "funcionários" do palácio são místicos, o rei disse que todos foram reabilitados e dado uma outra oportunidade a eles, para viverem uma vida digna.
- Voce e muito burra de acreditar nisso fagulha.
- Desculpa, mas vovo não me deixava sair pela cidade e ver tudo de fato, sei apenas o que eu via e ouvia, quando saia com a vovo para comprar suprimentos – Ikaros tentou esconder
o rosto corado de vergonha.
- Mas por que ayara perguntou de forma curiosa, ela olhou Ikaros preocupada.
- Vovo disse que nasci com um problema de saúde preciso tomar constantemente um remédio se não passo m*l, eu so saia com ela, caso eu passasse m*l, vovo sempre cuidou de mim – a pequena disse sorrindo de forma calma, Kalona a olhou de com o canto dos olhos mas permaneceu calado
- certeza que ficara bem pequena? Talvez seja melhor te deixar no acampamento, não queremos que você se esforce atoa – ayara disse ainda mais preocupada com a mais jovem
- não, ta tudo bem, vovó me ensinou tudo o que sabia, e ela que fazia meus remédios, provavelmente eu consigo fazer outro, so preciso de tempo
Após um tempo caminhando, finalmente eles chagaram ao local, logo a frente, atrás uma fileira de arvores podiam ver a fumaça de uma fogueira. Após descer das costas de orion, seguiram de forma cautelosa em frente. Quando finamente chegaram no acampamento, perceberam que a situação era pior do que os ladinos haviam falado, os prisioneiros estavam feridos e abatidos, o cheiro da morte emanava de cada canto, junto as cabanas e as duas gaiolas grandes, haviam partes de corpos de místicos em cada canto, jogados no chão e dentro de caixas e das barracas, Ikaros teve vontade de fechar seus olhos em meio ao sofrimento e destruição, o odor invadia suas narinas como um soco
- Não se esqueçam, nós iremos atacar pela frente, Ikaros você vai por trás e irá pegar os espíritos e soltar os prisioneiros, Alva vá com ela, provavelmente alguns guardas ficaram lá para impedir que alguém invada - Kalona explicou para a garota que apenas confirmou com a cabeça - Os outros venham comigo.
Kalona e seus companheiros confirmaram e romperam a dentro, Órion foi o primeiro a atacar, com um uivo assustadoramente alto o grande lobo saltou em direção ao acampamento, os soldados correram em direção a Órion lançando flechas e lanças em sua direção, as flechas não o machucaram mais as lanças começaram a lhe ferir a pele e podia ver o sangue que escorria, mas o mesmo não recuou, pelo contrário ele acelerou ainda mais dando um uivo alto, em sinal da irá que estava sentido.
Adris saltou nos ombros de Órion e fez um escudo de força para o proteger, Anator avançou em direção aos soldados com sua espada de galhos e folhas acertando sem dó, Atlas
protegia a retaguarda habilidosamente com sua espada em punho, atravessando a mesma em seus oponentes, o ladino estava eufórico com o calor da batalha.
Todos os soldados investiram contra eles, Anator que rapidamente já havia tomado a frente bateu seus punhos de uma vez no chão, o círculo em sua testa brilhou, galhos brotaram de todos os lados segurando-os. Ayara aproveitou o ataque e acertava todos aqueles soldados que não foram pegos nos galhos de Anator, com a sua clava e com uma força impressionante, ela ia abrindo caminho impiedosamente, enquanto que Kalona usava feitiços de submissão para fazer os soldados afundarem no chão, ao mesmo tempo que lutava corpo a corpo com um ou outro soldado desarmado que o cercava, seus olhos outra vez brilhavam em um vermelho escarlate mostrando a força da magia que possuía.
Enquanto a batalha era travada ferozmente, Ikaros e Alva contornavam o acampamento sem os soldados verem ambas seguiram para a tenda, Alva ficou na porta enquanto Ikaros entrava, lá dentro a garota encontrou uma mesa, nela se encontrava um pedaço de metal em forma de raio, uma vela acessa, um sino de metal, um grande espelho, um tronco de carvalho e um ramo de flores vermelhas cheia de espinhos.
Por alguns segundos a garota se perguntou se aqueles objetos poderiam mesmo conter espíritos, todos os objetos na mesa possuíam inscrições diferentes e estranhas.
- Ikaros rápido - Alva a apressou
A garota pegou o saco amarrado em sua cintura e colocou todos os objetos lá menos o espelho e a vela, esse ela segurou e se dirigiu a porta, mas antes de chegar la se virou vendo um molho de chaves, ela foi rapidamente até alva e lhe entregou tudo, a adrenalina não a deixava sentir a dor em seu corpo, mais não era de todo bom pois seus cabelos começaram a acender e suas mãos a saírem faíscas, ainda assim ela tinha u dever a fazer e não podia deixar de cumpri-lo.
- Vá Alva, não dá para carregar tudo e salvar os prisioneiros, leve os espíritos enquanto solto eles.
- De forma alguma, teu irmão me matará se algo te acontecer.
Gritos se ouviram la fora, o uivo de Órion alertava que o tempo estava acabando
- E se perdermos a oportunidade de salvar eles agora não teremos mais, Alva vá eu sei me defender vou ficar bem agora vá rápido
Mesmo meio temerosa e sabendo da mentira que a garota contava a gata correu em direção a mata com os espíritos na mão até que Ikaros não pode mais ver a luz da vela, a garota pegou as chaves e correu, os gritos lá na frente eram altos, o som dos golpes também. Órion atacava os soldados sem pensar duas vezes. A garota estava apavorada com tudo, temia por seus novos companheiros mas precisava salvar os prisioneiros ali a sua frente que a fitava com olhares de medos e incertezas. Então ela avançou até eles, os prisioneiros se afastaram temerosos ao vê-la, a garota tentou os acalmar mais sem muito sucesso, tentou achar a chave que correspondia a gaiola mas o nervosismo não deixava, depois de tentar quase todas as chaves finalmente ela conseguiu e abriu a grande jaula, dois soldados
apareceram nesse exato momento e partiram pra cima dela. A garota foi rápida e pegou o chicote, enrolou e apertou no pescoço do primeiro soldado que já estava mais a frente fazendo ele cair arfando por ar, o segundo esticou a lança que ainda acertou a capa da garota e a rasgou arranhando também a sua pele, ela deu um pulo pra trás e pegou a clava e na nova investida do soldado ela o golpeou fortemente nas costelas e esse desmaiou por conta da dor, ela respirou pesadamente e fez sinal que eles podiam sair, o primeiro a sair foi um grande urso marrom com um colar de bolotas e túnica amarelo queimado, em seguida foi uma mulher aparentemente normal se não fosse suas orelhas pontiagudas, seus cabelos eram longos e seus olhos azuis, Ikaros pode perceber que a garota não tinha um dos braços, pelo menos não inteiro, seu braço esquerdo acabava no cotovelo mas isso não parecia a incomodar, ela apenas desceu da gaiola sendo seguida por uma mulher cobra e uma outra que provavelmente deveria ser a sacerdotisa, ela tinha a pele escura, olhos como esmeraldas e pinturas amarelas no rosto, seus cabelos eram enfeitadas com penas multicoloridas, e por último saiu uma outra de cabelos brancos e asas, quando todos saíram ela, garota apontou na direção que alva havia seguido.
- Sigam reto por esse caminho, irão encontrar uma gata branca com túnica carregando um saco, ela vai ajudar vocês, vão rápido não temos muito tempo.
Antes de ouvir a resposta a garota correu a última gaiola e puxou o pano que a cobria dando de cara com um grande leão de juba branca e asas da mesma cor, a garota deu alguns passos para trás e parou ao sentir um grade corpo cheio de pelos. Ao se virar ela deu de cara com o grande urso que andava como humanos e ao lado dele os outros que ela havia libertado também.
- E um leão-núbio um dos poucos que ainda estão vivos, as pessoas usavam a pele para roupas, a carne para banquetes e os ossos e veneno para armas - O urso falou com a voz grossa e forte.
A garota se aproximou da jaula, o leão a olhou observando seus movimentos com atenção. A garota tentou ser rápida mais os olhos azuis do enorme leão sobre ela a deixavam ainda mais nervosa fazendo seus cabelos brilharem ainda mais e suas mãos quase se ascenderem em chamas, quando finalmente conseguiu abrir a jaula ela se afastou bem e o olhou nos olhos, em seu peito ela sentia uma estranha simpatia com a criatura quase se esquecendo do medo, ele a olhava como se visse dentro de sua alma e foi saindo aos poucos, momento algum seus olhos desviaram dos dela.
Tudo a volta dos dois pareceu se calar enquanto ele se aproximava dela, o grande leão parou a sua frente, ele era seis vezes maior que ela, a garota esticou a mão para o tocar mas algo fez o leão parar e dá um salto, todos tiveram que se abaixar para não ser acertado pelas patas da criatura. Quando o pequeno grupo se virou para olhar viu o lobo e o leão se encarando, eles eram do mesmo tamanho, ambos pareciam preste a lutar, os dentes brilhavam.
Kalona correu até sua irmã e a abraçou sem ao menos perceber a hostilidade entre as duas feras, ela havia conseguido soltar todos os prisioneiros. Ele enfim olhou para as duas feras,
o grande leão parecia estar protegendo a garota não deixando o lobo se aproximar, seus dentes e ate mesmo seu olhar demonstrava a todos que, se tentassem se aproximar, todos ali iriam morrer da pior forma possivel, ele era teritorialista de mais, nao so com territorios mais tambem com a garota, era estranho ver algo assim acontecer, na verdade, kalona meio que entendia aquilo. a ligação instantânea que ambos tiveram, ele e Orion tambem foram assim, rapido e brutal, em um momento estavam se estudando, no outro uma grande amiga
Vamos rápido, os soldados irão acordar em breve, Ikaros controle o leão por favor.
- Já viu o tamanho disso? Eu sou um rato comparado a ele, com uma mordida essa criatura me engole, nem iria mastigar, nao precisaria, poderia at espalitar os dentes com meus ossos. nao vou me levamtar, so m e tirem daqui, nao vou fazer mais nada, so fazem ele parar
- Faça logo o que eu mandei mulher - kalona gritou de forma ríspida.
- Não me pede isso por favor, estou com medo
- ja te mandei me escutar e me obedecer, prometo que vou te proteger, voce e minha irmã - o leao se virou para o rapaz e mostrou deus enormes dentes, kalona paralisou sem poder fazer nada, se ele correce, o leao at5acava, se ficasse ali parado seria morto, nao podia atacarf sem ferir sua irmã e nem sabia se a criatura iria ceder ao feitiço, se fosse igual orion, so ficaria bem mais irritado do que ja estava - iki, por favor, agora.
Ela olhou seu irmão assustada mas ao perceber que não adiantaria tentar argumentar, suspirando ela correu e ficou entre o lobo e o grande leão. Órion deu uma última olhada furiosa ao felino e se afastou, a garota encarou os olhos amarelos do lobo, já não sentia medo dele.
- Órion é amigo, por favor não precisamos de outra briga temos que ir, eles logo irão se livrar da onde estão e virão atrás de nos se continuarmos aqui então por favor vamos, depois vocês se matam. claro, quando eu ja nao tiver aqui
O leão a olhou sem fazer ruído nenhum, apenas se abaixou e esperou, ao perceber que a garota não dizia nada ele bufou irritado
- Suba logo - gritou com a voz grossa assustando a todos, exceto o grande lobo que já estava a posto, o mesmo só deu uma bufada e ficou a esperar o sinal da partida
Ikaros olhou para seu irmão que já se encontrava em cima de Órion juntamente com Ayara, Anator, Atlas, Adris e Alva que já estava mais a frente com espíritos presos nos objetos.
Ainda nervosa ela escalou o grande leão e segurou em sua juba, em seguida o urso as duas elfas e a sacerdotisa fizeram o mesmo, apenas a mulher cobra não se encontrava mais entre eles ela havia sumido rapidamente. Órion então saiu correndo pela floresta a dentro junto com o leão logo atrás o seguindo, todos ali estavam cansados e com marcas eminentes do combate, entretanto sentiam uma leveza pois tiveram êxito na missão, nos rostos dos valentes guerreiros se via a alegria pelo feito, e no dos seres que se achavam em c*******o o alívio que a liberdade trouxe consigo.