Capítulo 2 - Encontros e Reencontros

5000 Words
Outro uivo se ouviu esse ainda mais próximo, ecoando por toda a cidade, alertando seus habitantes. O som dos cascalhos sendo pisoteados pela criatura, aos ouvidos dos soldados eram semelhantes a ossos sendo quebrados, fazendo o espinhaço de cada um deles, gelar e se arrepiar da cabeça aos pés. A garota se encontrava estática ali no chão, sem conseguir se mover, ela queria fugir mais suas pernas não a obedeciam, só conseguia tremer e orar, orar para os deuses os espíritos, seja que ser primordial e espiritual, ela apenas orava. estava cercada, não sabia qual morte seria pior, nas mãos dos soldados sendo estuprada e torturada ate sua morte, ou da fera atras dela, que no melhor dos casos a rasgaria e cuspiria seus ossos. Espirito, pedia a menina, por favor me ajude, me ajude. Um grande salto e o ser agora era visível, havia saído da penumbra da floresta se revelando pouco a pouco, o vulto era um enorme lobo de pelagem cinza escuro e olhos Amarelos vivos cor de âmbar, era um legítimo garra de prata, um lobo de quase seis metros de altura, suas presas e garras brilhando a luz da lua revelando também o homem a cima da grande fera, cujo os cabelos prateados se destacavam com a pouca iluminação abaixo do capuz que usava, alem disso, apenas olhos vermelhos sangue eram visível na penumbra. A fera movia-se calmamente, com passos lentos deixando suas garras rasparem na terra Os soldados sabiam que não tinham nenhuma chance ali seria o fim de suas vidas, ninguém escapava de um garra de prata, as historias de caçadores experientes, com anos em suas costas contavam isso, suas garras eram envenenadas e nunca se achou cura ou tratamento para o veneno, eles eram lobos que podiam correr quilômetros por dias e carregar grandes cargas e ainda assim no final tinham força para lutar, seus pelos espessos não permitiam que nada menos do que arpoes o ferissem. era estranho um estar ali, eles eram nativos de Cristalis o reino gelado, talvez um lobo desgarrado perdido de sua alcateia, o que o tornava ainda mais imprevisível, lobos com alcateia lutavam em bando e protegiam um ao outro, mas lobos solitários, conhecidos como omegas, poderiam ser mais do que brutais, ou morriam tentando sobreviver e não conseguiam, ou viravam maquinas de m***r, alguns o chamavam de demônios do gelo. Ninguem sobrevivia a um desses, muito menos um grupo pequeno e despreparado, talvez aguentassem o suficiente ate um exercito de verdade chegar, o uivo da b***a deve ter alertado a cidade inteira, pelo menos era com isso que os soldados contavam. Ikaros tentava se recuperar do choque inicial de estar cercada, ela se ergue rapidamente para correr e se virou, contudo a garota até então aterrorizada, se sentia agora hipnotizada ao finalmente ver a fera, sentia um misto de medo e admiração pela grande criatura, era era grande e hipo nente, arriscava-se em afirmar que até mesmo uma certa afeição ela sentia ao olhar os olhos amarelados da criatura selvagem que se achava ali em sua frente, algo de familiar em seus olhos e seu jeito de andar, era estranho, a sensação vinha do fundo de seu estomago e a fazia querer vomitar. Mais uma vez o lobo solto seu uivo poderoso, só que dessa vez ainda mais alto sem se importar se alertaria alguém, e voltou seu olhar na direção dos homens que estavam ali prontos para m***r, todos com mãos tremulas segurando espadas. Ao findar do uivo veio o rosnar feroz e rapidamente o lobo pulou na direção dos mesmo, foi então que eles saíram do transe e levantaram seus escudos para tentar se defender, entretanto foi inútil o lobo ergueu uma de suas patas e desceu as garras fortemente partido os escudos em dois logo voltando para próximo da garota, se pondo entre os soldados e a pequenina que o olhava com lagrimas nos olhos. os soldados investiram com as espadas e flechas, acertando o flanco da criatura, porem, superficialmente deixando o grande lobo ainda mais raivoso, ele estreitou os olhos a baixou levemente a cabeça mostrando suas grades presas cobertas por um liquido viscoso azulado que se misturava a sua baba e escorria ate tocar o chão formando grandes poças, a conclusão ao olhar o liquido, os atingiu como um soco fazendo com que dessem passos cautelosos para trazer, era o veneno. O que mais causava assombro a eles,  veio quando ouviram aquela voz animalesca e Grave entoar, tão agressiva quanto seus uivos. - A raiva e ódio que os cega será a destruição de vocês. As palavras que saíram da boca da criatura eram quase que palpáveis e preenchiam o ar ao entorno com uma força esmagadora, enquanto a passadas lentas ele chegava mais e mais perto dos soldados ignorando o pequeno borrão vermelho e tremulo no chão, para os soldados o que importava agora não era a garota com cabelos em chamas mas sim a fera de seis metros a sua frente. Um a um os soldados foram se afastando com passos cauteloso, mas o lobo observava seus movimentos, ele olhava os homens como se fossem brinquedos descartáveis, quando a grande pera pós sua linguá para fora e lambeu lentamente seus caninos e começou a se empoleirar como um felino prestes a atacar, os soldados se viraram e começaram a correr de volta a cidade mas com apenas um simples pulo os lobo os interceptou, era evidente que a fera estava brincando com os soldados, ficou mais evidente ainda quando ele repuxou seus lábios para trás mostrando ainda mais seus dentes que brilhavam como espadas afiadas em um sorriso c***l. Ikaros que ainda se encontrava sentada no chão com seus cabelos em chamas, Apenas observava tudo imóvel, incapaz de aguentar o peso de seu próprio corpo, sentia seu coração bater cada vez mais forte a ponto de não ouvir mais nada além do seu coração em seus ouvidos. era a primeira vez que via uma fera assim, fora as ninfas e as fadas montanhesas, e as vezes algumas sirens, a menina nunca vira nem uma outra criaturas misticas viva, ela assim como os outros cidadoes de Acazmien, achavam que já não existia mas monstros assim em toda Possgrover, mas ai estava, seus cabelos em chamas como as de uma aberração e um lobo de seis metros de altura com um outro ser montado nele, um ser que nada fazia, que nem ao menos ela sabia se era humano ou não. o homem sobre o lobo virou sua cabeça levemente para trás, Ikaros pode ver seus olhos vermelhos e sem ao menos perceber, seus olhos brilharam em resposta, não em vermelho, mas em um roxo vivido e brilhante, porem quando a garota piscou a cor sumiu, mas esse pequeno lampejo pareceu satisfazer o homem, pós ele se abaixou para sussurrar algo para o grande lobo O farfalhar de um arbusto a fez olhar para o lado temendo que algo a mais saísse das sombras para a atacar, algo ainda mas letal do que os que já a perseguiam. Ela esperou, quando nada surgiu, ela voltou sua atenção aos guerreiros e a fera, mais já era tarde demais, eles haviam sido jogados para longe pelo lobo que agora uivava alto em Vitoria, novamente sem medo de chamar a atenção de outros guardas. Tal uivo se ouvia por toda a cidade fazendo vários de seus cidadãos acordarem e chamando atenção principalmente de Raguesi que correu quase desesperadamente em direção a origem do uivo. os sinos de alerta para ataque soou no alto da torre do castelo central, não demorou muito e o mesmo se aproximar, mesmo estando meio longe já podia ver o grande lobo indo em direção a garota, novamente andava de forma lenta,m talvez ate mesmo cautelosa, ele olhou a direção que o lobo ia e viu um corpo delicado no chão, deveria ser a filha da anciã, pensou o mesmo ao ver a cena, as lembranças das palavras da avó da garota ricocheteava em sua mente, ela era inocente, um monstro estava atrás dela, não havia fogo era apenas o cabelo vermelho vivo dela, ela estava em perigo e era apenas isso que ele enxergava, uma pequena menina em frente a um monstro gigantesco. não eram chamas, eram cabelos vermelhos cor de fogo. ela era inocente. inocente as palavras ecoavam sem parar na mente do general, ecoava de forma tão alta que uma forte dor na temporã o tomou, mas ele não podia parar, precisava salvar a garota e deter o monstro Rapidamente ele pegou sua espada e se preparou para saltar, mais algo bateu contra seu corpo o jogando para trás, a noite encobria o ser encapuzado que o fizera, o capitão ergueu-se o mais rápido possível mas foi acertado no rosto por algo, do chão ele apenas viu um ser de capuz preta andando em direção a garota que parecia ter acordado de seu transe e tentava escapar, Reguesi tateou o chão ate alcançar arcos e flechas e o mais rápido que pode atirou três contra o homem encapuzado, porem as fechas pararam no ar antes de o acertar, o homem de capuz se virou lentamente, olhando Reguesi, mas constatou que ele não representaria perigo, pós apenas acenou com a mão e as flechas cairão no chão ao mesmo tempo que Reguesi  foi jogado para trás, mas dessa vez o general estava com os olhos bem abertos, ele finalmente entendeu, o ser encapuzado era um deles, uma das aberrações. um Bruxo O homem agarrou a garota pelo braço a fazendo se levantar de forma bruta, tropeçando em suas próprias pernas, a menina tentou resistir e lutar, já sem paciência, o homem agarrou seu rosto forçando seu olhar para ele, ao olhar com atenção o rosto abaixo do capuz parou e soltou um soluço, um ofego e então desabou nos braços do homem que a segurou de forma firme, ela não mais lutou, deixou-se ser carregada para cima do grande lobo, enquanto Raguesi tentava inutilmente se erguer, porem a força que o lançou para trás, o mantinha preso contra o chão, a terrar parecia engolir suas pernas e braços como se ouvesse se transformado em uma areia movediça. Com um ultimo olhar para Acazmien, o ser encapuzado por fim montou no lobo, juntamente com a garota que nada dizia, apenas se mantinha quieta, como se tivessse sido paralisada, e mas um vez o homem misterioso sussurrou algo para o imenso lobo que de imediato balançou a cabeça concordando e olhou para a lua e solto novamente seu uivo estridente, talvez para avisar companheiros, talvez apenas para assustar os humanos e partiu na direção do Grande General Raguesi que em fim conseguiu se levantava e se armava outra vez, esperando o ataque, mais este não aconteceu ao se aproximar o lobo parou e abriu a boca, o General ali podia ver que sua morte era eminente, mais grande foi sua surpresa quando seu corpo se libertou e ele ouviu o som da voz da criatura, e mais ainda quando a voz do ser encapuzado se juntou a do lobo em uma perfeita sincronia. - Por eras Vivemos em paz e comunhão, isso passou agora nós escondemos para sobreviver, mais isso vai mudar, A Procura da magia que nos foi tirada está viva, assim como no passado sucumbimos ao poder do ódio, medo e raiva Que o vosso rei tanto tem para com nós. Irá se repetir mais dessa vez será Possgrover que será derrotada, a magia vai viver livre novamente, Acaz não vai mais fazer o nosso povo sofrer. Este e meu primeiro e último aviso. - Achei você - uma voz rouca e cansada saiu dos lábios de Reguesi, os olhos do homem estavam em um n***o tão intenso que emanar escuridão, deixando tudo em volta de uma leve camada de escuridao, ate a luz da lua cheia diminuiu, porem, ao piscar os olhos, o n***o ja havia sumido sendo substituido pelos olhos castanhos normais do homem e a luz voltou ainda mais forte do que antes, dissipando a escuridão que circundava o rapaz. - Você... - o homem do capuz começou mas se calou antes de prosseguir - estão avisados - o lobo rosnou, Dita as palavras, o lobo solto seu último uivo ali e correu floresta adentro envoltos no brilho da lua para dentro da penumbra da noite. E foi nesse exato momento que Raguesi conseguiu um breve vislumbre do rosto que se achava embaixo daquele capuz, graças ao brilho da lua que refletiu sobre ele, aqueles olhos que antes brilhavam em um vermelho sangue, agora revelava sua verdadeira cor, um tom que iam de verde para o azul, mas rapidamente voltaram a serem vermelhos e os cabelos brancos que pareciam brilhar quase tanto quanto a própria lua. um sorriso surgiu nos lábios do homem,  essa imagem se gravou a fogo em sua mente sua mente. - Achei você - ele repetiu, repentinamente seus olhos ficaram negros, e uma gargalhada quase estérica ressoou pela floresta ate chegar aos ouvidos do homem encapuzado, com mais um sorriso o general caiu no chão e se ergueu passando a ma em sua cabeça que latejava e em seu nariz que começara a sangrar, ele respirou pesadamente, e apos o que pareceu ser seculos, saiu do estado de choque em que entrara ao ouvir aquela gigantesca fera falar junto com o ser misterioso em uma perfeita harmonia como se fossem um só. ele piscou varias vezes e olhou em volta procurando o lobo, porem na o achou nem rastro deles, apenas seus homens desacordados. não mortos, apenas desacordados A mente de Ikaros ainda se encontrava confusa com os acontecimentos da noite, o vento frio fazia a garota tremer, mas o que ela podia fazer? Havia fugido de casa no meio da noite e ainda vestia retalhos de suas roupas de dormir... se poderia ser chamada de roupas pois elas haviam pego fogo e agora restava o equivalente a uma tanga, mais agora com seu coração diminuindo os batimentos e sua mente clareando, ela conseguia respirar de forma mais compassada e se permitir sentir o alivio de estar viva, de não esta mais correndo risco de morte. agora mas calma, a menina não sentia apenas o frio, sentia tudo, ela olhou suas mãos vermelhas e fumegantes,  pela primeira em toda a sua vida, sentia dor nelas, uma dor tão forte que parecia queimar de dentro para fora, sua cabeça também doía tanto que parecia esta em chamas, sua vontade era de arrancar seus cabelos, seu coro cabeludo para tentar abrandar a dor, mas tinha medo de mover as mãos e elas piorarem. o mundo parecia fora de foco, não o mundo, apenas a Sua visão ficara cada vez mais turva, seu corpo foi subitamente tomado por uma tremedeira pois todo o calor desapareceu de seu corpo subitamente. Percebendo a tremedeira da garota, o ser que a levava tirou sua longa capa n***a e pós em seus ombro cobrindo também sua nudez, ao tocar a pele da garota, apesar de sua mão esta enluvada ele pode sentir o extremo calor que emanava dela, febre talvez, ou apenas a consequência da manifestação de seus poderes. Ele respirou fundo e seguiu seu caminho, nem um dos dois haviam falado uma única palavra. Na floresta escura só se ouvia o som dos cascalhos sendo esmagados pelos passos do lobo. por um momento kalona pensou que a garota houvesse dormido. - ele te reconheceu? - o lobo perguntou baixo para o homem encapuzado - não, impossível, ele nunca me vu antes - disse o homem pensativo - preciso pensar sobre isso - pense bem, precisaremos abortar a missão se isso te comprometer - eu entendo Apos alguns minutos, a menina já não sentia seu corpo, apenas dor, sua visão escureceu e quando percebeu estava no chão novamente olhando o lobo de baixo, mais nem ao menos sentiu o impacto contra o chão, o homem pulou no chão ao seu lado e a pegou em seus braços, com um simples pulo voltou a ficar sobre a criatura novamente, tentando ignorar a queimação causada pelo contato com a pele da garota, precisava a segurar firme para nao cair novamente, mesmo que isso significasse se queimar, ele deitou a cabeça da mais nova em seu peito e seguiram em frente a segurando firme. Ikaros abriu novamente os olhos, segurou firme o manto tentando se esconder do frio que a alcançava e suspirou o fechando novamente para se cobrir, seu coração ainda estava disparado mas o que ela falaria para ele? Como ele reagiria? Nem pensar direito conseguia por causa da dor. - Eu.... Obrigada, obrigada por ter vindo me salvar... como... como você sabia? - Foi uma coincidência, estava vindo para uma missão quando ouvi a explosão vindo da... da casa, depois apenas segui os gritos confusão e fogo... Em momento nem um o rapaz de cabelos quase prateados a olhou, ele permaneceu com seus olhos na estrada, a garota olhou para o rapaz, mas a única coisa que ela podia ver além de seus cabelos que estavam maior do que ela lembrava, era sua boca e o leve brilho de seus olhos iguais ao seus. Ele já não era como anos atrás, mas até ela mesmo havia mudado depois de todos esses anos. - Kalona eu... Estava com saudades – ela disse com a voz baixa tentando se manter acordada mas a escuridão a puxava para a inconsciência apesar dela lutar com todas as suas forças - a vovó... ela - Eu sei, eu também, mas agora precisamos fazer algo, e vou precisar de sua ajuda pequena, você pode me ajuda, por favor? eu te explico tudo depois. A garota olhou envolta meia em dúvida, seus pés descalços doíam, em seus braços haviam vários arranhões, seu corpo estava muito lesionado pelas flechas e a manifestação do fogo também. sua cabeça estava explodindo e cada fibra de seu corpo ardia mas ela já não tinha mais para onde ir, ela não podia o perder agora, não apos perder tudo, ela precisava dele. so tinha ele - Sim, eu ajudo! – a menina respondeu sem a menor confiança de poder fazer algo por para ajudar. Ao ouvir a resposta positiva de Ikaros, ele respirou mais aliviado pois seria uma grande soma na missão as recém descobertas habilidades de sua irmã, mesmo ela m*l tendo descoberto seu verdadeiro poder. - Agradeço muito Solzinho, a sua ajuda será de grande importância, mais por hora vamos chegar no acampamento, você precisa tomar um banho, trocar de roupa e cuidar desses machucados nos seu corpo, já estamos perto, você vai gosta de conhecer o pessoal. A garota sorrio ao ouvir as palavras de seu irmão, era bom sentir que ele realmente se preocupava com ela, a menina se encolheu, mais em seus braços e tentou relaxar. - Pessoal? Achei que você andava por aí sozinho... aliás, por que você foi embora? Não se despediu, quando acordei você apenas tinha sumido, não podia ter se despedido de mim ? – quanto mais a menina se agitava mais quente seu corpo ficava fazendo Kalona pressionar o maxilar e respirar fundo. A garota fechou os olhos levando as mãos a cabeça a apertando de forma dolorosa, o rapaz passou a mão em sua cabeça e depois pegou a mão da menina observando com atenção, mais então sorrio de leve, certas coisas nunca mudam e o jeito dela mostrava isso, mais ao mesmo tempo ele sentiu o peso das palavras pois não foi fácil para ele parti anos antes e muito menos voltar agora, e ao ver a situação da garota, se questionava se não devia ter levado ela, mas o mais velho não poderia saber que a magia cairia sobre os ombros de sua irmã também pois não era algo hereditário. - Não foi fácil deixar você e tão pouco nossa vó, contudo quando meus poderes despertaram eu não tive escolha, era perigo se eu ficasse na cidade então a vovó me disse sobre Lanoar e eu tive que parti, pra minha segurança e a de vocês também. Na verdade, por muito tempo eu andei sozinho sim, na minha busca por Lanoar ai pelo caminho eu acabei encontrando meu amigão aqui, né Órion. E por fim a gente achou Lanoar ou pelo menos o que acreditamos que fosse, acabou sendo apenas as proximidades do paradeiro. - Ele falou dando um leve t**a no lado do lobo que continuava o caminho, e em troca recebeu um leve rosnado como resposta.  - E o pessoal que me refiro são alguns amigos que Orion e eu fizemos no caminho de volta até aqui em Possgrover. A garota olhou o lobo meia sem jeito e passou a mão em sua pelagem mais logo parou e se encolheu, sem perceber que o lobo também estremeceu com seu toque. - Há... oi?... qual sua missão? Se vou ajudar preciso saber o que vamos.. o que tenho que fazer. - Nossa missão e conseguir resgatar os espíritos elementais que foram capturados e trazidos até a cidade e também liberta o máximo de seres místicos que conseguirmos dos acampamento deles. - Órion respondeu a pergunta da garota de forma calma. - E por Isso que estamos aqui iki e também por que eu estava decidido a volta pra vê vocês, mais vamos entrar e descansar, temos um tempo para conversa e por todo o plano em ordem. A garota olhou bem seu irmão, suas palavras haviam mexido com ela mas a dúvida pesava seu em seu coração, mas ela não iria demonstrar, então apenas olhou o lobo novamente, era a primeira vez que ficava tão perto de um místico livre, sua avó sempre contava da época em que os seres místicos andavam pela terra livremente até que o rei declarou guerra a elas, e os que ainda se tinha na cidade, eram escravos ou objetos de pesquisa. - Mais como espíritos da natureza seriam capturados? - E complicado solzinho - Olha criança, os espíritos elementos, assim como tudo na vida se transformam e renasce e foi isso que aconteceu esses espíritos estavam na fase de mudança então ficaram jovens por isso foram pegos, no momento de transformação - Orion respondeu - kall.. eu não...tem algo errado... não aguento... doi.. Muito... kall, meu remédio... preciso dele.. por favor – a menina m*l terminou de falar e desmaiou deixando o rapaz confuso e preocupado, ele pôs a mão na testa da menina novamente, estava com febre, sua pele estava esfriando rapidamente, isso era estranho, não era normal isso acontecer. - remédio? – o rapaz a olhou estreitando levemente os olhos. - não sabia que o seu tipo adoecia assim, ainda mas aos dezessete anos, quando estão no auge da forma -  Orion comentou enquanto andava - muita coisa acontecendo em pouco tempo, mas em primeiro lugar a missão, depois descobrir que remédio e como ela escondeu os poderes por cinco anos em Acazmian - certeza que não quer ver isso do remédio antes? ela sera de mais ajuda curada - Orion perguntou olhando por cima do ombro - ela ficara bem, mas se atrasarmos, o mundo não ficara A temperatura da garota caiu drasticamente, sua pele estava quase tao fria quanto a de kalona, Preocupado, o rapas deu uma batidinha em Orion fazendo o lobo correr de forma rápido para No acampamento, eles correram por mais algumas duas horas floresta a dentro, tomaram bastante cuidado para não deixarem rastros a medida que avançavam Quando o lobo parou, Kalona segurou sua irmã em seus braços e pulou de cima de Orion caindo de pé no chão, ele deu batidinhas no rosto da mais nova até que a mesma acordou, ele a pós no chão com cuidado para não ferir a menina mais permaneceu lhe dando apoio. A garota se cobriu com o casaco por vergonha dos farrapos de roupa que usava, se virando observou bem o lobo, era algo magnífico e assustador. Os dois irmãos seguiram até a Fogueira que estava acesa, Kalona quase carregando a mais jovem, perto delas haviam algumas pessoas sentadas de costas para os irmãos, kalona segurou a mão da mais nova e a levou até perto da fogueira onde as pessoas estavam, ao ver os seres sentados aliança a garota teve que se segurar para não correr, nunca em sua vida ela pensou que ficaria frente a frente a seres como esses, sua avó contava as histórias de seres fantásticos que andavam pela terra, animais que podiam falar e pessoas com poderes que mudariam o mundo, mais com o reinado de Acaz tudo se desfez, todos na cidade achavam que esses seres tinham sumido, mas ai estavam, eles estavam na frente da garota e agora, ela fazia parte desse povo, ela é seu irmão, ela não era mais humana, mais também não era um místico - Essa é Anator - Seu irmão apontou para uma "garota" era estranha, sua forma era de uma garota normal entre seus vinte ou vinte cinco anos, mais sua pele era feita de casca de arvore, em algumas partes quebradas era possível ver vários si pôs entrelaçados em um verde escuro, tanto em seus braços quanto em suas pernas, seu rosto rígido pela madeira ainda era jovial, porem de sua sobrancelha até o meio de sua bochecha havia uma grande rachadura, seus cabelos eram feitos de si pôs finos com diversas folhas que caiam em seu rosto, seus olhos eram em um verde claro quase branco e no centro de sua testa havia um círculo como se fosse entalhado, Anator não vestia nada, porém em volta de seu corpo cobrindo suas partes como se fosse roupa, uma camada de musgo verde, incluindo uma fina camada em seu rosto e sobrancelha - Ela e uma Driade, nos encontramos a uns meses, ela também queria ir para Lanoar, era uma refugiada. A garota fez uma reverência com a cabeça na direção de Ikaros mas ficou olhando para as chamas se lhe da muita atenção. - E um prazer lhe conhecer – disse a garota um pouco envergonhada pelo forma da driade a tratar. - Essa é Ayara, uma faunesa, uma das poucas sobreviventes da vila dos faunos, o rei Acaz incendiou a floresta onde eles moravam, Ayara sobreviveu por pouco - A garota sorriu para a faunesa, era alta e esguia, da cintura para cima parecia quase humana, tinha a pele levemente escura, cor de café com leite, em suas mãos haviam apenas três grossos dedos com grandes unhas, seus chifres começavam a surgir no meio da testa, primeiro da cor da pele, mais a medida se seguia para as laterais de sua cabeça ele começava a escurecer e se em cada colar dando a volta dentro de si como a de um carneiro, ela tinha cabelos cor de lama bem puxados para trás deixando a testa protuberante, e olhos grandes e arredondados em um tom de castanho com as íris como a de um bode, com um traço escuro, mais apartir de seus joelhos virados para trás, começava canelas secas e terminava em cascos, uma pelagem marrom subiam por suas canelas, no meio de suas cozas, na lateral era ausente de pelos, mais eles subiam pela parte da frente até a altura de seu umbigo e atrás a mesma coisa, para o desconforte de Ikaros, a mulher que não usava tangas sendo protegida apenas por sua ampla pelagem, usava apenas um estou de pano simples para cobrir seu avantajado b***o, Ikaros passou a mão em seu braço desconfortável diante da faunesa quase nua a sua frente. - E esses são Adris, Alva e Atlas, nossos Ladinos, são mais fortes e corajosos do que parecem, já até salvaram minha vida uma vez - Kalona sorriu ao olhar e apontar para os três parceiros, diferente de seu irmão que olhava os três com respeito, sua irmã mais nova correu até eles é os abraçou forçadamente, era a primeira vez que ela via gatos de roupas, Alva era uma bata pequena, bem peluda com orelhas pontudas, sua pelagem era branca com tiras cinzas clara nas patas e no r**o, vestia um capuz longo cinza escuro e seus olhos eram castanhos, Adris também vestia uma túnica, mais preta, ele tinha a pelagem espeça como as de alva, mais tinha a pelagem escura, preta com cinza escuto e olhos azuis, o ultimo era atlas, ele tinha uma pelagem dourado com pintas pretas, parecia um pequeno leopardo , esguio porem imponente, ele usava o peitoral de uma pequena armadura o cinturão com uma espada e tinha olhos cor de mel suas feições eram duras e ele tentava escapar do abraço da garota, por algum motivo, a menina insistia em o abraçar mais que aos outros. - Eles são tão lindos, fofinhos, usam até roupinhas - Ikaros falava rindo. - Ikaros, eles não gostam muito de serem abraçados - o irmão falava meio sem jeito, em seus olhos ele tentava transmitir aos seus parceiros uma série de desculpas - Desculpe, não resisti - A mais nova soltou os Ladinos e sorrio meio sem jeito. Todos se olharam e explodiram em risadas pelo m*l jeito da garota, a Dríade que parecia a mais séria de todas também riu o que deixou Ikaros ainda mais vermelha. - Então kalona? Achou o acampamento? - A Driade perguntou comendo algo que a garota desconhecia - Estão ao Norte, chegarão a cidade amanhã pela tarde - Então podemos atacar agora certo? - Atlas se levantou erguendo sua espada enquanto alva negava com a cabeça - A irmã dele precisa descansar um pouco, o estado dela e deplorável, esta ferida pálida e quase nua - A gata falou olhando a garota com um ar de compaixão. - Mas se chegarem a cidade não iremos conseguir pegar eles nunca mais, se a princesinha descansou ou não, isso não e importante - A Driade instituiu - temos que ir agora, o mais rápido possível ou tudo o que batalhamos para conquistar vai ser destruído
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