Reino florestal, Possgrover
Capital Acazmyen
Ano 369 do nosso senhor Acaz V
O povo do reino de Possgrover se orgulhava em dizer que seu sangue havia sido limpo e purificado de toda a impureza em seu reino é em seu sangue, sua capital havia expurgado dessa impureza. Que já não tínhamos mais nenhum traço da "doença" que foram expostos séculos atrás e tanto os afligiu. Estas Pragas haviam trago apenas desgraças aos humanos. trago morte pobreza e sofrimento. Eles viveram por séculos em Possgrover, infectando, matando e destruindo, traziam desgraça e guerras, tantos já haviam tido fim a sua vida, um fim desastroso e sangrento.
Doença, apenas isso que todos os auto denominados místicos eram. Pois era isso que a magia e todos os seus usuários eram, para os humanos. Uma doença para ser erradicada do mundo. Mais agora, tais criaturas já não estavam entre eles. Eles haviam caído perante o grandioso exército de Possgrover. Os poucos remanescentes dessa doença, haviam sido transformados em escravos ou em casacos, eles estavam sendo tratados como menos do que vermes, e assim como essas criaturas imundas e rastejantes, eles estavam sendo esmagados pelo exercito. Agora, com a piedade e o bom coração do Acaz, Possgrover tentava levar sua politica de ante místico para os outros dois reinos restantes, Pois a muitos anos atras, eles haviam conquistado o reino montanhês do ar, Brisalian, o segundo reino, que agora pertencia apenas aos humanos. sua vitória contra os místicos estavam ainda mais segura. os humanos venceriam e teriam o mundo apenas para si. faltava apenas dois grandes reinos. Magmetron o reino de fogo é Cristalis o reino de gelo e agua. E então, todo o mundo pertenceria apenas aos humanos como os deuses gostariam que fosse. Os humanos não mais responderiam a espíritos ancestrais e sim aos deuses que tudo lhes davam. Não recorreriam a magia, eles tinham tecnologia próprias, que os ajudavam a fazer de tudo. já não eram dependentes, haviam se libertado.
Pelo menos, era isso que sempre se ouvia nas ruas da cidade, dês de comerciantes à senhores de posses, crianças a idosos, pregavam essas palavras como uma oração. eles falavam e gritavam, repetindo e murmurando os mesmos comentários repetidas vezes para si mesmo e para todos os que quisessem ouvir. Ditos quase como uma prece. eles sentiam prazer e risos da situação ultrajante que os seres místicos da cidade viviam na capital de Possgrover, Acazmien. A Historia de como os humanos haviam subjugado os místicos, como os derrotaram e os escravizaram, os colocaram em seus devidos lugares, abaixo de seus pés, como sempre tinha que te sido. E dessa forma a vida ia decorrendo ali, pois em Progressos, seres místicos ou eram mortos ou escravizados, para seus cidadoes. Até os ratos de esgotos tinham mais direitos que eles, mereciam viver e ser visto. Porém, nem tudo era perfeito no reino, o que o povo fazia e a realidade do mundo, era diferente. Eles tinham conhecimento que os poucos seres que se achavam livres estavam por ali. Apesar de seus esforços, Seus inimigos ainda rondavam a florestas os observando e esperando o momento certo para atacar e dizimar a todos no reino, os remanescentes dos místicos, apesar de . sabendo disso Acaz, rei de Possgrover, nunca esteve tão atento à "possíveis aberrações" em seu povo. Todas as noites soldados faziam rondas pela cidade. mais em uma noite, algo aconteceu.
Algo que tiraria a paz de todos ali, pelo menos por um tempo, nos calabouços do castelo de Possgrover, uma risada alto ecoou, vinda de todas as paredes. a voz ria e falava com um voz etérea.
"E tudo começa, o tear do destino se desenrola. o começo do fim bate na porta com as chamas da vingança"
a voz ecoou, se ampliando e ricocheteando ate que chegara aos ouvidos do rei, que se ergueu rosnando, com u movimento de suas mãos, o lençol voou para longe e ele andou a passos firmes ate a janela.
- Algo errado ? - uma voz feminina soou atras de Acaz.
- Vai começar, a profecia começou a se desenrolar.
A gargalhada continuava a soar de forma quase histérica, e como se respondendo a gargalhada, Um grito alto e desesperado foi ouvido ecoando pela cidade, quase abafando as gargalhadas que se recolheu ao ouvir o grito.
Achando que fosse um ataque dos místicos rebeldes, que viviam na floresta, os guardas correram pelo labirinto de ruas altas e casas que era a capital de Acazmien. E se fosse um ataque? Pensava um dos soldados, o mais jovem de todos ali. Um ataque dos seres místicos que moravam em algum lugar da floresta e insistiam em tentar o surpreender com ataques aleatórios, geralmente causavam apenas tumultuo e logo em seguida eram presos, ainda assim eram perigosos. Tantas vezes eles invadiram a floresta a procura desses místicos restantes, mas nada acharam pois todos conheciam a floresta e se escondiam em algum lugar, era difícil lidar com essa pericia em no território. Possgrover era grande, mesmo que a campanha ante místico tivesse se espalhado por todo o reino, os místicos eram uma raça difícil de se eliminar. Eles precisavam ser rápidos, certas criaturas possuíam poderes e com um movimento poderiam estraçalhar a pobre vítima.
Os gritos cessaram bruscamente, mas não antes dos soldados localizarem a sua origem.
um dos soldados atras soltou uma exclamação ao ver de onde vinha o grito. o general olhou para o mais jovem de seus homens.
- chame reforços, avise que vem do quarto circulo - ele olhou o homem sair correndo e depois olhou de esguelho para o soldado o soldado que soltou a exclamação anteriormente e depois voltou sua atenção para a casa.
Uma exclamação revelou que havia duas ou mais pessoas na casa, Eles vinham de uma casa simples com janelas de vidro cobertas por cortinas negras, as luzes estavam ligadas e se podia ver silhuetas desformes. correndo de um lado para o outro, aos olhos dos guardas parecia ser pelo menos duas pessoas lá dentro.
- ... Não... por favor, não... - eles ouviram ade uma mulher, estava embargada de medo e preocupação.
Antes que conseguissem invadir a casa, as janelas do segundo andar explodiram em chamas, pedaços de vidros voaram por todo lado, todos os soldados se cobriram com seus escudos para se proteger. Quando as chamas baixaram, um dos soldados, o que havia feit0 a exclamação de surpresa mais cedo, correu a dianteira, parecendo aflito.
- Ikaros - ele gritou nervoso entrando na casa - Sra. Belcoff
Reguesi rosnou nervoso e seguiu o jovem, eles invadiram a casa a tempo de ver alguém correr pela porta dos fundos deixando um rastro de fogo pela casa e uma senhora de longos cabelos brancos, ferida no chão, lágrimas nos olhos, vestes e braços e roupas, queimados. a velha senhora parecia não se esta incomodada com as feridas, muitas delas, queimaduras de terceiro grau, ela apenas olhava para a porta e chorava de forma desesperada, como se houvesse perdido algo importante, como se houvesse perdido a si mesmo.
- Senhorita Belcoff, esta ferida, precisa de um medico, o que ouve aqui? onde esta ikaros ? - ele ajudou a velha senhora a se levantar e enxugou suas lagrimas - onde esta ikaros ?
- conhece essa familia Senhor Foster? - Reguesi apareceu atras do soldado
- Esta e Kalista Belcof, ela e sua neta, Ikaros Belcof moram nesta casa, Ikaros e minha noiva, casaríamos no começo do próximo anos, estamos noivos dês de seu nascimento
- Ela se foi Gab, se foi - a velha senhora cobriu o rosto chorando
Reguesi observava com toda a atenção cada detalhe da casa, era pequena e estava com rastros de fogo por todas as partes, haviam quadros com desenho de arvores no chão, pinturas de famílias quebradas. ele se aproximou de um grande quadro que ainda estava na parede, mostrava a velha senhora com a mesma aparecia que tinha agora, ao lado dela um homem de cabelos brancos em corte miliar, parecia seu marido, então um homem alto e bronzeado com cabelos vermelhos sangue, tinha uma cicatriz na lateral da cabeça, e esse lado tinha o cabelo raspado, mesmo que do outro lado estava com longos, batendo em seu ombros. ele tinha a mão na cintura de uma mulher baixa com rosto fino e lábios vermelhos, e cabelos loiros claros bem longos. nos braços do home ruivo, havia uma garota também de longos cabelos ruivos igual ao do pai, ela sorria alegre e abraçava o pescoço do pai, tinha olhos um misto de verde e azul juntos. na frente da mãe havia um papaizinho de cabelos brancos e olhos como o de sua irmã. a família Belcof. todos ali estavam mortos, excerto a velha senhora e sua neta mais jovem.
- Você, vá investigar o andar de cima, eu cuidarei da senhora Belcof
a contra gosto, Gab subiu as escadas lentamente para poder investigar.
Um dos grandes soldados ficou para ajudar a senhora enquanto os outros correram pela porta seguindo o rastro que a pessoa deixará. Apenas o líder daquela patrulha ficou. O grande general Raguesi estava ali dentro da humilde casa diante da senhora que chorava pela sorte incerta de sua neta e que em meio as lágrimas tentava explicar como tudo ocorrera até a chegada deles para "salvá-las", ela foi contando que já havia se deitado para descansar, quando ouviu um barulho vindo da porta, ao se virar para a direção do barulho viu apenas um vulto n***o já atacando sua neta, foi aí que os gritos começaram e que a garota estava com fogo nas mãos, logo depois os gritos começaram seguidos da explosão.
- E foi isso que aconteceu, general Raguesi esse ser medonho levou minha neta, minha pobre neta sabe-se lá pra onde. Se o senhor e a guarda não tivesse chegado talvez nem viva eu estivesse mais. - Kalista falou abatida.
A feição do general era dura como sempre, não dizia nada do que ele de fato pensava, se mantinha ali de pé analisando a casa dando pouca importância as palavras proferidas pela senhora, que no momento mostrava um semblante abatido. Dor era visível no seu olhar, mas ainda assim ele se mantinha intrigado, lembrava-se das várias conversas que tiveram com seu senhor onde ele dizia admirar por demais a longevidade e beleza da anciã, mas que sempre a achou estranha e por isso fazia questão de manterem olhar atento sobre ela caso qualquer sinal de magia de sua parte fosse contido imediatamente. Porem nesse momento ela se via sendo a vítima. Ainda assim era necessário a vigiar, a família bellcott sempre dera muita dor de cabeça
Reguesi olhou cada aspecto da casa de forma atenta, ate que seus olhos pararam em um quadro com uma estranha arvore desenhada, então ele voltou a olhar para a anciã
- Senhora Kalista sei que é difícil, mas meus homens já estão a cuidar disso e logo terás sua neta de volta, agora com sua licença já que estás bem deixarei que descanse... - mesmo ao dizer tais palavras, a expressão do general permanecia dura.
O general falava tudo aquilo de forma vazia, pois na realidade não se importava com a situação, porém a arrogância de Raguesi não permitia ele vê com clareza assim como a senhora a sua frente podia. A cada palavra que ela dizia contando os fatos ela olhava fixamente nos seus olhos e com a pouca magia que corria em suas veias, que apesar de ser pouca era forte, assim ela ia fixando na mente dele que era verdade todo
o ocorrido, mas uma coisa a deixou intrigada. A mente do general não tinha resistência e parecia haver indução de pensamentos nela por muito tempo já.
- Lhe agradeço muitíssimo, sei que precisa fazer suas coisas, não ocuparei mais seu tempo, agora o que me resta é descansar e esperar que tudo acabe bem e que tenham minha pequena Ikaros aqui comigo novamente. - Kalista falava de forma abatida.
O general foi vendo a verdade nas palavras ditas por ela, o sofrimento de uma velha senhora que perderá sua neta para essas "Malditas Criaturas" era os seu pensamentos.
Porém o grande general nem imaginava toda a verdade dessa história antiga e complicada.
- Isso mesmo. Descanse agora e nós faremos nossa parte, boa noite! Preciso encontrar os soldados e ver como está a situação - ele moveu sua cabeça em sinal de respeito, porem seus movimentos eram mecânicos
- General, eu só lhe imploro, encontre minha neta por favor, esse e o seu trabalho, salve minha neta - disse ela quase chorando
Sem conseguir se conter, Reguesi acertou-lhe um t**a na face a fazendo cair no chão, ele se virou e passou a mão em seus cabelos negros respirando fundo e contando até cinco mentalmente, sua mão direita tremia levemente, ao notar ele a pôs em suas costas e olhou a anciã com nojo
- O meu trabalho e proteger a cidade, seus cidadoes, defender eles dos monstros que se escondem nas sombras, não tente me falar o que devo ou não fazer, não sou uma criança perdida, pare de tentar mandar em mim, tentaremos salvar sua neta, mais minha prioridade e destruir a criatura para não ferir mais ninguém, fique em casa e tranque as portas. Já basta uma pessoa para ser salva, não precisamos de outra - os olhos de Reguesi faiscaram de fúria, enquanto sondava a anciã, ele pôs a mão nas costas para a esconder, mas kalista viu que ela tremia, e percebeu que os olhos de
Gab desceu as escadas e olhou kalista meio nervoso, então seus olhos fora do rosto marcado da anciã para a mão do general que tremia, seu punho se fechou de revolta, era difícil para o rapaz ver cenas assim, mas ele sabia que no exercito, coisas desse gênero aconteciam, entretanto, ele sabia que se interferisse tudo pioraria mil vezes, e o olhar que kalista direcionou a ele, demonstrava que ela também sabia, então apenas se calou .
- e então? qual a causa do incêndio ? - Reguesi olhou para Gab e o jovem parecia tentar escapar de algo que soava em sua mente pois movia sua cabeça de forma estranha e apertava seus olhos as fechando com força.
- Fora colocado muita lenha na lareira e o fogo deve ter crepitado e faíscas se espalhando pelo quarto.
- Deve ou foi ? - Reguesi endireitou sua postura e o jovem deu um passo para trás encolhendo os ombros.
- Foi assim que começou, nunca errei antes - ele ergueu o olhar e sustentou os olhos de Reguesi.
- Minha neta estava doente, febril e as vezes alucinava, eu sempre ia no quarto dela apagar o fogo. essa noite eu esqueci, estava cansada de mais, e o peso da idade.
- Entendo - Novamente o general pareceu absorver as palavras da anciã como uma esponja, ele se afastou.
- Proteja ela - Kalista sussurrou para o jovem Gab - Por favor, a proteja.
Raguesi se virou e saiu dali, seguiu o caminho que os outros guardas haviam feito seguindo o rastro do monstro, mais na casa Kalista continuava intrigada com a mente do general e a facilidade que teve para o manipular. ele absorvia a indução como uma como alguém sedento, ele aceitava de bom grado. gab olhou a anciã e sorriu pousando a mão no ombro da anciã.
- senhora Kalista eu vi... algo impossível, o fogo começou na cama. Como o fogo se iniciou na cama em três pontos ao mesmo tempo? - ele olhou nos olhos da velha senhora e suspirou negando com a cabeça, só havia uma resposta para a sua pergunta, e isso era algo que ele não queria admitir, não agora, não sendo o seu pequeno solzinho, o foco de tudo isso. se ele pensasse, não agiria e não a salvaria. Gab respirou fundo - tudo bem, irei lhe ajuda-la, mas depois, a senhora irá me me explicar tudo, ou irão m***r ela.
Mais à frente, fugindo de forma desesperada, uma garota de longos cabelos vermelhos como fogo corria entre as casas, almejando chegar na floresta, tentando se salvar. Seu rosto ainda molhado por lágrimas do acontecimento da noite, mas ela não podia parar, mesmo estando descalça, mesmo estando quase nua e com os pulmões ardendo, ela não podia parar, não podia se permitir ser vencida pelo cansaço, tinha muito a perder. Se ela parasse, seria morta pelos soldados, não apenas isso, ela precisava continuar pela sua avó, se ela fosse pega, matariam Kalista, ambas morreriam por sue pecado, por sua doença. ela não iria desgraças sua avó dessa forma.
Mas que culpa a jovem tinha do acontecido? Ela estava olhando as chamas de sua lareira e dormiu, acabou acordando de um pesadelo do qual não se lembrava. suas mãos e sua cama estavam em chamas, era desesperador ver o fogo aumentar, ouvir ele crepitar enquanto envolvia seu corpo e queimava suas vestes enquanto chiava, espalhando um cheiro desagradável pelo quarto. tudo isso apenas a deixara ainda mais desesperada a fazendo cair da cama e se arrastar pelo quarto em pânico. A menina tentará apagar as chamas batendo suas mãos nela de forma frenética, mas apenas piorava a situação, tentou usar objetos como travesseiros e lenções, mas eles eram incinerados. com um simples toque, as chamas aumentavam de tamanho então fizeste como qualquer pessoa normal faria em sua situação.
Começou a gritar desesperada, o que estava a acontecer com ela? Suas mãos estavam em chamas mas não doía, nem ao menos sentia o calor. Sua camisola branca de algodão havia sido quase totalmente queimada, a angustia e medo do que poderia estar a acontecer, lhe acertou como um soco a fazendo respirar com dificuldade, era como se o ar entrasse mais não saísse, lagrimas ameaçavam cair, porem evaporava antes de escorrerem, era doloroso, su7as cabeça doía, tudo doía, o que estava acontecendo, que tipo de monstro entrava nas chamas e nao se feria? que tipo de monstro criava chamas com as mãos? A pequena olhou suas mãos e a palavra que surgiu em sua mente a fizera gritar de forma desesperada com puro pavor, apenas o pensamento, a consideração de ser um deles a fazia gritar. mística, ela iria morrer, sua avo iria morrer, ela e uma mística, não humana, um monstro. Ela iria morrer, sua avó iria morrer
As palavras gritavam em sua mente de forma ensurdecedora.
Sua avó Kalista, uma senhora que aparentava ter uns cem anos, mas ainda assim cheia de vigor, saiu de seu quarto e entrou correndo no de sua neta ao sentir o cheiro de fumaça. Ao ver a condição da criança, ela tentou a acalmar, tentou a fazer se sentar e parar de gritar, mais a menina se recusava a ouvir. o fogo começava a subir pelas cortinas e se espalhar pelo teto de madeira. kalista tentou se aproximar mais a menina gritou para ela se afastar, fazendo o fogo se intensificar e a anciã recuar rapidamente. Ainda assim, sem medo algum das chamas que a cercavam, e serviam como uma barreira mantendo ela longe da neta, a anciã se aproximou um pouco e olhou dentro dos olhos da garota, prendendo sua atenção aos dela, ela sussurrou algo que a menina nao entendeu, porem aos poucos as chamas diminuíram. Quanto mais a garota se acalmava mas as chamas de suas mãos diminuía indo de um laranja intenso para o azul até sumir. Kalista sabia o que aquilo significada e que dessa vez não podia mais ser revertido, nao como antes. Ela não tinha mais opções, a magia no sangue da garota havia despertado novamente, assim como a do irmão e agora ela precisava ir, sair da capital, nao apenas isso, ela precisava fugir Possgrover o mais rápido possível para poder sobreviver.
De forma calma, ou o mais calmo do que era possível, ela mandou a garota para o andar de baixo, para arrumar suas coisas. Enquanto a pequena o fazia, Kalista usou a pouca magia que lhe fora concedida pelos deuses para aumentar as chamas ja existentes do quarto de uma só vez e desceu as escadas o mais rápido possível. esse ato lhe custou muita energia pois fogo não era seu elemento, na verdade, era o completo oposto do que ela foi agraciada, mas o cansaço e a dor das queimaduras nao iria a fazer parar, Kalista precisava salvar sua pequena neta.
ao chegar la em baixo ela viu ikaros com uma pequena bolça de couro marrom, a menina tremia dos pés a cabeça
- Corra, corra para a floresta e quando chegar lá continue a correr, procure Kalona e quando o achar fale a situação da cidade, explique a ele o que aconteceu e depois saiam de Possgrover, e principalmente, fiquem juntos, não se afaste dele entendeu ? - ela segurou em seus ombros - não saia de perto de seu irmão, ele vai te ajudar.
- O que? Não, Kalona morreu vovó... - kalista começou a empurrar a garota para a porta dos fundos - Não vovó, por favor não... não me obrigue, não sem a senhora, não irei a abandonar, venha comigo
- ikaros. Não, estou velha de mais, só irei lhe atrasar. essa jornada você terá que fazer sozinha, sinto muito por tudo minha pequena, apenas me perdoe por esconder. Agora, vá
- e meu remédio? preciso dele, o que farei sem assenhora? o que farei sem o remédio, eu não quero, não consigo sem a senhora, tenho medo - a pequena chorava capciosamente - nao posso ficar sem a senhora, nao vou aguentar te perder tambem.
- Filha, meu pequeno solzinho - Kalista pôs as mãos na lateral da cabeça da pequena a olhando nos olhos, ela queria abraçar sua neta e nunca mais a soltar, a proteger de tudo e de todos, mas nao podia, precisava a mandar ir - você irá correr, correrá até encontrar seu irmão. Fuja solzinho, fuja. agora
O fogo do quarto aumentou explodindo a janela, mas ele nao descia, se mantinha no primeiro andar, kalista olhou para ttras apenas um momento, depois virou seus olhos para Ikaros, elas escutaram e sabiam que os guardas iriam chegar a qualquer momento, todos armados. As mãos da menina tremiam mais ainda se encontravam quentes, em seu rosto bronzeado era possível ver o desespero. Kalista empurrou a menina com toda a sua força, podia ouvir os soldados se aproximando e o vapor das lagrimas evaporadas, sua pele ardia por esta em contato direto com a garota, mais ainda se manteve forte e firme em sua decisão. Ela continuou a empurrar Ikaros até que a mesma começou a correr, seu coração se partia por deixar sua avó para trás mas tinha que ser feito, se ela ficasse matariam a velha senhora apenas por tê-la abrigado, para servir de exemplo. Ela precisava achar Kalona, mas onde Ikaros o acharia? Em que lugar ele estaria. não via seu irmão dês de seus 10 anos de idade, quando seus pais morreram e em seguida ele sumiu, por ano Ikaros achou que ele houvesse sido morto com seus pais, apesar de ter esperanças do irmão voltar.
Nos primeiros meses, ela sempre deixava uma vela acesa para que seu irmão encontrasse sua casa de volta, mas sua avó proibiu que a pequena fizesse isso. aos 13 ela ainda tinha fé, e ascendia a vela escondida, pedia para que o espirito do fogo, mandasse os fogos fatos para que guiassem seu irmão para casa, mas então ela adoeceu, e perdeu as esperanças.
Morto, ela jurava que ele estava morto, a anos atrás seu irmão simplesmente havia desaparecido, ela o procurou, por anos ela procurou mais nem sinal dele. No final, teve que admitir. Ele estava morto. Mesmo não querendo admitir, e sentindo que uma parte dela morria junto com as esperanças de encontrá-lo.
Kalona, o jovem de cabelos tão loiros que pareciam brancos, havia morrido aos 13 anos com seus pais, era nisso que ela começou a acreditar.
Enquanto corria ela podia ouvir os gritos atrás de si. Gritos esses que ecoavam pelos becos e ruas da cidade que se encontravam em sua "Paz", as luzes das janelas ascendiam e até mesmo algumas pessoas olhavam pela janela para olhar o que estava acontecendo. A garota corria e chorava, tudo doía, seus pés descalços se feriam nas pedras afiadas das ruas, seu peito apertava por tudo; medo, dor, incertezas, mas ela ainda assim continuou. Cansada, confusa e com os olhos cheios de lagrimas ela tropeçou e acabou caindo após esbarrar em uns barris já próximos a saída da cidade rumo a floresta, alguns metros a separava da floresta, os guardas se aproximaram ela via ódio e a sede pela sua morte estampada nos olhos deles, a menina tentou fugir se arrastando, mas com um chute ela caiu e não conseguiu se erguer mais, o ar escapava de seus pulmões.
- Olha que coisinha mais linda que nos encontramos meu general - um dos soldados disse se aproximando e sorrindo enquanto passava o dedo em seu lábio inferior - será uma fada elemental? talvez a escrava de algum nobre que fugiu
- ela não tem asas, podem ter sido cortadas, alguém olha as costas dela para ver se tem cicatrizes - um outro soldado perguntou.
- não importa, ela vai morrer essa noite - disse o general preparando sua espada, seu olhar era frio e enojado com a garota.
- talvez ela seria de mais utilidade no voo da meia noite, Luxie sabe que precisamos de mais beldades lá - com a lamina de sua espada o homem ergueu a cabeça de ikaros e sorriu a olhando de cima a baixo - tenho certeza que os homens se divertiriam bastante com ela, tem um belo corpo, s***s fartos, eu sei que eu me divertiria bastante
- talvez você tenha razão - o general sorriu e se abaixou olhando a garota - mas precisaremos cortar esses cabelos, estão arrastando no chão.
- para mim da um ar exótico - um soldado se aproximou rindo - eu acho que devemos experimentar a mercadoria, algum concorda ?
Todos esses sentimentos fizeram as chamas em suas mãos e cabelo se ascenderem e se espalhar por todo seu corpo, agora quase completamente desnudo. com um grito, uma onda de fogo foi na direção dos soldados os derrubando, aquele que segurava em seus cabelos, agora pegavam fogo. Agora, apenas com seus longos cabelos cacheados sobre seu b***o, cobrindo sua nudes, a pequena já não temia as chamas queda envolvia, não tinha tempo para isso, pois ainda havia um monstro na sua cola. Os guardas se ergueram novamente furiosos. todos sacaram as espadas, porem hesitaram ao ver a garota em chamas, dando a chance dela se levantar e correr para fora da li.
Os guardas furiosos atiraram flechas acertando suas pernas, braços, cintura e rosto de raspão, o que fez a mesma se desequilibrar e cair novamente, uma chuva de flechas foi lançada contra a garota, Ikaros gritou fazendo o fogo em seu corpo expandir desintegrando completamente as flechas que foram em sua direção e fazendo os guardas pararem por um momento erguendo os escudos para se defenderem, mais não durou muito, os guardas se aproximaram dela prontos para matá-la. A rajada de fogo havia gasto quase toda a sua energia, a garota não conseguia mais correr. Não tinha forças para fugir, seu corpo parecia feito de chumbo, pesado e rígido, ate o ar escapava de seus pulmões, era difícil respirar, ela lutava contra si mesmo, tentando de mover, procurando fugir.
- Por favor, me ajudem - ela apenas implorou, não para alguém em especifico, mas para qualquer coisa, qualquer ser que pudesse a ouvir, ela apenas não queria morrer ali, não assim.
Foi quando um grande barulho rompeu de dentro da floresta paralisando os soldados e a garota onde estavam, um uivo estremecedor soou pelos céus como um trovão, algo estava vindo, algo grande. ikaros não sabia que ficava feliz ou temia, esse ser estava vindo a salvar ou a m***r? O chão tremia levemente em um ritmo constante como passos, aumentando cada vez mais. os soldados se armaram novamente, um deles olhou para ikaros furioso.
- o que você invocou? que tipo de demônio você trouxe para nossas terras? mande embora, mande essa fera embora agora - ele gritou, um misto de fúria
- eu nao sei, eu nao - ela falou tremula
- matem ela, matem ela antes que a fera nos alcance - alguém gritou desesperado
Uivos altos se espalhou pelo ambiente mas nada se via, a escuridão encobria tudo.
os tremores se tornaram ainda mais constantes, rapidas e fortes, o ser estava mais perto. um soldado avançou com a espada na direção de ikaros, mas foi lançado para trás de uma só vez, todos pararam, um estranho silencio se espalhou pelo ambiente, nem o vento se ouvia. era como se a própria natureza tivesse medo de ser ouvido. então algo aconteceu, os olhos dos soldados se arregalaram, suas maos tremeram, o medo era palpável no olhar de todos ali. então ikaros se virou para olhar.
Todos os olhares se voltaram para o vulto que se formava ali na entrada da floresta, que havia aparecido em um passo de mágica, mas ainda não se podia ver o que era. Apenas se via os grandes olhos brilhantes e os dentes afiados brilhando a luz da lua, ele tinha cerca de 6 metros de altura, sua respiração era lenta e contida, suas garras arranhavam o chão de forma cautelosa. a fera rosnou, lenta e contida. a única coisa que se via claramente, era o reflexo de suas garras e suas presas, a luz do luar
Eles iriam morrer! Estavam condenados, era um monstro, um ser místico que avançava cada vez mais na direção deles em passos lentos e cautelosos. a menina olhou do chão, não tinha para onde correr.
todos estavam perdidos, cada um deles sofreriam terrivelmente
eles iriam morrer
sim