SABRINA NARRANDO
Tava em casa, jogada na cama, mexendo no celular e vendo roupa pro baile.
O Berrete já tinha me dado o dinheiro pra comprar tudo que eu quisesse, e eu tava ali, pesquisando os melhores looks, os vestidos mais curtos, os saltos mais chamativos. Eu queria chegar no baile um escândalo.
Meu dedo deslizava pela tela, olhando opções, quando ouvi uma batida na porta.
Levantei o olhar e vi minha mãe entrando.
— Oi — falei, largando o celular do lado.
Ela fechou a porta atrás de si, cruzou os braços e olhou pra mim.
— A gente já pode conversar?
Suspirei fundo.
— Sobre o quê?
— Sobre… eu. Sobre nós duas.
Fiquei calada por alguns segundos.
Eu sabia que essa conversa ia chegar uma hora ou outra.
Respirei fundo e concordei.
Minha mãe veio e sentou na beirada da cama.
Ela
