Cobra Narrando A noite foi um inferno. Eu tentei dormir, mas não conseguia. Minha mente não parava, o peito apertava, e toda vez que eu fechava os olhos, o medo tomava conta. Fiquei ali, deitado na cama, segurando o telefone, vendo a Clara dormir na poltrona do hospital ao lado da minha mãe. O cansaço pegou em algum momento e eu acabei apagando. Mas foi um sono leve, daqueles que qualquer barulho já faz abrir os olhos. Assim que o dia clareou, eu já tava acordado, e a primeira coisa que fiz foi pegar o celular e ligar pra Clara. A chamada demorou um pouco, mas logo a tela acendeu e eu vi o rosto dela. O cabelo meio bagunçado, a cara amassada de quem dormiu m*l. — Bom dia… — ela falou, a voz rouca de sono. — Como é que ela tá? — nem perdi tempo. Meu coração tava batendo acelerado. E

