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Clara narrando A noite no hospital foi longa. Cada minuto parecia se arrastar, como se o tempo estivesse testando minha paciência. Dona Marta dormia, mas era um sono inquieto. A respiração dela era leve, quase imperceptível. O oxigênio ajudava, mas não fazia milagre. O corpo frágil denunciava o quanto ela tava lutando. Eu não tirava os olhos dela. Sentia um aperto no peito cada vez que via seu rosto pálido, os dedos finos repousando sobre o lençol branco. Parecia menor naquela cama. Parecia frágil, e isso me dava um nó na garganta. Passei a mão no cabelo, tentando afastar o cansaço, mas meu corpo todo doía. A adrenalina do desespero tinha passado, e agora só restava o peso do medo. A enfermeira entrou no quarto, ajustou o soro e fez algumas anotações na prancheta. — Como ela tá? — pe

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