Clara Narrando Desde que cheguei em casa, minha cabeça estava cheia. Tomei um banho rápido, deixei a água quente cair no meu corpo, tentando relaxar. Mas não adiantou muito. Ainda tinha coisa demais pra resolver. Não era a primeira vez que ele mandava mensagem assim, e eu sabia exatamente qual era a intenção dele. Suspirei e deixei o celular de lado, voltando pras minhas coisas. Varria o chão, organizava a cozinha, dobrava umas roupas, mas minha mente não desligava. O cansaço pesava no corpo, ainda mais depois da noite que eu tive na casa da Dona Marta. O celular vibrou de novo. “Pô, tu não vai me responder, não?” Mordi o canto da boca, já sabendo que ele ia insistir. Peguei o celular e respondi rápido: “Ai, desculpa, tô cansadona, cheia de coisa pra fazer aqui em casa. Não vai d

