“O sonho é a estrada real que nos conduz ao inconsciente.” — Freud
Jungkook
Sonhar é, de certa forma, se enxergar por dentro. É o reflexo de quem somos — nossos desejos, nossos medos, até nossos pecados mais ocultos. Quando sonho, meu inconsciente fala. E às vezes, grita.
Sinto os raios solares tocarem minha pele, e com eles, um pressentimento incômodo — como se algo estivesse errado. Horrível.
Ainda de olhos fechados, tateio a cama em busca dele. Vazia.
Abro os olhos num sobressalto.
— Taehyung?
Meu peito aperta. Meus olhos marejam.
Merda.
Não pode ter sido só um sonho. Não. Por favor, não.
Levanto rápido demais, uma fisgada dolorida no quadril me faz parar.
— Essa dor... é real.
Respiro fundo. O cheiro dele ainda está aqui. Aquele aroma inconfundível, viciante, impregnando cada canto do meu quarto.
Olho para meu corpo: estou vestido, limpo... coberto de marcas. Ele esteve aqui.
Saio correndo. Preciso ver o Taehyung.
Na cozinha, lá está ele — de costas, apenas de cueca, ao lado do Jin. Como se não tivesse noção do quanto me deixa louco.
O abraço por trás, colando meu rosto à curva do seu pescoço. Inalo profundamente.
— Pensei que fosse um sonho... Você está mesmo aqui.
Ele se vira, olha dentro dos meus olhos e diz:
— Jungoo, eu te roxo. Você lembra o que "roxo" significa?
— Por muito tempo, até o fim. Você vai confiar e amar a pessoa...
Ele me dá um selinho. Sério, como eu ainda me mantenho de pé perto desse homem?
— Melhor visão do dia. — diz Jimin, entrando com seus namorados, comendo o Taehyung com os olhos.
— Parem de olhar pro MEU alfa, seus abutres. — murmuro, puxando Taehyung mais pra mim.
— Ele nem é seu alfa. — a voz irritante da Hyun-Ah surge do nada.
Aquela mulher de novo.
— "Goza, Jungkook, goza pro seu alfa." Meu casal favorito. Escutamos tudo. Ficamos até excitados. Quatro vezes, hein? Taehyung, você é mais selvagem do que pensei.
— Não se engane com a carinha dele. — digo, me sentando com todos para o café. — Quando quer, ele sabe ser bem... selvagem.
— Não sei o que você viu nele, Kook. — Hyun-Ah cospe, encarando Taehyung com desprezo.
— Beleza. — Jimin responde.
— Inteligência e perfeição. — Yoongi acrescenta.
— Gostosura. — Youngjae completa.
— Taehyung é a personificação de um deus grego. Eu ouvi um amém? — Hoseok provoca.
— Amém! — respondem todos em coro.
Preciso colocar uma coleira nesse homem.
— Gente, por que ela ainda tá aqui? — pergunta Taehyung, com aquela voz rouca... ah, essa voz.
— Ela faz parte do bando. — Seokjin responde, oferecendo um pedaço de bolo a Taehyung. — Abre a boca.
— Desde quando vocês são amigos? — questiono, estranhando a interação.
Eles apenas dão de ombros. Youngjae continua lançando olhares indecentes para as coxas de Taehyung. Hyun-Ah me irrita. Sério, vou acabar cometendo um crime.
— Gente, preciso contar uma coisa. Estou grávida do Kook.
Engasgo. O ambiente congela. Todos se calam.
Olho para Taehyung. Ele está...tranquilo?
Continua comendo, como se nada tivesse acontecido.
— Taehyung? — pergunto, em choque.
— Hm. — resmunga, entediado.
— Juro que não sei como isso aconteceu...
— Você enfiou seu p*u, e—
— NÃO, Taehyung! Quero dizer que... não tem como isso ser verdade. Você está falando sério, Hyun-Ah?
— Claro, meu amor.
— Ela tá mentindo. — diz Taehyung, calmamente.
— Não estou!
— Seu coração acelerou quando disse “estou grávida”. Mentirosa.
Incrível. Assustador também.
— Você não tem provas, aberração.
Erro fatal.
Todos estavam visivelmente irritados com ela. Na real, ninguém a suporta. Eu só a usava. Fato.
Taehyung a encara. Suas presas aparecem, as garras também. Os olhos... azuis, mas por um instante, juro que os vi vermelhos.
— Você tá ferrada. — Hoseok ri.
Taehyung se aproxima. Hyun-Ah recua, acuada.
— Você está mentindo?
— N-não...
Ele a segura pelo pescoço e a ergue com facilidade.
— Vou perguntar de novo. Está mentindo?
— S-sim...
Ele a solta, me lança um olhar repreensivo. Entendi.
— Hyun-Ah, vai embora. E não volte... a menos que não tenha medo da morte.
Ela corre, apavorada.
— Jeon, preciso ver meus lobos.
Eita. Me chamou de Jeon.
— Não, Tae... vamos tomar banho primeiro.
— Essa mulher me estressou.
— Por favor...meu rei.
— Pedindo assim, impossível resistir.
Entro no chuveiro e relaxo. Sinto sua presença atrás de mim. Ele me prende contra a parede.
— Jungoo, você é tão gostoso... — sussurra, mordendo o lóbulo da minha orelha.
— Meu rei já tá duro?
— Com um namorado gostoso desses, como não estaria?
Oi? Namorado? Eu ouvi direito?
Me viro, puxo ele pela cintura, colando nossos corpos. Taehyung, molhado, com o cabelo cinza, duro... só essa visão já me faz gozar.
O beijo começa quente, línguas brigando por controle. Ele morde meus lábios e puxa para longe.
— Pensei que fosse um sonho. — confesso.
— Eu também, amor. — responde, distribuindo beijos pelo meu pescoço.
Suas mãos escorrem até as minhas, entrelaçam os dedos, levantam-nas até acima da cabeça.
— Humm... T-tae...
— Você não imagina o quanto fico louco ouvindo seus gemidos.
Ele me dá um tapa forte, me arrepia. Outro tapa. Seu quadril esfrega com mais força.
— Me conta seu fetiche mais sujo.
— T-tae...
— Me conta, Jungoo. — mais um tapa, sua voz rouca me consome.
— Me bate, Tae...
Ele sorri. Me vira, pressionando meu peito contra a parede.
— Então, minha p*****a é masoquista?
Outro tapa. Mais um.
— Responde. — diz, batendo forte na minha b***a.
— S-sua p*****a gosta de apanhar...
Ele sorri, satisfeito, e me vira de volta. Seus olhos estão tomados pela luxúria.
— Quero que me chupe, amor. Quero estar bem molhado.
Me ajoelho. Começo a chupá-lo com vontade.
— Isso... chupa seu alfa... ah, p***a.
Faço garganta profunda. O que não cabe, acaricio com a mão.
— E essa visão? Você engolindo meu pau... eu fodendo sua boca...
Gemo, fazendo vibrar.
— V-vou gozar...
Tiro a boca.
— Quero que meu alfa goze dentro de mim. Quero te sentir me inundando.
— Filha da puta... — geme, me prensando na parede.
— Vou te preparar.
Ele me chupa, dedos me invadem. Quando estou prestes a gozar, ele para. Me ergue.
— Vou entrar.
Ele me penetra. Gemo alto.
— Não importa quantas vezes eu te foda... você continua tão apertado.
Aperto minhas pernas em volta dele. Ele me fode com força. Me entrega tapas na b***a.
Gozo sem ser tocado. Ele sente, se desmancha dentro de mim logo depois.
— Jungoo... não pode desperdiçar.
Começo a lamber seu abdômen, depois seu p*u.
— Não podemos desperdiçar, né, Tae?
Ele sorri, malicioso. Geme em resposta.