cap.11

897 Words
Cap. 11: Onde eu me perdi? Kaleu volkov. Após o estresse, me sentei pensativo. Ele estava mesmo determinado a entregar alguém a mim? Como ele pode pensar que eu seria a pessoa mais segura para cuidar de alguém? Sinceramente, não estou pronto para isso e nem quero. A imagem de Lanna e minha filha ainda está vívida em minha mente. Ele não pode me obrigar a aceitar outra pessoa. É como se quisesse que eu apagasse a minha família, como se não significasse nada. E mesmo se eu quisesse recomeçar, um homem como eu não merece nada. Todas as noites revivo o incêndio e lembro da explosão no quarto. Meus ouvidos zumbem todas as vezes. Se eu soubesse que isso ia acontecer… Lanna estava tão feliz naquele dia. Tínhamos voltado de um passeio com a nossa filha. Quando chegamos em casa, parecia que estava tudo bem até encontrarmos aqueles homens sentados no sofá me esperando. Três anos atrás. Quando Kaleu entrou em sua casa, parecia que não tinha nada de diferente e, por isso, ele entrou despreocupado com Lanna ao seu lado. Mas toda aquela alegria logo se transformou em temor quando ele avistou aqueles homens sentados no sofá o esperando. Assim que viram Kaleu, se levantaram, mantendo-se no mesmo lugar. Lanna obviamente ficou assustada e com medo quando encarou Kaleu. Ele já conhecia bem aqueles homens. — Precisamos conversar, Kaleu. — um deles avisou, cruzando os braços. Então Kaleu encarou Lanna, pedindo para que ela subisse com sua filha. Lhe deu um breve beijo na bochecha e ela seguiu, abraçando sua filha com força nos braços. — Não quero envolver minha família nisso. Se vocês querem conversar ou fazer qualquer coisa, melhor que seja lá fora. — avisou Kaleu a eles. De repente, um deles sorriu, direcionando seu olhar a Lanna, que subiu com pressa, virando no corredor. Me sinto aliviado quando ela finalmente desaparece. — Kaleu, Kaleu, a vida que você escolheu, as suas ações e crimes, o que pensou? — ele perguntou, me mostrando um aparelho com um único botão vermelho. Ele não precisou dizer mais nada; seu sorriso e o objeto estendido lhe acenderam o alerta. Kaleu correu escada acima. O homem começou a contagem de três segundos. Ele subiu a escada o mais rápido que conseguia. Ainda houve tempo de ver sua esposa o encarar confusa antes de fechar a porta. Então ela abriu, observando curiosa, mas antes que ele conseguisse dizer para correr, ele viu o fogo se alastrar com a explosão repentina. Os estilhaços que voaram com a potência da explosão acabaram ferindo o rosto de Kaleu e o fazendo perder parcialmente a visão. Mas nada doía mais do que ver o quarto em chamas e tudo que ele tinha agora pegando fogo junto com tudo que ele já acreditou um dia. Após a explosão, os homens subiram para terminar o serviço, mas antes mesmo que pudessem acabar com a minha vida, Cassius chegou com mais homens e conseguiram me livrar do fim que eu mais desejava. Foi impedido por ele. Meu túmulo deveria ter sido nas cinzas. Não serei grato a Cassius nem um só dia! E agora ele simplesmente quer empurrar uma vida ao lado de uma mulher que eu nunca vou amar. Ele deve estar muito louco! Tentei distrair minha mente enquanto cortava pedaços de madeira para acender uma nova fogueira. Espero que meus dias possam voltar a ser tranquilos. Não é possível que aquela menina vai voltar aqui depois de eu quase ter a matado. Sorrio só de pensar na cena e sua cara de pânico. Até suas pernas pararam de funcionar. Me admiro como ela não sujou as calças depois daquilo. Diferente da época em que eu a conheci, ela não estava tão negligenciada, estava até bem. Os cabelos que estavam embaraçados e estranhos agora estavam penteados e ela vestia roupas mais dignas. Talvez o tempo r**m tenha passado para ela. Será bom que tenha mesmo, assim ela não vai me incomodar. Prefiro pensar como Cassius: ela não passa de um fantasma. — Kaleu! — ouvi a voz que me fez ficar de mau humor. Eu estava levando as toras para a fogueira, mas joguei todas no chão em um suspiro pesado com um sorriso amargo. — Você não vai aprender mesmo? — pergunto, me virando para encará-la, já pensando em assustá-la mais uma vez. Mas dessa vez fiquei intrigado. Ela estava sorridente e, de repente, deu uma volta como se quisesse que eu a analisasse. — Viu? Eu estou indo para a escola agora. — ela disse empolgada e sorridente, ela esta mesmo animada para me contar isso? Sendo que m*l nos conhecemos? — O que eu tenho a ver? — é que eu queria te mostrar que estou bem, alem disso depois voce fugiu após me deixar surda, falando nisso agora eu posspo sair quantas vezes eu quiser e para onde eu quiser, por isso... eu vou estar aqui todos os dias! — ela disse com empolgação. A encarei mais uma vez me aproximando dela que recuou demonstrando confusão como se perguntasse o que eu estava pensando em fazer, tudo que eu queria era arrastar ela pela orelha para fora daqui. — O que eu fiz? O que eu fiz para te merecer? Uhm? Eu não lembro de ter vendido minha alma ao d***o para merecer um castigo tao miseravel. — assevero irritado.
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