Casados à Força: Apaixonados Por Escolhas

2

O sol da manhã entrava pelas frestas das persianas, banhando o quarto em uma luz dourada. O despertador tocou, mas Ben não se mexeu. Virou-se para o outro lado, buscando o conforto do sono por mais alguns minutos.

Aos 28 anos, Ben levava uma vida de playboy. Rico e mulherengo, ele vivia às custas de seu pai, Eduardo, um magnata da indústria. Ben nunca se importou muito com responsabilidades, preferindo aproveitar a vida ao máximo.

Mas hoje era diferente. Hoje, ele tinha um encontro com seu pai que poderia mudar sua vida para sempre.

Eduardo, 60 anos, era um homem feito a si mesmo. Começou do zero e construiu um império industrial com base em trabalho duro e determinação. Ele sempre sonhou que seu filho Ben seguiria seus passos, mas Ben nunca se interessou pelos negócios da família.

Cansado do comportamento irresponsável de Ben, Eduardo decidiu tomar uma atitude. Ele propôs um acordo: se Ben se casar e permanecer casado por um ano, ele herdaria as empresas da família.

Ben se sentou na sala de estar, o nervosismo tomando conta dele. Seu pai, Eduardo, estava sentado à sua frente, com uma expressão séria no rosto.

"Ben, chegamos a um momento crucial em nossas vidas", Eduardo começou. "Eu estou ficando velho, e preciso pensar no futuro da empresa."

Ben, encarou seu pai com desdém, seus olhos azuis cheios de tédio.

"Fala logo, velho," ele disse, impaciente.

"Estou cansado do seu comportamento irresponsável," Eduardo disse, indo direto ao ponto. "Você precisa mudar."

Ben bufou. "Mudar? Para quê? Eu estou bem do jeito que estou."

"Não, você não está," Eduardo disse com firmeza. "Você está desperdiçando sua vida. E eu não vou permitir que você destrua tudo o que eu construí."

Ben cruzou os braços. "O que você quer?" ele perguntou, com um tom desafiador.

"Eu quero que você se case," Eduardo respondeu.

Ben encarou seu pai como se ele tivesse enlouquecido. "Casar? Eu? Mas eu sou solteiro! Eu gosto de aproveitar a vida!"

"Eu sei," Eduardo disse. "Mas se você quiser herdar minhas empresas, precisa se casar e permanecer casado por um ano."

Ben ficou chocado com a proposta. Ele nunca tinha pensado em casamento, e a ideia de se unir a uma mulher que ele não conhecia era assustadora.

Mas, ao mesmo tempo, a chance de herdar um império era tentadora. Ben sempre sonhou em ter uma vida de luxo e poder, e essa era a sua chance.

Ben observava o pai, Eduardo, com uma mistura de desdém e tédio. A proposta era ridícula, um insulto à sua liberdade. Casar? Com uma desconhecida? Por um ano inteiro? Era como aprisionar um pássaro selvagem em uma gaiola dourada.

Eduardo, por outro lado, mantinha a postura firme, seus olhos azuis como gelo transmitindo uma determinação inabalável. Ele estava cansado das farras intermináveis ​​do filho, da irresponsabilidade que o consumia como um fogo devorador.

"É a sua única chance, Ben," ele disse, a voz grave e rouca pelo tempo. "Se você não aceitar, as empresas da família serão vendidas e você não receberá um centavo."

Ben cerrou os punhos, a raiva pulsando em suas veias. Desde a infância, ele foi mimado, tratado como um príncipe, com o mundo aos seus pés. A ideia de ter que se submeter a um acordo para garantir seu futuro era inaceitável.

"Você não pode me obrigar a fazer isso!" Ele explodiu, a voz ecoando no escritório luxuoso. "Eu sou livre para fazer as minhas próprias escolhas!"

Eduardo se inclinou para frente, seus olhos fixos nos do filho. "Você é livre, Ben," ele disse com calma. "Mas também é um homem adulto. E as decisões que você toma agora moldarão o seu futuro."

Um silêncio pesado pairava no ar, carregado de tensão e incerteza. Ben lutou contra a vontade de ceder, de se entregar às regras impostas pelo pai. Mas, no fundo, ele sabia que Eduardo estava certo. Ele precisava mudar, precisava encontrar um propósito na vida.

Ben ficou em silêncio por alguns minutos, ponderando a proposta.

"Um ano?" ele finalmente perguntou. "Só isso?"

"Sim," Eduardo disse. "Um ano. Se você conseguir, tudo o que eu tenho será seu."

Ele sorriu. "Ok, velho," ele disse. "Fechado."

Um sorriso quase imperceptível surgiu nos lábios de Eduardo. "Sabia que você tomaria a decisão certa," ele disse, estendendo a mão para o filho. "Vamos começar a preparar o seu casamento."

Ben saiu do escritório do pai como um furacão, a mente em turbilhão. A proposta de casamento o pegou desprevenido, um soco no estômago que o deixou sem ar.

"Casamento? Com uma completa desconhecida?", ele resmungava para si mesmo enquanto caminhava pelos corredores luxuosos da mansão. "Isso é loucura!"

Ele nunca se imaginou casado, preso a uma única pessoa por toda a vida. A liberdade era seu mantra, a aventura sua musa. As mulheres eram flores em um jardim, belas e perfumadas, mas destinadas a murchar em algum momento.

Mas agora, seu estilo de vida playboy estava ameaçado. O ultimato do pai era claro: casamento ou nada.

"Mas por que agora?", ele se questionava, a frustração crescendo a cada passo. "Por que ele resolveu inventar essa história agora?"

Uma sombra de dúvida pairava sobre seus pensamentos. Será que o pai sabia de algo? Havia algo mais por trás dessa proposta inusitada?

Ben apertou os punhos, a raiva se misturando à confusão. Ele precisava de respostas, precisava entender as reais motivações do pai.

Com determinação no olhar, ele se dirigiu para o escritório da mãe, um lugar que guardava segredos e lembranças de um tempo mais feliz.

"Mãe, preciso falar com você," ele disse, a voz tensa e hesitante. "É sobre o acordo que eu fiz com o pai."

Sophia, a mãe de Ben, era uma mulher forte. Ela havia passado por muitas dificuldades ao longo da vida, mas nunca perdeu a esperança. Seus olhos castanhos transmitiam sabedoria e compaixão, e seu sorriso era capaz de iluminar qualquer ambiente.

Quando Ben a procurou, ela o recebeu com um abraço caloroso, seus olhos maternos transmitindo compreensão e apoio.

"Eu sei que você está confuso, meu filho," ela disse com voz suave. "Mas acredite em mim, as coisas nem sempre são o que parecem."

"O que eu devo fazer?", ele perguntou à mãe, a voz carregada de dúvidas e incertezas.

Sophia o fitou com ternura, seus olhos transmitindo sabedoria e amor incondicional.

"A decisão é sua, meu filho," ela disse com firmeza. "Mas siga seu coração, e faça o que for melhor para você."