Se alguém me dissesse que eu ficaria mais ansiosa com a chegada de um menino do que estive ao apresentar o dossiê da Müller Holdings ao investidor mais carrancudo de Nova Iorque, eu teria dado risada. Mas lá estava eu, mordendo o lábio, alisando a bainha da blusa, vigiando o portão principal da mansão Demian como se o futuro dependesse disso. Luci, minha pequena tagarela, estava sentada no sofá da varanda, dividindo um pacote de bolachinhas com Clarisse – a mãe de Robert, a sogra que eu nunca pensei que pudesse existir de tão doce. Clarisse balançava a cabeça para cada explicação mirabolante que Luci dava sobre como “toda princesa precisa de um cavalo mágico e de vestido com bolsos”. Só que hoje, no script particular da minha vida, a princesa estava prestes a conhecer seu “príncipe” – Th

