Ponto de vista Isabella Price Shaw
- Você sabe qual caro foi esses sapatos? Eu deveria te fazer paga um novo par, somente por me fazer correr. – Grito com o suspeito, que se encontra no banco de trás, do carro da Jacki.
- Eu já disse que não fui eu. – Ele murmura, não se importando com o que eu disse.
- Vamos conversar sobre isso, quando chegarmos na delegacia. – Jacki diz enquanto dirige.
- Meus sapatos. – Bufo enquanto olho o meu sapato preto, que se encontra arranhado nas laterais, já que o bonito me fez pular um muro.
[°°°]
- O nome da vítima é Valentina Miller, tem vinte e dois anos, moradora da parte nobre de Seattle, estudante de medicina, filha de uma advogada e de um arquiteto. - Jackie lê as informações que chegou até a gente.
- O nome do senhor rapidinho, é Miguel Pinheiro, tem vinte e cinco anos, mecânico de uma pequena oficina do mesmo bairro em que o encontramos, os seus pais moram no Texas. Ele divide um apartamento com os amigos, mais curiosamente o apartamento que encontramos o corpo, não é o dele. – Leio a ficha do suspeito.
- O que uma garota como ela, estaria fazendo em um bairro, como aquele? – Jackie tenta entender o que está acontecendo.
- Vamos perguntar para ele. – Aponto para a sala de interrogatório.
- Vamos lá. – Concorda Jackie.
Assim que entramos na sala, o Senhor Pinheiro se encontra com as mãos algemadas em cima da mesa, enquanto está sentado na cadeira mexendo a perna nervosamente.
- Eu chamei o meu advogado. – Ele fala, assim que nós sentamos nas duas cadeiras vazias, de frente para ele.
- Já sabemos. – Falo enquanto avalio cada movimento e expressão que ele faz.
- Eu não a metei, eu a amava. – Ele diz assim que Jackie coloca a foto da Valentina, em cima da mesa.
- Vocês são namorados? – Eu o pergunto.
- Somos ex, ela terminou comigo, para ficar com outro. – Pude notar a dor nos seus olhos.
- O que fazia na cena do crime, se você não mora lá, e alega que não a matou? – Jckie a pergunta.
- Ela me ligou chorando, disse que o ele ia bater nela, e como sou a pessoa mais perto de lá, ela me pediu ajuda. – Ele coloca as mãos algemas em cima no rosto. – Eu demorei a chegar lá. Eu falhei com ela.
- Quem é ele? – O pergunto.
- Se eu contar, ele vai me matar. – Miguel se n**a a dizer o nome.
- Mais se você não falar o nome dele, eu não vou poder te ajudar. – Me levanto colocando as mãos em cima da mesa, e me inclinando para frente. – Eu acredito em você, mais se você não me der a informação que eu preciso, você vai para cadeia.
- Ele se chama de, ADA. – Ele responde suspirando.
- Adam Anderson. – Sussurro o nome do homem.
- Não pode ser. – Jackie solta a respiração fortemente.
A porta da sala de interrogatório é aberta, e assim que olhamos para ver quem é, damos de cara com o capitão.
- As duas, venha para fora. – Ele manda, abrindo mais a porta.
- Estamos no meio de um interrogatório. – Jackie fala sem sair do lugar. – Não podemos sair.
- Eu quero vocês aqui fora, agora. – Ele é firme.
Bufando pego a as pastas em cima da mesa, e ando na direção da porta, e escuto os passos fortes da Jackie, atrás de mim.
Quando passamos pela porta, ele é fechada, e junto com o capitão, se encontra dois homens usando terno preto.
- Você sabe o tamanho do caso que cai no nosso colo? – Me viro para o capitão, e ignorando completamente os homens. – Não temos tempo a perder aqui, conversando.
- Sabemos o tamanho do caso, e é por isso que estamos aqui. – Um dos homens de terno, tira o distintivo, escrito FBI. – Esse caso agora é nosso.
- P*rra nem uma. – Jackie fala furiosa. – Esse caso é nosso, e não vai ser nem um engravatado de nariz empinado, que vai tirar esse caso da gente.
- O FBI já está atrás do ADA, a muito tempo, e essa é a primeira vez que temos pista dele, depois de messes. – Diz um dos homens. – Esse caso é nosso.
Se fosse de vocês, vocês teriam achado o corpo, não a gente. – Protesta Jackie. – Capitão, faça alguma coisa. O senhor sabe que somos mais que qualificadas, para esse caso.
ADA, um gangster que por onde passa, sempre deixa uma pilha de corpos, e sempre que é pego, pela polícia, misteriosamente ele consegue fugir ou não tem nada que o coloque em qualquer cena de crime. Antes ele era só um gangster, mais agora se sentindo confiante, ele se tornou líder de uma gangue.
- O seu capitão sabe que vocês mulheres, não são boas para esse caso. – O homem de terno que mostrou o distintivo, falou sorrindo. – Vocês deveriam estar fazendo trabalho normal para mulheres.
Isso foi o suficiente para toda a minha paciência sumir, pois vi tudo vermelho, para logo em seguida, dar um soco no rosto do homem machista. Usei toda a minha força, para ele saber que essas mulheres, não estão aceitando opiniões iguais as dele, e quando ele virou o rosto, pude ver que o soco, cortou o seu lábio, e isso me fez sorrir.
- Estávamos falando com o nosso capitão. – Falo olhando no rosto do homem, com todo o ódio que tem dentro de mim. – Quando quisermos uma opinião bosta como a sua, te pedimos.
- Espero que as coisas não fiquem assim? – O homem olhou para o capitão, que suspirando olho para mim.
- Isabella, preciso da sua arma, e distintivo. – Ele estende as suas mãos, na minha direção. – Você está suspensa.
- Você não pode fazer isso. – Jackie tenta vir ao meu socorro.
- Detetive Price. – O capitão fala mais alto comigo.
- F*da-se. – Tiro a minha arma da cintura, e o distintivo do meu pescoço, e os coloco nas mãos do capitão.
Com passos fortes, ando na direção da minha mesa, e sem para de andar eu pego a minha jaqueta, onde está a chave do meu carro, e saio para fora da delegacia.
Eu quero gritar, e bater em alguém, mais tenho que me controlar.