Quando as luzes se apagam

capitulo 18- Petra

Estamos todos juntos em um carro enorme,os bancos são de frente um para outro fazendo com que as mulheres fiquem de frente para os homens,eles falam todos ao mesmo tempo fazendo com que quase não dê para entender nada,mas respondo o máximo de perguntas que posso, chegamos rápido ao local e descemos do carro,o bar é realmente lindo,parte da varanda fica praticamente na água,o vento é fresco e a noite está estrelada,o mar é azul e mesmo que seja noite as ondas brilham convidativas,fico observando até sentir um par de mãos me segurar pela cintura, não me assusta e nem me dou o trabalho de virar para ver, já reconheço seu toque e seu cheiro invade minhas narinas,me aproximo mais de seu corpo e ele me abraça e beija meu pescoço me fazendo arrepiar,me viro sem sair de seu abraço e ele me olha nos olhos sorri e beija meus lábios levemente e me diz:

- venha vamos entrar bonequinha ou não sei se vou conseguir te soltar- segura minha mão e vamos entrando as pessoas no bar nos olham incrédulas

- porque todos estão olhando Henry?

- não ando de mãos dadas por aí Petra,na verdade nem acompanhado a não ser em eventos, então devem estar chocados,mas eu também estou, não consigo deixá-la e não entendo o motivo,mas sei que não vou impedir- ouvir isso me deixa confusa esse homem ainda hoje disse que não poderia me oferecer amor

- Henry o que quer de mim afinal?

- não entendo ainda achei que queria seu corpo e que ia me dar por satisfeito assim que a tocasse,mas a verdade é que não aconteceu,eu a quero ainda mais,e não acho que seja só sexo, mas não posso dizer o que é- ele me abraça pela cintura e volta a caminhar ao meu lado em direção a varanda- eu quero tentar Petra, quero que estejamos juntos pela primeira vez na vida quero realmente ver o que eu sinto,mas é claro se você quiser...

- eu quero Henry, hoje eu me senti tão bem, tão entregue,como nunca me senti- confesso- se vai dar certo ou não,eu não sei,mas não pretendo desistir.

Henry me beija em frente a nossa mesa, assim na frente de todo bar,escuto alguns assovios, mas não me importo até sentir uma claridade forte nos meus olhos, tenho certeza mesmo antes de abrir os olhos que é um paparazzi, quando abro só confirmo minhas suspeitas,meu rosto fica vermelho quando vejo que todos estão olhando e ele puxa a cadeira para mim, e se senta ao meu lado, uma jovem vem até nós perguntar nossos pedidos,todos optam por cerveja, Louise pede também tequila,logo que ela sai Dominicky abre a sua enorme boca:

- então é isso? estão juntos? são um casal? um lindo par?- ele diz juntando as mãos e piscando várias vezes- dois pombinhos?

- É, é isso.- Henry responde, enquanto a garçonete volta com os pedidos

- olha Petra está de parabéns, conseguiu fazer o que muitas tentaram por anos em uma semana- George diz enquanto toma um gole de cerveja

- vou adorar tê-la como cunhada- Louise me diz e solto um beijo para ela.

Todos bebem e conversam,até que Louise resolve dançar,Henry se levanta e me beija na testa e vai com ela, acho que ele está com medo que ela perca controle,Nicky e Maya vão juntos de mãos dadas e só ficamos George e eu na mesa,ele sorri para mim e se senta um pouco mais próximo e começa falar comigo:

- estou muito feliz por você e Henry estarem se entendendo,olha só para ele- me viro e vejo ele girando Louise pela pista de dança- parece quase o mesmo de antes...

- do seu pai?

- ele te contou?- ele me olha incrédulo e eu aceno que sim-isso o quebrou, o tornou frio,fez com que ele não quisesse mais ninguém,mas sinto que você pode traze-lo de volta, você salvou a Louise hoje e agora está salvando o Henry, nunca conseguirei agradecê-la o suficiente.

- está trazendo meu filho de volta, não tem agradecimento maior

- bem por falar nisso, estamos bem perto de conseguir, vamos ter uma fase de adaptação nos fins de semana,e depois partimos para uma avaliação das suas condições de cria-lo, Henry está tentando encontrar provas e qualquer coisa que possa ajudar com Jonathan e sabe que não vai poder continuar trabalhando com Maya?

- sei,mas ainda não sei o que fazer, mas vou resolver logo.

- sobre a universidade você começou com 16 certo? um pequeno gênio,mas o que estudava?

- direito, ganhei uma bolsa e foi por isso que meus pais e eu vendemos tudo e saímos do Brasil.

- e se eu conseguir colocar você de volta? e te arrumar um emprego comigo?

- eu não sei se posso aceitar, já fez tanto por mim

- não estou fazendo para te ajudar- ele me corta- preciso mesmo de uma assistente,e qualquer uma que tenha conseguido uma bolsa aos 16 anos,fora de seu país é no mínimo brilhante.

- eu nem sei o que dizer George

- diga sim,e do restante eu cuido

- nesse caso,sim.

Começa a chover assim que terminamos a conversa,entramos para a parte coberta do bar, Henry vem até mim e segura minha mão, George foi pagar a conta e logo estamos todos indo para o carro apesar dos protestos de Louise,conseguimos colocar ela dentro do carro, George olha para Maya abraçada com Nicky o tempo todo no carro,algo me diz que ele está bem perto de ter um ataque de ciúmes ,Louise parece tentar segurar o choro,Henry olha para ela com os punhos cerrados, não consigo imaginar a dor que ela está sentindo, mas a tristeza que ela carrega é nítida ninguém deveria ser enganada assim, não é justo amar alguém tão profundamente e não ser correspondido e pior pensar que é tão amada e na verdade não ser.

Assim que chegamos em casa ela sobe as escadas aos prantos, ninguém se atreve a se mover ou chamar por ela até George dizer:

- será que uma de vocês duas pode ficar com ela?-ele diz se referindo a mim e Maya- tenho medo que ela faça algo estúpido

- Eu vou! - Maya sai sem esperar ninguém dizer nada

- bom eu vou para o meu quarto,Nicky pode dormir no quarto ao lado do meu e boa noite a todos- George sai e Nicky o segue só ficamos eu e Henry

- me espere no quarto,tem algo que preciso resolver- ele me beija de leve nos lábios e sai pela porta da frente subo para o quarto e tomo um banho,deito para espera-lo mas não consigo logo pego sono e novamente aquele sonho me atormenta Jonathan chega e arranca John dos braços de Henry,seu sorriso é diabólico, não se parece em nada com o homem que eu amo,acordo assutada mas logo sou envolvida pelo abraço de Henry.