BRIAN SANCHES Acordo com uma dor de cabeça maldita, daquelas que fazem o cérebro latejar como se tivesse apanhado a noite toda. Me arrasto até o banheiro, tomo um banho gelado, visto qualquer coisa e desço pra pegar um analgésico. Engulo o comprimido com um café tão forte que poderia despertar um morto. Sem falar com ninguém, pego minhas coisas e vou direto pra delegacia. Entro sem cumprimentar alma viva. Hoje não é dia. Jogo minha mochila no canto e, ao invés de ir pra mesa, me jogo no sofá da sala. Preciso pensar. Respirar. Me esquecer. Esquecer aquela garota. A maldita dançarina com cara de anjo e boca de pecado. Meus devaneios são interrompidos quando o i****a do Lucas entra sem bater. — c*****o, Lucas! Não sabe bater? Eu já te disse que odeio gente invadindo minha sala! — rosno

