A raiva queimava dentro de Marco como um incêndio incontrolável. Seus dedos seguravam a bandeja com força, os nós dos dedos esbranquiçados, enquanto ele se servia de comida. Mas ele não via nada do que estava pegando. Sua atenção estava totalmente voltada para a cena que acontecia do outro lado do refeitório. A maldita Valesca. Como ela ousava? Marco ainda conseguia ver, em sua mente, a forma desajeitada e brutal com que Eva caíra no chão, os olhos arregalados pelo choque, a comida se espalhando por todo o seu corpo. Por um breve momento, um lampejo de satisfação cruzou sua mente. Mas então veio a ira. Não era para ser assim. Não era para outra pessoa tocar nela. Ela era dele. Somente ele tinha o direito de humilhá-la. Somente ele podia feri-la, fazê-la pagar pelo que a mãe dela lhe

