Sem vergonha

1261 Words
Mileide Bom uma semana aqui no Rio, ficamos apenas dois dias na casa do primo do Ricardo, já estávamos na nossa casinha, tá tudo no começo, temos o básico mas a casa está ficando lindinha, o Ricardo já começou a trabalhar graças a Deus, ele está numa felicidade danada e eu também, ver ele feliz não tem preço, eu sei o tanto que ele era sofrido la onde moravamos por conta que não tinha emprego, ele passava noites em claros pensando em como pagaria as contas no final do mês, era horrível ver ele assim, eu também vou procurar por um emprego, quero ajudar ele com as contas e também comprar as minhas coisas sem precisar tá pedindo a ele, ele já faz muito por mim isso seria o mínimo da minha parte. Era 18 horas o horário que o Ricardo costuma chegar, eu estava sentada no sofá mexendo no sofá e a sua espera, vamos no mercado fazer comprar já que só tínhamos comprados umas besteiras. - Amor não vai dar pra ir no mercado contigo, vou fazer hora extra hoje, devo chegar umas 23:30 por aí. - Aí sério? - Sim minha vida, foi m*l mas é que não estou em condições de recusar hora extra, é um dinheiro a mais no final do mês. - É amor, eu entendo. - Tu pode ir lá fazer as compras sozinha que em casa já não tem nada né? - Vou sim, eu dou meu jeito. - Vou te mandar o dinheiro aqui tá, qualquer coisa não compra tudo pra não pegar muita sacola e amanhã eu vou contigo para comprarmos o resto. - Tá bom, vou pegar o que eu aguentar trazer, se não der pra comprar tudo hoje amanhã a gente compra o resto. - Isso, vou te fazer o pix aí, te amo e até mais tarde. - Até mais tarde minha vida, bom trabalho. - Obrigada minha morena, beijos._ Ele me mandou o dinheiro, só fiz levantar, calçar a sandália e sair de casa, já estava arrumada mesmo, tranquei a porta e fui descendo o morro, eu já sabia onde era algumas coisas, pelo menos o básico aqui eu já sabia andar, tenho que começar a me enturmar pra procurar logo um emprego. Fui no mercado comecei a pegar as coisas, estava entretida vendo os produtos de limpeza quando escutei uns cochichos. - Gostosa mermo mané, put@ que pariu uma delícia essa morena, quando tu me falou eu não botei fé não. - Tou falando pô, é lindona mermo, gostosa pra caralh0, nova moradora, mas te falar tá precisando de um homem de verdade tá ligado, do jeito que ela é gostosa com um corpão desse tenho certeza que o marido não dar conta do recado._ Eu olhei na direção e quando vi quem estava falando essas coisas eu quase não acreditei, gente eram dois pivetes, vocês não tem noção disso, dois garotos que aparentavam ter no máximo 18 anos, é sério que esses moleques tão achando que dão conta de mim? quem são eles pra chegar aos pés do meu marido, meu marido dar conta do recado e muito bem dado. Revirei o olhos e voltei a minha atenção para o que eu estava fazendo, peguei meu carinho e passei por eles de cara fechada que era pra nenhum dos dois procurarem graça comigo, tem nem vergonha esses moleques viu, já sabem que eu sou casada e ainda ficam encarando assim. Bom fiz as minhas compras, muita sacola coisa que o Ricardo falou para eu não fazer por conta do peso, porém eu já tinha comprado, já tinha pago então tinha que me virar pra levar, pior o mercado é na parte baixa do morro, e nós moramos na parte alta, ou seja, além de pegar peso, irei ter que subir com ele, mas vamos nessa né. Peguei as sacolas e fui subindo, chegando em menos de metade do morro eu já estava morrendo, passei perto de um bar que estava cheio de homem armados, ficaram tudo me olhando, mantive meu rosto olhando apenas pra frente e segui meu caminho. - Precisando de ajuda Morena._ Escutei uma voz atrás, olhei para ver de quem se tratava, olhei e era o tal Marquês, precisando de ajuda eu até que tou porém depois daquelas olhadas dele no dia que chegamos prefiro nem chegar perto dele. - Não, obrigada. - Que isso pô, sou bicho não, vou te morder não, só quero ajudar na humildade mermo que eu tou vendo que isso aí tá pesado. - Tou falando sério, consigo chegar em casa de boa. - Para com isso, só porque eu sou bandido? por isso tu não quer a minha ajuda? - Não, não é nada disso. - Então pronto._ Ele veio e pegou quase todas as sacolas da minha mão, senti um alívio não vou mentir, tavam pesadas mesmo. Respirei e comecei a caminhar acompanhada por ele. - Cadê teu macho que deixa tu pegar um peso desse? ele não tem vergonha na cara não._ Encarei pra ele incrédula, mas desviei na hora que ele me encarou firme. - Meu marido está trabalhando e só vai chagar mais tarde. - Hum._ Falou apenas isso e seguimos, quando chegamos em frente a minha casa, abri a porta e entrei, ele entrou atrás. - Bota onde isso aqui? - Coloca aqui na cozinha por favor._ Fui caminhando até a cozinha o mesmo veio e colocou as sacolas em cima da mesa, coloquei as que eu estava também ali na mesa. - Prontinho Morena, tá entregue. - Obrigada viu. - Não tem de quê, precisando estamos aí._ Não mesmo, me ajudou porém não quero aproximação com esse pessoal principalmente esse aqui que já me olhou de um jeito nada agradável para uma mulher casada. - Tá certo._ Falei e o mesmo ficou me olhando, encarando um tempão, Franzi a testa. - O que foi? tá querendo alguma coisa? - Na verdade sim Morena. - O quê? - Quero tu. - Tá maluco? sou casada e você sabe disso. - Tou ligado nessa fita aí, mas tu é bonita pra caralh0, lindona mermo, muita areia pro caminhão daquele cara aí que tu diz ser teu marido, merece coisa melhor. - Estou muito bem com meu marido, não preciso de mais nada, ele é o suficiente, mais que suficiente._ Ele dar um sorriso cafajeste. - Agora tem como você ir? não vai pegar bem o pessoal vendo homem saindo aqui de casa, podem falar coisas que não são verdades, sou casada e meu marido não está em casa então não vai pegar bem. - Eu vou Morena, mas não vou desistir, tu ainda vai ser minha escuta o que eu estou dizendo, nos vemos por aí._ Fala dando as costas e saindo dali, neguei com a cabeça, cara maluco e sem um pingo de vergonha na cara, como que tá querendo a mulher dos outros assim na cara de p@u, pior sabe que eu sou casada e não está nem aí pra nada, Deus me livre viu, quando eu ver esse homem na rua vou fazer questão de mudar de lado, não quero confusão e o que eu menos preciso é de um bandido no meu pé, nem que eu fosse solteira eu ia querer imagine casada. Não sei se devo contar isso para o Ricardo do jeito que ele é esquentado bem capaz de querer ir tirar perguntar a esse tal de Marquês e acabar dando merd@ já que ele é bandido e pra matar um é num piscar de olhos.
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