Bonequinha de Luxo

Capítulo cinco - Manuela

Após o Nathan sair da casa fiquei sem reação claro que eu estava morrendo de medo principalmente por conta do biel, mas eu ia protegê-lo com a minha própria vida se fosse preciso.

Ouvir a porta da minha casa batendo e devia ter sido o Adriano que tinha saído.

Corri para o quarto coloquei meu irmão no seu berço, coloquei tudo que era almofada em cima dele com a intenção de protegê-lo.

Confesso que meu coração estava a mil foi num desses confrontos entre traficantes e a polícia que a um mês atrás perdi minha mãe estava com muito medo pois não suportaria perder mais ninguém que amo.

Logo foi possível ouvir os sons de vários tiros, a troca de tiros durou cerca de meia hora cessando de repente, como aqui no morro as notícias correm, logo fui informada que a polícia tinha sido colocada pra correr mas uma vez daqui do morro.

Meu irmão estava dormido calmo e sereno por isso decidir ir até uma venda próxima de lá de casa comprar uma bolsa de leite e um pouco de pão.

Contei o pouco dinheiro que ainda restava e aquilo me preocupou o que tinha só dava para nos manter por mas uma semana.

A parti de amanhã iria começar a caçar emprego feito louca, mas por hora é melhor eu ir comprar o leite antes que meu pequeno acorde.

Passei por todas as vielas até chegar comprei o que precisava e voltei mas como era anos que eu morava no complexo do alemão tinha certeza que estava sendo seguida e o pior depois das trocas de tiros ninguém sai mas na rua na verdade só sair porque meu irmão podia acordar sentindo fome e eu não queria deixá-lo sem seu mingau.

Tentei apressar meus passos mas a pessoa se adiantou com um rápido movimento ficando na minha frente.

- Passa tudo gata é um assalto.

Com certeza isso não era apenas um assalto todos sabem muito bem que nenhum bandido da comunidade pode mexer com moradores isso é lei aqui no alemão alguma coisa me dizia que tinha o dedo daquele psicopata do Nathan nisso.

- Não estou com nada aqui cara deixei tudo em casa só sair com o dinheiro do pão e do leite desculpas vítima errada.

- eu não quero nada seu era só pra disfarçar o que eu vim fazer é outra coisa.

Meu coração foi a mil o que esse louco mascarado ia fazer comigo o beco que dava de frente com minha casa estava vazio logo as minhas chances de pedir socorro eram zero.

Ele veio em minha direção eu não tinha como escapar era só rezar para que eu saísse machucada sim mas viva pois o biel precisava muito de mim para tudo.

O cara disparou um soco forte no meu rosto fazendo-me ir um pouco para trás não tempo de me recompor pois fui atingida por uma séries de socos acabei caindo no chão recebendo uma sessão de chutes no meu abdómen lágrimas escorriam do meu rosto tudo em mim parecia está sendo quebrado em mil pedaços aquele homem me bateu até se certificar de que eu não conseguiria nem andar quanto mais pedir ajuda.

Esperei alguns segundos eu não conseguia me mexer meu parecia que um trator tinha passado em cima de mim lembrei que meu celular estava comigo apenas mentir por que eu tinha certeza que isso não era um assalto e sim um aviso daquele homem desprezível chamado Nathan.

Conseguir pegar meu telefone e a única pessoa que viria correndo me ajudar era a pri nem pensei duas vezes e disquei seu número. Ela atendeu no terceiro toque.

- Manu que bom que você ligou precisamos conversar.

- me ajuda eu preciso de socorro.

Conseguir pronunciar essas poucos palavras com muito esforço minha amiga entrou em total desespero dava pra perceber pelo seu tom de voz.

- onde você está!? O que aconteceu!?

- na favela, no beco de frente a minha casa me ajuda.

- escuta eu estou indo.

Ela desligou e eu fiquei naquele beco torcendo para que ninguém voltasse para terminar o serviço estava quase entrando em inconsciência quando escuto de longe a voz da minha amiga.

Ela correu e tentou falar comigo mas eu não tinha forças. A pri chamou uma ambulância os paramédicos tentavam me manter acordada o tempo todo mas teve uma hora que eu realmente não aguentei e acabei desmaiando ficando em completa inconsciência de tudo ao meu redor.