Eu olhava pela janela da minha escola, já saturado de tudo.
Mas eu também não era fácil... Reprovei três vezes. Sou a famosa ovelha n***a da família, meu pai estava cansado de tentar me colocar nos trilhos, ele sabia que eu estava perdido.
Eu carregava raiva e dentro de mim...
Por ter sido o caçula, normalmente eu sempre fui a piada e ninguém me levava a sério quando eu estava decidido a conhecer meu avô.
A única coisa que sei sobre ele é que ele se chama Maurício, o chefe da máfia.
Eu sempre fui obcecado para conhecê-lo.
Tentei de fazer todas as formas para ele aparecer pra mim. Mas ele havia feito uma promessa para minha mãe enquanto ela me segurava em seus braços assim que eu nasci.
Ele não iria dar as caras.
Mas eu estava disposto e fazê-lo aparecer.
Ele precisava quebrar essa *maldita promessa.
- Gabriel? - Meus pensamentos foram interrompidos quando a professora gostosa de Inglês me chamou.
- Sim. - Respondi enrolando o lápis em meus dedos.
- Conseguiu entender a aula? Percebi que durante a explicação sua mente estava distante olhando pela janela.
- Pois é... Eu não entendi nada. - Respondi me levantando e pegando minha mochila.
- Aonde você pensa que vai? - Aquela professora gostosa e ruiva me encarava tentando fechar a passagem da porta. Eu conhecia bem o olhar dela... Ela queria que eu comesse ela novamente. Pois é! Eu tinha algumas fraquezas e uma delas eram mulheres bonitas e gostosas. Eu olhei a turma em silêncio e se não houvesse ninguém na sala... Com certeza eu *foderia ela sem hesitar ali dentro mesmo.
- Preciso pegar um ar. - Respondi sério e finalmente ela me deu espaço deixando vazar um sorriso de lado.
Passei por ela e senti seus olhos percorrerem por todo o meu corpo discretamente.
Eu saí da sala e quando eu finalmente passei pelo do portão da escola eu acendi meu cigarro e olhei a rua cheias de carros em alta velocidade indo e vindo.
Aquilo era tentador... E se eu simplesmente me jogasse naquela pista? Será que o querido vovô conseguiria cumprir a promessa de proteção? Eu ri de mim mesmo apagando meu cigarro e subi em minha moto pronto para voltar para casa mais cedo.
Eu gostava de adrenalina. E amava acelerar e sentir que estava voando na pista.
Eu não demorei em chegar em casa tirando a blusa. Passei pela minha mãe sentada no sofá da sala mechendo em seu celular. Mas ela parou assim que me viu seguir para o banheiro.
- Bom dia para você também Gabriel! E o que é isso?! Outra tatuagem?! - Eu parei fechando os olhos resmungando comigo mesmo. Eu havia feito mais uma tatuagem em minhas costas e havia me esquecido de não tirar a blusa.
- Oi mãe... Bom dia. Desculpa eu havia me esquecido de avisar.
- Você havia esquecido de avisar ou de esconder essa tatuagem Gabriel?! - Minha mãe perguntou irritada. Eu pensei e suspirei.
- Acho que os dois... - Respondi calmo e minha mãe resmungou indo para a cozinha. Eu a amava tanto, eu precisava parar de dar trabalho para ela.
Segui para o banheiro e tomei uma ducha rápida. Eu ainda estava com cheiro de sexo que havia feito com aquela professora antes da aula ter começado.
Eu saí do banheiro com a toalha enrolada em minha cintura e fui direto para meu quarto. Eu procurei uma calça jeans rasgada e coloquei sem enrolação. Passei um pente em meu cabelo liso para atrás e alisei minha barba preta com minha mão.
- Gabriel! Hoje Alice vai almoçar aqui com Lucas! Eles estão animados para nos ver! - Minha mãe falava empolgada.
- Manda um beijo para ela mãe. - Respondi sorrindo pegando a chave da moto e colocando minha blusa.
- Como assim Gabriel?! Tem dois meses que Alice e Lucas viajaram! Eles estão ansiosos para matar a saudade.
- Eu sei mãe... Mas eu tenho um compromisso muito sério agora! Depois a gente se fala. - Beijei a testa de minha mãe e saí de casa.
Com a chegada do meu cunhado todo certinho e minha irmã certinha... Certamente facilitaria muito para meu pai me comparar durante o almoço como ele sempre fazia.
Era mais justo deixar a família perfeita se reunir sem a ovelha n***a.
Subi na moto e fui direto para casa do meu melhor amigo.
Eu estacionei ao lado da casa dele e joguei uma pedra duas vezes maior que a minha mão contra porta fazendo um barulho assustador. Pedro abriu a porta assustado e olhou a aquela pedra enorme em frente á sua porta e me encarou pálido enquanto eu gargalhava.
- Bom dia princesa! - Respondi com sarcasmo e ele franziu o rosto.
- Já está bêbado?! - Pedro perguntou me olhando entrar na varanda.
- Bêbado nada... Só se for bêbado de *sexo! Peguei a professora pela terceira vez. - Respondi rindo sentando no muro da varanda acendendo um cigarro.
- Só assim para não reprovar né. - Pedro respondeu entrando na casa.