Ava O sol já havia se posto, e estávamos a várias horas de Los Angeles, no Vale Central da Califórnia — uma região que cheirava mais a fazenda de porcos do que a qualquer coisa remotamente urbana. Pouca gente sabia que, fora do brilho de Los Angeles, a Califórnia era quase toda feita de cidades agrícolas esquecidas pelo tempo. E foi em uma delas que acabamos: uma cidade pequena, empoeirada, com um hotel ainda mais decadente que o anterior. O lugar era minúsculo, com talvez oito quartos no total, todos alinhados como caixotes e com portas voltadas para o estacionamento. Nada de corredores internos, nada de privacidade. Teríamos preferido um quarto com entrada discreta, mas, como diz o ditado, quem tem pressa não escolhe cama. — Só tem um quarto disponível — informou o velho atrás do balc

