ISABELA
Ainda tava um caos na boate quando o Conrado me puxou pelo braço, meio afobado.
— Bora sair daqui, Isa. Vamo, antes que essa merda piore — ele disse, com a cara preocupada.
Fiquei ali travada por uns segundos. Os seguranças tinham levado o Jace pra aquela mesma salinha onde, minutos antes, eu quase tinha dado pro irmão do Conrado.
Que ironia do c*****o, né?
Só faltava agora alguém apanhar de verdade.
Vai que os seguranças do Jace metem a porrada no Carlos… ou o contrário?
Só sei que me bateu uma raiva absurda.
Raiva do Carlos por não entender um “não” e insistir como um babaca. E raiva do Jace… porque ele nem sabia o que tava rolando e já chegou descendo porrada, achando que ainda podia se meter na minha vida assim.
Suspirei fundo, já meio de bode da noite, e virei pro Conrado:
— Me leva pra casa, por favor.
Ele deu aquela empacada, meio que querendo emendar mais um rolê, animadinho demais pro meu gosto.
— A gente podia dar uma esticada, né? Tem um motelzinho maneiro ali na reta da lapa…
Olhei pra ele como se ele tivesse acabado de sugerir me levar pra Marte.
— Conrado… não vai rolar.
Por incrível que pareça, ele não insistiu.
Mesmo bêbado, entendeu numa boa. Me deixou em casa direitinho, ainda me desejou boa noite e foi embora.
Um bom menino, esse aí. Pena que não é pra mim.
Assim que entrei, fui direto pro banho.
Água gelada no corpo, tentando tirar o peso da noite, da confusão e desses dois idiotas da cabeça. Vesti um pijaminha bem curtinho, me joguei na cama ainda com os cabelos molhados e tentei relaxar.
Mas adivinha?
Não consegui.
Ficava pensando se eles tavam bem, se alguém tinha se machucado, se o Jace ainda tava lá ou se já tinha ido embora igual eu. Droga… por que esse cara ainda mexe comigo assim?
Não sei se foi o álcool no sangue, a saudade que insiste em aparecer, ou só minha curiosidade mesmo, mas desbloqueei o Jace.
Escrevi rápido:
"Tá bem?"
A resposta veio tão rápido que parecia até que ele tava com o celular na mão esperando isso.
"Agora tô. Tava só esperando cê perguntar."
Idiota.
Mas um i****a que ainda sabe me atingir com uma frase.
Fiquei ali encarando a tela, pensando no que responder… ou se devia responder. Porque no fundo, eu sabia: essa história tá longe de acabar.
Como eu não falei mais nada, o bonito achou que era de boa me ligar por vídeo.
Tava toda confiante, né?
Esperei o celular tocar umas três vezes antes de atender, só pra ele sentir o drama. Quando atendi, deixei no mudo e não abri minha câmera, só fiquei vendo a dele.
Ele tava no quarto, sem camisa, deitado naquela cama gigante que eu já conhecia, cabelo todo bagunçado caindo na testa, com aquele olhar meio de sono, meio safado…
Um pecado ambulante.
Quase me arrependi de ter atendido, porque meu corpo já começou a reagir igual cadelinha no cio.
— Coé, princesa... deixa eu te ver? — ele pediu, com aquele sorrisinho sacana que ele sabe que me desmonta, me molha, me deixa completamente rendida.
Suspirei, me fazendo de difícil.
— Não posso. Tô feia, bêbada, cabelo horrível, maquiagem toda cagada… um desastre.
— Tá mentindo, né? Deve tá linda pra c*****o… sempre tá. — ele retrucou, com aquela voz baixa e quente que arrepiava minha espinha.
Enquanto ele falava, fui trocando o pijama discretamente, coloquei uma camisola branca curtinha, daquelas com decote que faz o peito virar bexiga de aniversário, redondinho e pulando pra fora.
— Me conta, Isa. Onde você se meteu esses dias que não foi correr na praia? — ele perguntou mexendo no cabelo.
Liguei a câmera como quem não quer nada.
— Esses dias eu tava trabalhando fora, em outra cidade. — respondi, tentando manter a voz firme, mas vendo o olhar dele congelar na tela.
Ele travou. Ficou parado me olhando como se tivesse visto um milagre, ou uma tentação… provavelmente os dois.
— E aí, Jace? Cês se resolveram lá na boate? O Carlos é gente boa… — soltei com veneno, só pra testar o humor dele.
Ele não respondeu de cara, só ficou me olhando, com a respiração pesando, os olhos viajando pelo meu corpo como se pudesse me tocar pela tela.
Consegui o que queria.
Mexi com ele.
Ele ficou me olhando, sem dizer nada por alguns segundos. A respiração dele ficou mais pesada, o peito subindo e descendo devagar. Os olhos pareciam hipnotizados na minha camisola.
Sorri de canto, provocando.
— Tá babando, Jace?
Ele lambeu os lábios, lento, como se estivesse imaginando algo bem específico.
— Tu não tem noção do que eu tô pensando agora, princesa… — ele disse, com a voz grave, rouca, carregada de desejo.
— Ah, tenho sim. E se for o que eu tô pensando, tu é um safado. — rebati, cruzando as pernas e ajeitando a alça da camisola, de propósito, pra deixar mais pele à mostra.
Ele mordeu o lábio e soltou um riso baixo.
— Faz isso de novo… — ele pediu.
— O quê?
— Isso aí, ajeitar a alça… mas bem devagar dessa vez.
Não sei se era o álcool, a saudade ou só esse magnetismo i****a que ele tem, mas eu obedeci. Devagarinho, deixei a alça da camisola cair pelo ombro e ele soltou um gemido abafado.
— c*****o, Isabela… tu vai me matar…
— Quem manda me ligar com essa cara de “quero te comer”? — disse rindo.
Ele riu, depois ficou sério, me encarando com aquele olhar faminto.
— Se eu estivesse aí agora… eu te jogava na parede, arrancava essa camisola com os dentes e te comia até tu esquecer o próprio nome.
Meu corpo respondeu na hora.
Molhei. Literalmente.
Senti o calor subir entre minhas pernas, o coração acelerado, os m*****s duros roçando no tecido fino da camisola.
— Que p***a, Jace… — sussurrei, me ajeitando na cama, tentando controlar a respiração, mas com certeza meu rosto devia estar vermelho.
— Se toca pra mim… vai, Bela. Finge que eu tô aí. Deita, abre as pernas e finge que sou eu que tô metendo a língua em você agora.
Minha mão desceu sozinha.
A vergonha foi embora. Só tinha eu e ele ali. E um desejo tão forte que quase queimava.
Ele começou a se tocar também, sem vergonha nenhuma. Os músculos dele se contraindo enquanto ele falava safadezas, gemia o meu nome e me guiava no ritmo.
Que saudade daquele p*u enorme, de sentar nele todo.
A gente gozou junto.
Ele jogou a cabeça pra trás, murmurando meu nome e eu mordi o travesseiro pra não gritar.
Minutos depois, ele ainda tava lá, com aquele sorriso preguiçoso e o peito nu brilhando de suor.
— Ainda sou teu, princesa... mesmo tu fingindo que me esqueceu.
Desliguei. Não falei mais nada. Fiquei ali, olhando pro teto. Corpo saciado, mas coração bagunçado.
E agora?