Capítulo 21: Carnaval

1003 Words
JACE Mano, dizer que tava incrível era pouco. A Isabela tava soltinha, dançando sem vergonha nenhuma, e eu só conseguia admirar. Que mulher gostosa, na moral. E o melhor? Era toda minha ali naquele momento. Encostei nela no ritmo da música, sentindo o corpo quente dela contra o meu. O glitter dela grudava em mim, misturado ao suor do carnaval. Aquele rebolado tava me deixando doido. Se no primeiro beijo eu me segurei, ali eu já tava perdendo as estribeiras. Foi quando vi Paco lá na frente fazendo sinal. Hora do show. Peguei a Bela pela mão e fui puxando ela pelo meio da galera até o trio elétrico. O coração já tava acelerado, não só pela adrenalina do show, mas porque eu queria muito ver a reação dela me assistindo de cima, no meio daquela multidão insana. Quando subimos, reparei que minha mãe já tava lá, trocando ideia com uns conhecidos. Nem vi quando ela chegou, mas também, do jeito que a muvuca tava, difícil notar alguma coisa. Antes da Bela se afastar pra ficar com minha mãe, puxei ela mais pra perto e dei um beijo no rosto dela, com a mão firme naquela cinturinha fina e suada. — Fica de olho, anjinha, que esse show é pra você. Ela sorriu meio sem jeito, mas os olhos brilhavam de empolgação. Então, soltei ela e fui pegar o microfone. O DJ aumentou o volume e eu me joguei. — E AÍ MEU RIO DE JANEIROOOO? — gritei no microfone, e a galera respondeu na mesma vibe. Era aquilo. Era o que eu amava fazer. E agora, com Isabela ali assistindo, parecia que tudo fazia ainda mais sentido. Mano, tava irado! A multidão pulava e cantava meus sucessos junto comigo, uma energia sinistra. Eu olhava pro lado e via minha mãe e Isabela dançando juntas, rindo, curtindo. A vibe tava boa pra c*****o. Aí chegou aquele momento especial do show, aquele em que eu sempre puxo uma fã pro palco pra cantar minha música mais romântica. Mas, dessa vez, eu já sabia quem eu queria ali comigo. Fui até a Bela sem nem pensar duas vezes. Peguei na mão dela e puxei, e ela já veio negando, rindo sem graça. Mas, parceiro, ali quem mandava era eu. — Vem, anjinha. Hoje essa é pra você! A galera gritou, vibrando, já sacando o clima. Assim que ela pisou no meio do trio, olhei fundo nos olhos dela e comecei a cantar. A letra daquela música fazia ainda mais sentido agora. Quando eu compus, nunca imaginei que ia viver um amor como aquele, mas a Isabela… ela tava despertando isso em mim. Era diferente de tudo que eu já tinha sentido. Enquanto eu cantava, ela me olhava, meio sem jeito, mas com um brilho no olhar que me deixava cada vez mais vidrado. O refrão bateu forte, e eu fui no embalo. Quando a música acabou, não pensei duas vezes, agarrei aquela cintura fina, colei nosso corpo suado e tasquei um beijo. Mano… que beijo! A galera foi à loucura. O trio tremeu com tanto grito e aplauso. Mas eu nem ouvia direito, só sentia ela retribuindo, se entregando ali, na frente de todo mundo. Quando nos afastamos, ela tava rindo, meio envergonhada, mordendo o lábio. Linda pra c*****o. — Safado — sussurrou, rindo, antes de se afastar pra ficar do lado da minha mãe de novo. Eu segui o show, agitando a galera, mas com a mente nela. O resto da noite, eu só queria terminar logo e voltar pra onde ela tava. Parceiro, foi quase duas horas de pura energia, o povo pulando, suando, se jogando naquele carnaval insano. Eu entreguei tudo, tá ligado? Fiz o chão tremer, levei o bloco à loucura. Olhei pros patrocinadores ali no canto, rindo satisfeitos, e já sabia que o trampo tava bem-feito. Mas quer saber? Foda-se patrocinador, f**a-se qualquer outra coisa. Assim que desci do trio, minha mira era só uma: Isabela. Ela tava ali, do lado da minha mãe, rindo, ainda meio sem acreditar que eu tinha puxado ela pra frente. Mas quando me viu vindo na direção dela, aquele sorriso dela deu lugar a um olhar cheio de expectativa. E, parceiro, eu não ia decepcionar. Puxei ela pela cintura com aquela confiança de quem sabe o que quer e tasquei outro beijo, daquele jeito. E aí, meu irmão… acabou. Porque agora que eu tinha provado, que eu já sabia o gosto, que eu tinha sentido a entrega dela… acha mesmo que eu ia parar? Agora essa boca era minha, só faltava passar pro meu nome. A gente saiu do trio e eu perguntei se ela queria ficar mais no bloco, curtir mais um pouco antes de eu ter que ir descansar pro próximo show. Mas qual foi a resposta? — Eu vou com você pra casa. Boa garota. Às vezes tem que dar corda pra ver até onde vai, né? O segurança abriu a porta do carro e ela entrou primeiro, e eu ali atrás, só observando. A saia curta subiu um pouco, revelando mais daquelas coxas grossas e do bundão empinado. Papo reto? A visão era um pecado. Minha mãe foi em outro carro, então ali era só eu, ela e dois seguranças na frente. Só que, irmão, não dava pra segurar. Assim que o carro começou a andar, puxei ela pra perto e colei nossos lábios de novo. Dessa vez o beijo não foi só quente, foi pegando fogo. Minhas mãos deslizaram pela cintura dela, puxando ela mais pra mim, enquanto eu descia os beijos pro pescoço, sentindo o arrepio dela na minha pele. Ela tentou se controlar, mas escapou um gemidinho baixinho. Sorri contra a pele dela e sussurrei no ouvido: — Fica tranquila, eles não veem nada nem ouvem nada. Ela riu, envergonhada, mas não tentou se afastar. E eu aproveitei. Minha boca continuou passeando pelo pescoço, enquanto minhas mãos exploravam aquele corpo delicioso. Ela tava entregue, e eu? Eu tava pronto pra levar essa brincadeira até onde ela quisesse.
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