Teto Narrando Mano, depois do sacode que o Hell me deu, minhas orelhas ainda tavam queimando, parecia que eu tinha enfiado a cabeça dentro de uma churrasqueira. O ouvido zunindo, tipo apito de micro-ondas, e eu só pensando “cäralho, que vacilo que eu dei”. Voltei pro quarto meio cabisbaixo, e quando abri a porta, lá tava a Alice, toda encolhidinha, dormindo que nem um anjo. Linda pra pörra, parecia até que nem era desse mundo. Deitei do lado dela, mas não consegui relaxar de cara. Botei os olhos na porta e me bateu aquela neura: “imagine o Hell entrar aqui e me pegar esparramado na cama com a filha dele”. Aí Füdeu, né? Ia ser meu fim, certeza. Levantei devagarinho, rodei a chave na fechadura, travei a porta e voltei pra cama. Encostei nela de leve, senti o cheiro do cabelo, e fui apagan

