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Nikolai | Série Pavlov (Livro 1)

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Blurb

Nikolai Pavlov, o herdeiro da máfia russa. Treinado pelo pai, um homem sujo e sem sentimentos, a ser um assassino impiedoso.

As coisas complicam quando, antes de receber seu império, Nikolai descobre a primeira, e mais importante, regra da máfia, um casamento.

Impasses, amor e brigas. Nikolai tem que lutar para ser uma pessoa melhor ou viver amargurado e infeliz como o seu pai.

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Prólogo 01
— Nikolai. — Minha mãe sussurrou ao meu lado. Abri os olhos, meu corpo inteiro tremia. Seu rosto machucado e seus olhos tristes e vermelhos demonstravam algo que eu já sabia. Meu pai havia agredido ela mais uma vez. — Está tudo bem agora. — Ela me abraçou. — não precisa ter medo, eu estou aqui. — Ele te machucou. — Levantei minha mão até o seu rosto. Ela sorriu triste. — Sim, mas está tudo bem, seu pai está apenas estressado. — Ela murmurou. — Vamos sair daqui. Assenti e segurei a sua mão. Ela me levantou devagar e sorriu encorajadora. Minha mãe era a mulher mais bonita e incrível do mundo. Sua bondade era tanta e chegava a tantas pessoas. Todos os amigos da família a adoravam, diziam ser uma santa. "Uma santa que se casou com o diabo." Como o meu pai gostava de dizer. Eu conseguia sentir meu corpo tremer um pouco ainda, o medo ainda não havia me deixado completamente. Eu tinha medo de apanhar do meu pai. Minha mãe nunca deixava ele chegar perto de mim e me tocar. Eu não consigo entender porque meu pai é uma pessoa tão r**m, não fizemos nada. — Esse garoto é um covarde. — Ele gritou. Me encolhi um pouco, enquanto minha mãe o encarava. Sua expressão serena havia mudado, ela tinha um misto de medo e arrependido. Seus ombros estavam tensos e sua mão suada.  — Por favor, deixe Nikolai. — Ela fungou. — Nao machuque o meu filho. — Cale a sua boca, Amélia. — Ele rosnou. Uma lágrima desceu pelo rosto delicado da mulher. — seja um homem, Nikolai, vamos! — Eu.. eu.. — Gaguejei. — Eu, eu.. — Meu pai debochou. — Eu estou criando a p***a de um homem, Nikolai, um homem que se defende sozinho, que não precisa da sua mãe. — Ele berrou e me acertou um tapa no rosto. Meu corpo foi jogado no chão, senti minha cabeça bater contra o piso. As lágrimas se inundaram nos meus olhos e o soluço cortou a minha garganta. — Por favor, Vladimir.. — Minha mãe gritou. — Deixe Nikolai, ele só tem dez anos, é uma criança. — Cala a p***a da boca, Amélia. — Ele berrou mais um vez e partiu para cima dela. — Ou eu mato você e essa criança que está aí dentro. Minha mãe se encolheu e abraçou a barriga. Sua feição era chorosa, ela me encarou triste e me senti um nada. Outra criança. Dentro dela. Outra criança. Minha mãe estava grávida. Eu teria um irmão. — Não machuque a minha mãe, me machuca, me bate, me mata.. — Eu gritei e me coloquei entre eles. — Mas não machuca ela e nem o bebê. Meu pai resmungou e me encarou de cima. Seu ombro se relaxou um pouco e seus lábios se curvaram em um sorriso. — Isso, Nikolai. — Ele disse calmo. — Defenda a sua mãe, se defenda.. eu estou criando um homem, e não um merda, você me entendeu? — Ele segurou meu ombro e me empurrou no sofá. Uma das suas mãos pressionou minha bochecha, me causando uma dor instantânea e a outra encontrou meus cabelos. — Eu não quero que se esconda, entendeu? — Ele rugiu. — Sim, Senhor. — Eu disse com dificuldade, sentindo as lágrimas voltarem para o meu rosto. — É assim que eu gosto. — Ele se levantou. Vladimir se levantou e passou a mão nos cabelos, seu rosto se aliviou em uma feição de paz e ele encarou minha mão. Ela se encolheu um pouco. — Vá limpar esse rosto e colocar Nikolai para dormir, estou esperando. — Ele disse sereno. Ele subiu as escadas e virou o corredor, e só então, eu tive coragem de me levantar. Engoli o choro e me aproximei da minha mãe, segurei a sua mão e a puxei para o andar de cima, para o meu quarto. — Não ia me contar. — Eu perguntei. — Contar o que? — Ela perguntou calma, indo até o meu banheiro e pegando a pequena caixinha de primeiros socorros. — Que está grávida. — Minha mãe parou por alguns segundos e sorriu. — Descobri hoje, Nikolai. — Ela se sentou ao meu lado e puxou meu rosto. Sua testa se franziu levemente, antes de ela pegar um frasco e espirrar o remédio no meu rosto. Senti minha bochecha arder no mesmo momento, mas eu precisava ser forte e eu seria. Eu seria um homem, a partir de hoje, por mim e pelo meu irmão. — Se for menino, podemos chamar de Dimitry? — Perguntei calmo. — Podemos sim. — Ela sorriu doce e pude ver todo o amor em seus olhos. — Dimitry Pavlov. — Testei sonoramente. Eu vou proteger você, Dimitry. Eu prometo.

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