Capítulo quinze - 15:2

522 Words
A atividade seguiu intensa, mas coordenada. Os dados dos monitores se estabilizava. A cada minuto, o professor caminhava entre os grupos, observando a execução e fazendo algumas intervenções, aparentemente satisfeito com o que via. E ao final da atividade os quatro ganharam elogios pelo excelente desempenho coletivo. Sexta-feira - Discussões, Reflexões e Fortalecimento de Laços. A sala de aula ganhou um formato de debate interativo. As carteiras estavam organizadas em pequenos círculos, favorecendo a interação entre os grupos. Selena sentou-se ao lado de Amélia e Éder, enquanto Hannah ajustava os papéis sobre a mesa, concentrada. O professor caminhou até o centro da sala e anunciou a atividade: — Hoje iremos debater os casos clínicos que vimos durante a semana. Terão que discutir as abordagens terapêuticas e justificar suas escolhas. Lembrem-se, não há respostas certas ou erradas, e sim argumentações bem fundamentadas. O caso que receberam envolvia o cão com sinais de choque circulatório após um trauma. Amélia conferiu visualizando as anotações feitas no caderno. — Se estamos falando de choque, a prioridade é restaurar a perfusão tecidual. — Algo mais a se considerar, além de fluidos intravenosos? — questionou Éder. Selena inclinou-se para frente, analisando os dados. — Se for hipovolêmico, precisamos de fluídos, sim. Mas e se for cardiogênico? Administrar volume pode piorar o quadro. — Exatamente — confirmou Hannah. — Quando o quadro apresentado revela sinais clássicos de choque circulatório, pressão arterial baixa, também é importante ficar atento aos detalhes dos exames clínicos, como exames de sangue e monitorização da pressão arterial. Esse procedimento é crucial para conter um eventual agravamento do choque e garantir um melhora do quadro. A revisão experiente da colega fez Selena refletir. Ainda era difícil imaginar-se tomando decisões tão críticas na prática. Não que duvidasse de seu conhecimento – ela estudava com dedicação –, mas imaginar-se em um ambiente clínico, tomando decisões que poderiam custar a vida ou a morte de um ser vivo, era algo complexo. Éder investigou. — E como diferenciamos um choque hipovolêmico de um cardiogênico na prática? Selena passou os olhos pelas anotações, organizando os pensamentos. — O hipovolêmico geralmente vem com histórico de hemorragia, desidratação grave ou trauma severo. O paciente pode estar taquicárdico, com mucosas pálidas e tempo de preenchimento capilar prolongado. No cardiogênico... Selena hesitou por um instante antes de responder. — A pressão venosa central pode estar aumentada, sinais de congestão pulmonar podem aparecer, e, ao contrário do hipovolêmico, a administração agressiva de fluidos pode piorar o quadro. Hannah sustentou a observação. — Boa resposta! — avaliou Amélia, apoiando o lápis no caderno. — E, qual a conclusão? — Estabilizar o paciente, determinar a causa exata do choque antes de intervir de forma mais agressiva — analisou Éder. Hannah concordou. — Monitorização, exames laboratoriais rápidos e um ecocardiograma se possível. Isso pode nos dar respostas mais claras. A troca de ideias e a colaboração entre eles tornavam tudo mais prático e a experiência, mais confiante para tomar decisões assim no futuro. Enquanto pagava por um lanche na cantina, o celular vibrou com uma mensagem. “Estou em um seminário.” Ps: “Pensando em você.”
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD