— E se fosse Vicente? — soltei do nada, sentada, observando o JL suado, de camiseta regata, encaixando uma das laterais do berço.
Ele parou o movimento por um segundo e levantou os olhos pra mim, com uma sobrancelha arqueada.
— Vicente?
— É — respondi, meio na defensiva. — Nome diferente, né? Meio artista. Nome de quem vai longe.
— Nome de quem pinta quadro e escreve poema — ele murmurou, voltando a apertar o parafuso. — Vai nascer tocando violino, é?
— E se nascer? Vai ter onde treinar. Esse quarto aqui tá quase uma sala de música. — Ele deu um riso abafado, sem tirar o foco do móvel.
— Vicente… é bonito. Estranho no começo, mas bonito.
— Melhor que Zezinho.
— Nunca vai ser melhor que Zezinho — ele respondeu na hora, firme, com um brilho no olhar. — Mas posso aceitar chamar ele de
