Acordamos com a luz do sol atravessando a cortina m*l fechada. Era domingo. Um daqueles dias que parecem ficar mais lentos só pra dar tempo de viver o que ficou acumulado durante a semana. Eu me espreguicei devagar, a barriga pesada e redonda se moldando aos lençóis. Vicente chutou lá dentro, como se já tivesse acordado também. João estava deitado de costas, com o braço dobrado por baixo da cabeça, os olhos abertos, mas calado. Olhava pro teto como se pensasse no mundo inteiro. — Ele não para de mexer. — comentei, passando a mão pela barriga. Ele virou o rosto e sorriu, sonolento. Depois sentou na cama, bagunçou o cabelo e bocejou. — Quer terminar o quarto dele hoje? — perguntou, com a voz rouca de quem ainda não tinha falado nada o dia inteiro. — Quero. A gente ainda não pendurou o

