Yasmin tava jogada de lado na cama, abraçada no travesseiro que ela mesma trouxe de casa como se fosse um item sagrado.
— Se você babar no meu lençol, te expulso com a barriga e tudo — murmurei, me virando com dificuldade.
Ela resmungou alguma coisa sobre “grávida folgada”, mas nem abriu os olhos.
Eu não tava com sono. O bebê também não, ele parecia fazer zumba na minha barriga.
Fiquei olhando pro teto, escutando a respiração dela ficando mais pesada, ritmada. E por algum motivo, aquilo me deu uma paz esquisita.
Yasmin tava ali. No meio de tudo. Mesmo depois de tudo. E eu ainda tinha ela.
No dia seguinte, acordei com cheiro de pão e manteiga queimando. Sim, queimando.
Desci da cama quase tropeçando no meu próprio pé inchado e encontrei Yasmin na cozinha, tentando virar um ovo com um
