Capitulo 9

1214 Words
- Daqui a pouco, eu vou achar que isso é perseguição. - Steven me acusou sorrindo de lado. - Bem, você é o policial, então provavelmente você seria o perseguidor aqui. - olhei divertida para o policial que coçava a nuca envergonhado. - Touché. - Tio, foi sem querer, eu juro! - o sobrinho do Steven anunciou ainda chorando. - O que houve? - Steven me olhou confuso. - Coisas de crianças. Dei de ombros e vi o menino que estava chorando me olhar confuso. - O que? - o mais velho exclamou e a garota ao seu lado riu. - Obrigada! - o menino de 12 anos me abraçou forte e eu juntei os lábios para não rir. - É mentira dela! Ele... - Ele é adorável. - interrompi o garoto mais velho e senti o menino que me acertou puxar meus braços para baixo me fazendo abaixar até ficar na sua altura. - Quer ser minha namorada? - ele pediu parecendo realmente estar emocionado. - Minho! - Steven puxou o garoto que até então havia fechado os olhos preparado para me beijar. - Okay, já estou indo! Vi o garoto pegar a bola e correr para longe de nós, sendo seguido por seus irmãos enquanto o tio deles se virava para mim com um olhar desconfiado. - Tem certeza que está tudo bem? - Absoluta. Sorri para o policial, mas o meu campo de visão foi coberto por um corpo alto que parou na minha frente. - Kim Matthew. - Matthew anunciou estendendo a mão para o Steven - Eu moro com ela. - Ah sim, eu lembro de você. - Steven sorriu simpático apertando a mão do Matt . - De onde? - Matthew questionou confuso. - Da fraternidade que você divide com ela, certo? - Ah sim. - E não houve mais problemas? - Steven perguntou agora olhando para mim. - Nenhum. - sorri tranquilizando o policial. - E como está o Harold? - Logo logo volta pra mim. - anunciei fingindo emoção enquanto tocava meu coração. Na verdade, eu tinha que arrumar um jeito de pagar o concerto do meu melhor amigo, ai Harold, as coisas iram melhorar para você, bom amigo! - Quem é Harold? - Matthew perguntou confuso voltando ao meu lado. - VOCÊS VEM OU NÃO? - ouvi o Henry gritar lá da quadra e ri me lembrando do quanto dramático aquele menino consegue ser e olha que não tem tanto tempo assim que a gente se conhece, mas eu já notei isso no garoto. - Eu tenho que ir. - Espera! - Steven segurou meu pulso delicadamente me fazendo o olhar - Vai fazer alguma coisa amanhã? - Não, eu... - Vai me ajudar a pintar o cabelo! - Matthew me interrompeu com as bochechas vermelhas - Ela vai estar muito ocupada! - Ah, então nesse caso. - Steven me soltou e pegou seu celular do bolso mexendo em algo nele, mas logo me estendeu o mesmo - Me passa seu número? Sabe, assim você não precisa ligar diretamente para a central de polícia. - Tudo em nome da lei? - perguntei rindo enquanto pegava o celular da sua mão e colocava meu número alí. - E somente dela. - Tchau Steven . - sorri devolvendo o celular para ele. - JB. - ele sorriu jogando o cabelo para trás - Pode me chamar só de JB, Tchau. Observei o JB se virar e começar a caminhar para longe de nós e então foquei minha atenção no garoto ao meu lado. - Pintar seu cabelo? - Ah. - Matthew arregalou os olhos enquanto mantinha sua boca entreaberta parecendo estar muito sem jeito - Eu queria mesmo pintar ele, você podia me acompanhar até o cabe... Cabele...Cabe... - Calebereiro? - perguntei confusa. - Caberero? - Cabetocarreiro? - Cabeibobero. - Cabeijoloiro - CaBERRObero. - Cabe... - Você vai comigo amanhã? - ele me interrompeu confuso. - Claro. - ri e peguei a bola de basquete esquecida no chão e voltei até a quadra sendo seguida pelo Matt . - Por que demoraram tanto? - Tyler perguntou deitado no chão, parecendo entendiado. - É, e quem é aquele cara? - HENRY ! - Você precisa sempre ser tão incoveniente? - Peter o indagou sério. - Vocês ainda querem jogar? - perguntei alcançando a bola para as mãos do Dean . - Você não? - Dean me olhou confuso. - Eu estou um pouco cansada. E quando que eu não me encontrava cansada, hein? Tenho quase certeza que se inventassem um dia internacional da preguiça, ele seria nomeado com o meu nome. - Então vamos para casa. - Finn anunciou batendo palmas e sinalizando a saída para nós. - Posso falar com você? - Peter perguntou começando a andar ao meu lado. - Claro. - Você ainda quer passar na biblioteca onde eu trabalho para tentar a vaga? - Quero sim! Quando eu posso ir? - Bom, segunda começa as aulas na faculdade, e amanhã é domingo o que significa que não vou trabalhar, então se ficar muito pesado para você ir na segunda, você pode ir na terça, que tal? - perguntou encarando seus pés. - Por que ficaria pesado na segunda? - perguntei confusa. - Porque as aulas vão começar. - ele explicou como se fosse óbvio. - Ah é, as aulas. - Você já descobriu o que vai fazer? "Vagabundiar" minha mente me lembrou e eu revirei os olhos. - Administração. - falei a primeira coisa que veio na minha cabeça. - Sério? E qual é a área que você faz? - Segundo andar? - perguntei confusa. - Não. - o garoto riu - O que você faz na administração da faculdade? - Eu... administro? - Isso eu sei. - ele deu de ombros - Mas em que área? - Olha, um esquilo! - apontei para qualquer coisas atrás dele só para poder fugir desse assunto. - Aonde? - Peter se virou para aonde eu apontei curioso. - Que peninha, ele já foi embora. - fiz um bico fingindo tristeza... Globo, me contrata. - Isso é estranho. - Peter mordeu os lábios com as sobrancelhas franzidas - Não há esquilos nessa área. - Então, ele é um imigrante. - falei rindo, mas o Peter continuou apenas me olhando. - Essa foi boa! - Finn falou rindo se metendo no nosso meio - Um esquilo imigrante, um... - Esquilogrante. - falamos em coro e logo começamos a rir. - Acho que esse papo ficou meio confuso. - Peter riu sem graça, nos olhando perdidos. - Você não compartilha o mesmo humor que a gente. - Finn parou de rir e se virou para mim piscando o olho. Okay, ele é maravilhoso. (...) - Posso entrar? - ouvi alguém perguntar depois de deixar leves batidas na porta do meu quarto. - Pode. - avisei e logo a porta foi aberta revelando um Min Tyler com um capuz que tampava quase todo seu rosto - Oi, Tyler , precisa de algo? - Sim. - ele anunciou e meio atrapalhado me entregou um bilhete - Toma. Depois de praticamente jogar o bilhete em mim, o garoto se virou e saiu quase que correndo do meu quarto. - O que é isso? - encarei confusa o bilhete. "Sai do meu dormitório"
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD