Capítulo Dois

1777 Words
- Deixa eu ver se eu entendi. - Steven respira fundo tirando os óculos escuros do seu rosto e me encara sério - Sua casa foi invadida por moradores dela? Eu estava sentada na cama do meu quarto enquanto os garotos "invasores" estavam na sala e o policial Steven escorado na minha porta. Depois que eu chamei a polícia, eu me tranquei no quarto e não abri de jeito nenhum, nem quando os garotos começaram a bater na porta dizendo que havia algo de errado. Claro que havia algo de errado! Eu me mudei para um república masculina! - Eu não sabia que eles moravam nela. - defendi encolhendo os ombros. Foi envergonhoso quando eu descobri que na verdade eu sou a "invasora" da história. Steven chegou encontrando eles na sala e eles logo explicaram toda a situação e eu me senti uma completa b***a por ter feito essa cena toda. Coitados, eles achavam que um garoto iria se mudar para cá e eu i****a achava que essa era uma república feminina. - E você não podia perguntar antes ao invés de ligar para polícia? Que? E se eles me matassem? Quem é que pergunta para um invasor o que ele está fazendo na sua casa? Esse policial realmente não tá pegando o conceito da coisa toda! - Eu já pedi desculpas, tá legal?! - resmunguei cruzando os braços e o Steven apenas revirou os olhos - Eles estão lá embaixo? - Tão apavorados quanto você. - o policial riu divertido - Já que foi tudo resolvido, eu vou indo. - Não! - gritei correndo até ele e parando na sua frente - N-Não me deixe sozinha com eles. - Por que não? - ele perguntou confuso. - Por que eu nem os conheço! - Você também não me conhece. - Mas você tem uma arma! - falei rápido e ele me olhou estranho - Ok, isso te torna ainda mais perigoso que eles, foi burrice minha, nem sei porque falei isso! Você tem razão! É melhor você ir. Ri acanhada e empurrei o policial para fora e fechei a porta rapidamente. Escorei minha cara contra a porta ouvindo os passos do Steven se distanciar e ouvi ele falar brevemente com os garotos e ele logo foi embora. É agora! Estou sozinha com esses garotos e preciso urgentemente explicar a situação e pedir desculpas por quase cegar eles com perfume. Respirei fundo mais umas cinco vezes antes de tomar coragem e finalmente sair do quarto rumo ao andar de baixo. Assim que cheguei na sala, encontrei seis garotos assistindo tv e assim que me viram desligaram rapidamente a mesma olhando com atenção para mim. - Oi. - acenei sorrindo fraco. - Oi. - ele responderam em coro e c*****o, eles são muito lindos! - Me desculpa por ter espirrado perfume em vocês e por ter chamado a polícia. - abaixei a cabeça me sentindo m*l - Eu não sabia que vocês moravam aqui e minha primeira reação foi a autodefesa. - Tu-Tudo bem, e me desculpa também por ter invadido o banheiro quando você estava nele, eu não sabia que ia ter uma garota lá. - o garoto alto que entrou no banheiro, coçou a nuca com as bochechas avermelhadas - Eu realmente sinto muito, não pense que sou um p********o ou algo assim, é que o nosso chuveiro está com problemas e vaza água as vezes, daí quando a gente chegou, a gente achou que ele tava vazando e eu fui conferir. - Eu achava que quem morava aqui eram apenas garotas. - confessei rindo fraco - Quando pedi um quarto, a moça da linha me informou apenas que eu moraria com 7 pessoas, então eu obviamente pensei que fossem 7 garotas. - E nós achávamos que você era um menino. - o garoto que me chamou de loira do banheiro falou sorrindo enquanto olhava para o chão. - Decepcionados por eu não ser um cara? - ergui uma sobrancelha cruzando os braços. Óbvio que eu estava tentando quebrar aquele clima pesado que estava ali, mas confesso que eu nunca fui boa com escolha de palavras. - Satisfeitos. - o garoto de olhos claros que entrou no banheiro por último sorriu malicioso para mim e logo levou uma cotovelada do garoto de moletom rosa - Qu-Quer dizer, é sempre bom ter uma presença feminina. Se eu não me engano, ele é um dos irmãos gêmeos, eles são iguais, só muda o cabelo, esse tem cabelo curto enquanto o outro tem o cabelo na altura dos ombros. E confesso que eles são lindos com qualquer tipo de cabelo. - Acho que vocês estão acostumado a ter bastante presença feminina nessa casa. - ri olhando em volta. De certo eles devem ser bem populares e o que mais deve entrar aqui, são garotas. - Até parec... - Claro que temos! - o de boné interrompeu o garoto de boca suja que havia falado diversos palavrões quando me viu enquanto ria de um jeito estranho. - Sou a Melanie, ou apenas Mel. - Eu sou Peter, o presidente da república. - o garoto alto que entrou no banheiro sorriu me mostrando uma covinha em apenas uma das suas bochechas - E esses são Henry. - apontou para um dos gêmeos que piscou para mim - Finn. - apontou para o de moletom rosa que sorriu fofo - Tyler. - apontou para o garoto dos xingamentos que me olhou com tédio - Dean. - apontou para o garoto de boné que sorriu largo para mim - Matthew. - apontou para o garoto que me chamou de loira do banheiro que apenas acenou com a mão sem olhar diretamente para meu rosto - E o Dy... Cadê o Dylan? - Escondido na cozinha. - Dean deu de ombros. - Por que ele está escondido? - perguntei confusa. Ele deve ser o garoto que eu esbarrei no corredor, o gêmeo de cabelo comprido. - Ele está com vergonha de você. - Finn riu baixinho. - E pelo visto não é o único, tem gente aqui que só falta se esconder embaixo do sofá. - Tyler riu me deixando perdida. Não me julguem, eu sou lenta mesmo. - i****a! - Matthew jogou uma almofada no Tyler que apenas riu se esquivando, me deixando a entender que era dele que o Tyler estava falando - Diz o que ficou mais vermelho que uma maçã quando viu ela. Vi o Tyler arregalar os olhos e me olhar assustado. - Eu es-estava co-com calor, seu o****o. - Tyler resmungou encarando o Matthew sério. - Ah, claro. - Finn riu alto e eu me segurei para não rir com ele, sua risada era engraçada. - Não ri, que você não está muito atrás, "ai meu r**o". - Tyler afinou a voz imitando a reação do Finn quando ele me viu e eu só sentia vontade de rir dessa "briguinha" deles. - Cresce Tyler. - Finn cruzou os braços com o rosto vermelho evitando me olhar. - Por que o Dylan está com vergonha de mim? - perguntei mudando de assunto. - É que ele não tem muito contato com garotas. - Peter explicou e seus amigos riram do pobre garoto que se escondia de mim. - E vocês tem? - Mas é claro. - Henry sorriu e por alguns segundos eu fiquei namorando seu sorriso perfeito, será que o irmão dele também fica com o olho puxadinho quando sorri como o irmão? - Parente não conta. - adicionei divertida. - Então, não, não temos. - ele fez um biquinho me fazendo rir. - Fale por vocês. - Tyler resmungou se levando do sofá - Vou estar lá em cima, e antes que soltem alguma piadinha, não, eu não vou estar dormindo! Mas, nem pensem em me acordar. Dito isso, ele subiu as escadas abandonando a sala. - Você cozinha? - ouvi alguém perguntar baixinho. - Matthew! - Dean o encarou e o garoto se encolheu no sofá. - Não, tudo bem. - sorri me sentindo cansada por ter ficado tanto tempo de pé e me sentei em uma poltrona que havia ali - Podem me perguntar o que quiser e respondendo sua pergunta, eu sei cozinhar o mínimo para sobreviver. - Como lasanha? - Finn sorriu com os olhos brilhantes. - Como miojo. - desiludi o garoto que aos poucos foi perdendo o sorriso. - Você faz faculdade de que? - Peter perguntou e eu travei. m***a, era aquela pergunta que eu temia! - Eu ainda não decidi o que eu quero fazer. - inventei uma desculpa encolhendo os ombros - Tenho até o final desse mês para decidir. - Você tem algum bichinho de estimação? - Dean perguntou sorrindo - Eu tenho um gato, espero que você não tenha alergia. - Não, eu não tenho, nem alergia e nem bichinho de estimação. - ri para o garoto que fingiu suspirar aliviado - Mas tô pensando em pegar algum bichinho no futuro, quem sabe. - Você tem namorado? - HENRY! - os garotos o encarando sério. - O que é? Até parece que vocês também não querem saber. - Henry revirou os olhos cruzando os braços e eu ri. Ele é direto, bem direto. - Não, eu não tenho namorado. - E quer ter? - Henry sorriu depois de piscar para mim. - Sai daqui! - Matthew jogou uma almofada no garoto que riu se levantando do sofá. - Malvados. - Eu vou sair também, preciso arrumar minhas coisas. - murmurei me levantando da poltrona. - E não vai comer nada? - Finn perguntou me olhando apreensivo. - Estou sem fome agora. - sorri para eles que desviaram o olhar. Fofos. - Até mais. - Até mais. - eles responderam em coro. Subi as escadas correndo e me tranquei no meu quarto sorrindo contente. Pelo menos, agora as coisas foram esclarecida! E não deve ser tão r**m morar com esses garotos. Fazia meia hora que eu estava no meu quarto arrumando minhas coisas, até que ouvi baterem na porta. - Quem é? - perguntei mas ninguém me respondeu. Fui até a porta e abri encontrando o corredor vazio, franzi os cenho e quando fui dar um passo para frente meu pé esbarrou em algo, olhei para o chão e encontrei um prato com um sanduíche e um copo de suco ao lado. Peguei o prato do chão e olhei para o lado conseguindo ver alguém se escondendo atrás da porta e ri quando vi a inicial D.K na sua porta e o pé do garoto saindo do seu esconderijo. Provavelmente o Dylan havia feito aquele sanduíche para mim. Acho que não vai ser tão r**m morar aqui.
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