Capítulo 12 Rui Smith Vi meu irmão subir as escadas como sempre: calado, curvado, enfiado na própria sombra. Aquele jeito mudo dele me irrita. Como se fosse mais evoluído por não reagir. Como se silêncio fosse força. Mas eu sei o que realmente é: covardia. Voltei os olhos pro notebook aberto à minha frente, mas as letras começaram a se embaralhar. Não era erro de visão. Era raiva. A verdade é que eu nunca suportei a presença de Brant. Nunca quis ele aqui. Na verdade… ele nunca devia ter sido encontrado. Minha infância foi perfeita até o momento em que ele voltou. Eu era o centro do mundo. O filho amado. O gênio precoce. O herdeiro que todo pai gostaria de ter. Tudo girava ao meu redor — e com razão. Mas aí... o passado bateu na porta. JACK. Sim, eu me lembro do nome Idi

