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722 Words
Julia Meu último ano na Universidade. Não sei se eu amo ou surto. Há alguns anos, mais ou menos quatro. Me mudei para São Paulo com a minha amiga, queria ser independente sem meus pais pegando no meu pé. Me levanto da cama e preparo minhas coisas já que o dia vai ser bem corrido. Tomo um banho quente, faço uma make simples, me visto e calço o meu tênis. — Acorda Julia! — escuto gritos de Andressa, a mesma que divido o apê. — Bom dia que é bom nada — murmuro saindo do meu quarto e sentando na mesa. — Bom dia, princesa — ela morde um pedaço de seu pão — Por favor, vamos cedo para não se atrasar como antes. — Credo! Cadê minha Andressa? — comento levantando e indo em direção ao banheiro para escovar os dentes — Vamos ? —cada uma pega a sua mochila. — Vamos. Tira uma foto minha? — me estende o celular e pego tirando algumas fotos dela — Origada. — E a minha, meu doce? — Pede o carro que tiro lá em baixo — fala já ajeitando a mochila nas costas. Descemos, tiramos algumas fotos, entramos no carro e postamos as fotos. Resolvo postar a foto que tirei no quarto mesmo. Chegando na universidade, fomos correndo, nem sei o porquê de eu ter corrido, teria evitado esse momento meio constrangedor. Esbarro em um loirinho com tudo. Era o Gustavo, ele realmente é muito bonito. Mas sem esses exageros dessas meninas, que encharcam a calcinha quando ver ele. Um bando de emocionadas. O cara realmente é lindo, mas eu que não iria me render aos seus pés. — Desculpa — tento ser educada. — Você me molhou, garota!  — ele se refere ao refrigerante que ele estava tomando que caiu em sua blusa, e parecia bem nervoso — E ela é branca — me lança um olhar de raiva. Acho que pra tentar me intimidar. — Calma, Gustavo. Isso seca, p***a — um dos meninos tentou acalmar ele. Se não me engano é o tal do Leo. — Não posso fazer nada a respeito, só lamento, lindinho — puxo Andressa comigo para a sala bem rápido, sem ao menos olhar para trás. Entramos e sentamos bem no fundo. — Eu? — me chama — Não vai dizer nada? — E o que eu devia dizer? — digo mantendo o olhar pra frente. — Oferecer alguma ajuda a ele pra secar a blusa. — Não exagera, Andressa. Pedi desculpas. Agora se o princeso não aceitou, posso fazer nada a respeito. Presto atenção na minha aula até dar a hora da saída. — Aonde vamos? — Andressa pergunta levantando da cadeira. — Eu vou para o trabalho, e a senhora não sei — me levanto e vou até a cantina comprar salgadinhos, mas sinto uma mão pesada me puxando para trás pela cintura. — Não vai se desculpar ,garota? — ele me olha sério e eu bufo. — Já pedi desculpas. Não vou ficar me humilhando pra você — pego o pacote de salgadinhos e chamo o meu carro pelo aplicativo. Caminho até a saída da faculdade. Enquanto espero, sinto alguém tocar no meu ombro. — Será que tem como você me deixar em paz, garoto? — quando me viro, vejo Mateus — Desculpa — dou um sorrisinho sem graça. — A quem você estava se referindo? — pergunta meio confuso. — Esquece, Mateus — forço um sorriso tentando ignorar que brigamos ontem. — Vamos almoçar, minha linda? — pergunta empolgado com um sorriso enorme. Eu adorava aquele sorriso. Mas Mateus me deixava confusa com toda a sua bipolaridade. — Tenho trabalho agora. Até a próxima — rntro no carro sem esperar resposta e sigo o meu caminho. Bato chegada, faço tudo que tenho que fazer. Espero dar o meu horário e vou embora. Entro no apê e vejo Andressa largada no sofá. Jogo meu molhinho de chaves na mesa de centro, coloco minha mochila no quarto e sento ao seu lado. — Como foi o trabalho? - Pergunta mantendo seu olho na televisão em busca de um canal. — Bem. Quando você começa o estágio? — Aho que na próxima semana — ela parece não ligar muito pro assunto — E como está o Mateus? — nem sei por que ela me perguntou sobre ele. Nunca ligou. — Me erra de Mateus por hoje — me levanto do sofá e vou pro banheiro. Tomo um banho e coloco meu baby doll. Dou uma revisada na matéria e vou dormir.
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