Julia
Eu não acredito mesmo que ela está em cima do meu namorado.
—Atrapalho, fofos? — Encaro a menina ao seu lado que revira os olhos.
—O que foi, Julia? Já deu — Mateus me puxa nos tirando dali — Não cansa de passar vergonha, garota? Vamos embora — Ele caminha até o carro me puxando.
—Mateus... — Resmungo por esta doendo.
—Entra no carro, c*****o! — Ele grita tão alto e próximo do meu rosto, que todos os olhares se viram pra gente.
—Para de fazer escândalo — Falo baixo abrindo a porta do carro.
—Ela não vai com você — Escuto um grito e quando me viro só vejo Gustavo dando socos no Mateus, o jogando pelo chão e distribuindo mais socos.
—Alguém separa, por favor! — Suplico após ter ficado paralisada por um momento, mas ninguém separa, até um dos amigos do Gustavo vir e separar.
—Acabou, Gustavo, vamos voltar pra festa — Ele puxa o Gustavo de cima do Mateus que se encontrava no chão.
—Eu vou levar ela pra casa. Julia, vem comigo — Fico parada sem saber o que fazer — Vem comigo — Ele me puxa pro seu carro e eu entro ainda tentando engolir tudo que tá acontecendo.
—Gustavo... Não precisa. Eu vou embora com o Mateus e... — Ele me corta.
—Para com isso Julia. Ele é um grande filho da p**a e tu tá nessa, cara.
—Mas ele é o meu namorado — Sou meio ignorante com ele.
—Se quer ir com ele... — Nos encaramos — Vai p***a nenhuma. Me fala onde você mora que eu te levo — Dá partida no carro.
—Você é incoveniente.
—Para de fazer doce, Julia. Vamos comer — Ele sorrir.
—Não quero comer — Cruzo os braços e fico o encarando.
—Não perguntei se você queria comer, só falei que vamos — Brinca e segui com a atenção na estrada.
Depois de algumas ruas chegamos em um bar.
Sentamos do lado de fora mesmo, ele trouxe alguns corona long nack e foi comprar cachorro-quente.
Depois de um tempo ele volta e já estou no meu terceiro corona.
—Você bebe demais — Ele me entrega o lanche.
—Preciso me distrair — Dou mais um longo gole da bebida olhando a rua — Por que me ajudou? — Encaro seus olhos esverdeados. É uma linda combinação que nem sei decifrar.
—Porque você precisava de ajuda, e ru senti necessidade de fazer isso por você — Ele fala após ter ficado me olhando por um tempo — Quando quiser ir pra casa, só me falar.
—Obrigada — Fico com vergonha de ele me ajudar naquela situação.
—Pelo o quê? — Ele me olha e começa a rir, fico sem entender — Está me devendo duas, estressadinha. Você derrubou meu refrigerante e me molhou todinho, princesa.
—i****a — Cruzo os braços — Pedi desculpas, não aceitou porque não quis.
—Eu sou o culpado? A abusada da história é você.
—Você é o culpado por ser um babaca em não aceitar minhas desculpas. A princesinha foi educada, tá legal ? — Nos encaramos e rimos alto.
—Até que você não é tão insuportável assim — Ele dá seu último gole na bebida.
—Acho que consigo te aturar, mas você ainda me tira a paciência — Seco a garrafa.
—Muito obrigada, queridinha. Vou até te levar às compras — Ele afina a voz, o que me faz cair no riso e ele me acompanha.
—Podemos ir ? — O encaro e ele abre um sorriso.
—Claro, tudo o que a princesa quiser.
—Para de me chamar de princesa.
—Por quê? É um ótimo elogio — Debocha.
—Mas da sua boca soa como uma ironia — Ele rir nasal.
—Exatamente. Essa é a intenção, princesa — ele da uma ênfase no "princesa" e seguimos rindo e provocando um ao outro até o seu carro.
Logo ele me deixa em frente ao meu prédio.
—Está entregue, Ju. Eu moro no prédio seguinte à esquerda. Sai comigo amanhã?
—Desculpa. Pra falar a verdade, meu namorado disse que não me quer com você — Reparo que ele suspira olhando pra estrada e me encara de volta.
—Se mudar de ideia, me liga — Fala mais frio.
—Está bem. Valeu pela noite.
Ele dá um sorrisinho de canto e acena, aceno de volta.
Subo o elevador e deparado com Mateus na minha porta.
—Aonde você estava, Julia? — Ele levanta do chão que se encontrava e me abraça.
—Por favor, Mateus, vai embora, não faz isso de novo — Tento me soltar dele, mas ele me segura com firmeza.
—Não me deixa, por favor — Ele sussurra bem perto do meu ouvido — Me perdoa Ju, eu amo você. Ela deu em cima de mim — Se explica e não me deixa falar nada.
Ele me puxa para um beijo calmo, tento rejeitar, mas acabo cedendo dando passagem pra sua língua se adentrar e dá algumas mordidas em meus lábios, acariciando minha cintura com certa agressividade.
Nem sei como entramos no apartamento, com ele já me puxando pro meu quarto, me deitando na cama e vindo por cima, beijando meu pescoço e abrindo meu short. Ele puxa a sua blusa do corpo e joga em algum canto. Termino de tirar o que me resta e volto a deitar.
Quando ele tira a sua calça com a cueca, ele voltou por cima de mim já colocando a camisinha, colocando seu m****o com tudo, dando estocadas fortes até seu orgasmo. Nada de especial.
—Estamos bem? — Ele deita ao meu lado.
—Estamos — Forço um sorriso e viro de costas pra ele, tentando pegar no sono.
Eu sei que é meio estranho, mas não gosto da forma que transamos. Falta muitas coisas na nossa transa, não sei dizer o que realmente é, não sei se é o jeito que fazemos ou sei lá.
Me desligo dos meus pensamentos e durmo.
—Ju...— Alguém me chacoalha.