Rodolfo Martinelli
Desde o maldito dia em que vi a Nicole nos braços daquele infeliz, o sono me abandonou. Não consigo fechar os olhos sem que aquela cena volte à minha mente como um tapa na cara. E quanto mais eu penso, mais a raiva me consome.
Hoje, no fim do expediente, a irritação transbordou. Não vou fingir que estou bem. Não vou me fazer de indiferente. Se ela me desrespeitou, eu vou devolver na mesma moeda — ou pior. Ela quer brincar com fogo? Eu sou o incêndio.
Antes de sair da empresa, pego o celular e ligo para Luana. Sempre disposta, sempre me serviu bem, e hoje não foi diferente.
— Oi, sumido... — disse ela, com aquele tom provocante de sempre.
— Vista algo provocante. Passo aí em vinte minutos.
Ela riu, animada. i****a.
Termino de revisar os últimos documentos, pego as
