Q u a t r o

1403 Words
PONTO DE VISTA DE GRAYSON Acordei na escuridão completa e, quando me levanto, as folhas e galhos secos estalam sob o meu peso ao me levantar do chão, completamente nu. Enquanto me ergo, sinto como se minha cabeça fosse explodir, como um martelo maldito batendo em minha cabeça repetidamente. — Merda — Resmungo enquanto olho ao redor. Não há nada além de escuridão por quilômetros e suspiro internamente, meus olhos ficam vermelhos brilhantes, revelando a visão noturna dos olhos do meu lobo. Tudo o que vejo são árvores, algumas em pé e outras caídas, e então percebo as extremidades distantes de luzes, as terras de nossa alcateia, suspiro, transformando-me novamente em meu lobo prateado. Eu me contorço depois de me tornar um lobo completo me tornar um lobo completo, meu corpo doendo e minha mente sentindo como se fosse explodir, mas empurro isso para o lado enquanto começo a correr de volta para casa. Não demora nem dois minutos antes que eu esteja na frente da casa da alcateia, meu estômago se retorcendo de dor, me jogo no chão do pátio enquanto volto à forma humana. Pelo menos não doeu tanto como antes, eu pensei que ia arrancar a cabeça da Emily só por causa da dor e da raiva, como se minha mente não se importasse com o fato de que eu estivesse apaixonado por ela. — Grayson? — Ouço nosso beta subir as escadas, provavelmente saindo do seu turno, e ele se agacha ao meu lado. — O que há de errado? — Ele pergunta e eu resmungo ao me virar de costas. — Minha companheira é uma i****a — Eu digo entredentes e um sorriso se forma em seus lábios. Ele não sabe dos acontecimentos anteriores em que encontrei minha companheira. — A pequena Em finalmente começou a te bater? — Ele pergunta, confuso, uma risadinha escapando de seus lábios, e eu franzo a testa, negando com a cabeça — Vamos lá, levante-se — Ele me puxa para ficar em pé e eu mordo o lábio, pois parece que eu só quero continuar caindo de novo, meu coração se apertando enquanto me movo. Ele coloca o seu braço sob o meu e me ajuda a entrar, pegando uma bermuda e jogando em mim, eu a coloco lentamente, com dor, antes de me sentar no pequeno banco bem perto das portas. — Quer conversar sobre isso? — Ele oferece e eu dou de ombros, sentando-me. Eu sempre converso com o beta Rick, ele não me dá sermões como meus pais e sempre apenas me ouve. — Tivemos uma reunião com a alcateia Argent, e em vez do alfa Raymond aparecer com um filho primogênito, ele trouxe sua filha que se revelou ser minha companheira — Eu resmungo enquanto falo em um fôlego só. — Oh. E a Emily? — Ele pergunta preocupado, Emily era simpática com todos e todos a amavam. — Tentei rejeitar minha companheira, mas ela virou as costas e foi embora sem aceitar nem me rejeitar de volta. Acho que ela dormiu com outra pessoa só para me causar a maior dor. Nunca senti nada parecido — Eu digo entredentes e o beta Rick coloca a mão em meu ombro, suspirando enquanto balança a cabeça. — Sinto muito, garoto. Vamos lá, vou te ajudar a chegar na cama — Ele sorri, estendendo a mão e eu a aceito felizmente, não conseguiria chegar lá por conta própria agora, correr de volta consumiu todas as minhas energias. — PONTO DE VISTA DE HEAVEN-LEIGH Enquanto continuo a dançar a noite toda e beijar outro cara, feliz, não me sinto tão fria ou sozinha. Não sinto dor quando me esfrego contra outro cara, suas mãos percorrem meu corpo enquanto dançamos e me sinto eufórica. Literalmente, ninguém me machuca e sai impune. — Podemos ir para casa? — Mia pergunta, apoiando o cotovelo no balcão ao meu lado, enquanto eu peço uma dose no bar. Meus olhos se voltam para o rosto bêbado dela e eu suspiro, concordando enquanto o barman coloca a dose na minha frente. Eu a pego, jogando a cabeça para trás e tomando a dose, enquando o rosto de Mia se contorce. — Vou vomitar — Ela resmunga e meus olhos se arregalam. — Quer ir ao banheiro? — Ofereço e ela balança a cabeça. — Cama — Ela resmunga e eu concordo, peço nossas coisas e o barman nos entrega, eu entrelaço meu braço no dela, a puxando para a saída do clube. Enquanto o ar frio envolve meu corpo aquecido, minha mente fica confusa e de repente me sinto ainda mais bêbada. Merda. Destranco meu carro e ajudo Mia a entrar no banco de trás, cambaleando bêbada enquanto circulo o carro e entro no banco do motorista, trancando as portas para afastar babacas bêbados que tentam flertar. — Não dirija muito rápido — Mia resmunga, gemendo enquanto segura as laterais de sua cabeça. — O que? — Pergunto ao olhá-la — Ainda nem liguei o carro e definitivamente não vou dirigir assim, vamos morrer — Eu bufo e ela me olha incrédula, inclinando-se para a frente, seus olhos repousando no painel do meu carro desligado e ela geme. — Estou ferrada — Ela resmunga, bem óbvio. — Vou ligar para o Derek — Falo enquanto disco o número dele e, após dois toques, ele atende. — Princesa? — Ele responde e reviro os olhos. — Você pode vir nos buscar? Estamos aqui com meu carro, mas estamos bêbadas — Eu balbucio e ele ri, ouço ele remexendo os pés. — Já estamos a caminho — Ele ri e eu suspiro, encerrando a chamada antes de me acomodar no conforto dos meus bancos de couro. — Você quer comer alguma coisa? Eles vão demorar uns dez minutos — Eu olho para o relógio e ela faz uma careta. — Não — Ela murmura e eu dou de ombros, abrindo o aplicativo de entrega de comida e rolando o menu, mas cada coisa que vejo me dá vontade de vomitar e suspiro, fechando o aplicativo. Meus olhos vagam e eu pulo com o som de batidas na minha janela. Um suspiro de alívio escapou dos meus lábios quando destranco o carro e Derek abre a porta. — Vamos lá — Ele sorri enquanto estende a mão e eu pego, saindo enquanto ele me guia ao redor do carro. Vejo o SUV preto fazer uma curva e vejo o beta Henric acenar antes de ir embora. Pelo menos ele não viu o quanto a filha dele está bêbada. — Obrigada por vir nos buscar — Eu sorrio e Derek sorri de volta enquanto fecha a porta e contorna o carro. Minhas mãos deslizam pelas minhas coxas nuas quando de repente sinto frio. Ele olha para o banco de trás e vê Mia desmaiada, com as pernas encolhidas nos assentos, e um riso escapa de seus lábios cheios. Ele é bonito. — Coloque o cinto — Ele pisca enquanto dá a partida e eu suspiro, colocando o cinto de segurança. Enquanto voltamos para casa, passando pela floresta, meus olhos estavam nas árvores ao nosso redor. Derek aumenta o volume da música e minha cabeça balança de um lado para o outro enquanto o álcool ainda corre em minhas veias. Meus olhos se fixam nas mãos grandes de Derek, veias pulsando em seu braço tatuado, e eu olho distraída para o perfil dele. Sua mandíbula estava relaxada, seu cabelo escuro bagunçado, uma mecha ondulada caía na testa e seus olhos castanhos estavam fixos na estrada. — Princesa? — Ele murmura interrogativamente. Merda, ele me pegou encarando. — Sim? — Eu murmuro. — Está tudo bem? — Ele ri enquanto me observa. — Uhm… — meus olhos começam a ficar cheios de lágrimas. Nada estava bem. Eu me embriaguei loucamente, causei uma imensa dor ao meu companheiro, dormi com um cara que conheci por dois minutos e, agora, estou encarando o nosso gama como se ele fosse um pedaço suculento de bife. — Por que você está chorando? — Ele perguntou, seus olhos preocupados se voltando para mim e eu suspiro enquanto lágrimas escorrem pelas minhas bochechas. Eu tiro os saltos e puxo minhas pernas até o peito, abraçando-as enquanto apoio o queixo nos joelhos. — Digamos apenas que foi uma noite louca — Eu dou de ombros, sem querer entrar em detalhes com ele. — Sinto muito — Ele murmura, pedindo desculpas.
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