Capítulo 3 - Aurora

987 Words
Faz dois dias que meu pai está na Itália, a operação já foi feita e foi um sucesso, conversei com ele depois que acordou e ele estava feliz. Feliz como poucas vezes vi na minha vida. Amanhã meu papi e Zayn vão para a Itália, eu não vou poder ir por que tenho algumas reuniões essa semana. -O que minha bonequinha tanta pensa?- pegunta meu papi sentando na cadeira da sacada com uma garrafa de vinho e duas taças. -Só pensando nessa loucura dos últimos dias- respondo enchendo a taça. -Tenho algo para te falar- eu o observo enquanto seca a taça num gole-Lorenzo quer ir morrar na Itália. -O que!!- falo tossindo com o gole de vinho que tinha acabado de tomar. -Não é nada definitivo, ficamos de conversar melhor- fala num suspiro- Parece que seu cunhado quer ajudar a abrir um escritório lá. -Nossa que bonzinho ele é, nem parece que proibiu meu pai de ver a irmã por quase 40 anos- falo com deboche. -Aurora para- ele me repreende- Eles tem outros costumes que os nossos, os maridos que mandam e as mulheres são totalmente submissas e isso era pior naquela época. -Eu nunca aceitaria viver assim- falo irritada. -Acho que não existe mafioso no mundo que domaria minha gatinha arrisca- ele fala rindo. -Você conhece ela, a irmã do pai? -Pessoalmente não, ela se casou com apenas 18 anos e já foi proibida de ver seu pai-Ele fala com o olhar triste- Vi algumas fotos, os dois são bem parecidos. - Por que ele nunca falou dessa irmã? -Era muito doloroso pra ele, e com o tempo ele preferiu fingir que ela não existia e esquecer essa dor. -E o senhor vai concordar com essa ideia louca-falo nervosa- A dois dias eles nem lembravam que a gente existia, e por mais que aquele velho esteja arrependido não apaga todo m*l que ele fez. E por último eles são uma família de mafiosos, são perigosos - Você sabe que a família do seu pai era ligada a máfia. -Mais ser ligada a máfia só trouxe dor ao papai, então por que mexer numa ferida cicatrizada. -Vamos deixar ver o que vai acontecer, não vamos sofrer com antecedência. -Entâo você concorda com ir morar na Itália?- pergunto num suspiro. -O Lorenzo sempre fez tudo para me ajudar na minha carreira, a gente se conheceu na Itália e quando quis vir para a América ele veio junto e me apoiou, ele sempre botou meus desejos em primeiro lugar, até você.E também estava pensando em abrir uma ateliê na Europa- dá de ombro. -Eu sei, o senhor fala a anos disso, também me lembro que falava em Paris. -Os planos mundam. -Mais e eu como fico? Não quero ficar sem ver vocês- falo com uma voz triste. -Ah meu bem não fica assim- fala fazendo carinho no meu rosto-Eu não vou fechar o ateliê daqui, vamos vir para cá as vezes.E você pode abrir o escritório da tua empresa lá como filial europeia. -Eu na verdade tava pensando na Alemanha. -Como te disse os planos mudam-Alfonso fala com um sorriso, ele sabe que faria de tudo para ficar perto da minha família. -Deixa eu te mostra uma fotos dos teus primos-eu faço uma careta enquanto ele ri. Ele me mostra as fotos enquanto fala os nomes, o primeiro tem os cabelos castanhos um pouco mais claro que o meus igual os do meu pai, olhos azuis, porte forte e intiminador. O segundo mesmo na foto dá pra notar que ele é enorme e musculoso, tem cabelos loiros escuros, olhos azuis gélidos, uma barba por fazer e pode-se ver algumas tatuagens, se o primeiro era intiminador esse parece um predador. -Bem gatos né- faço outra careta- Eu sei que eles não fazem seu tipo mais não pode negar que são bonitos. -Sim são bonitos sim- falo tomando um gole de vinhos. -Bom eu vou dormir- fala me dando um beijo na testa. -Boa noite papi. Me servi de mais uma taça de vinho e fico observando as luzes da cidade. Vou até minha bolsa e pego o maço de Camel, eu não constumo fumar perto dos meus pais mais tava muito irritada com toda essa história. Dou uma tragada e solto a fumaça enquanto tento organizar meus pensamentos. Bebo mais um pouco de vinho. Eu já vi meus pais sofrerem muito homofobia, não quero ver isso acontecer de novo. Ninguém muda da água pro vinho tão rápido, meu "tio" aquele velho escroto não me desce. E os filhos dele também não tem cara de boa coisa. Mas resolvo não sofrer por antecipação como meu papi falou. Dois meses depois Cheguei de viagem da Espanha agora, subo rápido até meu novo quarto na Itália, sim eu falei Itália, merda. Tudo aconteceu tão rápido me parece um furacão que passou. As duas famílias se acertaram e se deram muito bem, meu pai Lorenzo já está trabalhando aqui, enquanto a reforma do novo ateliê do Alfonso vai a todo vapor. Eu sou a única que ainda nao conheci os D'Angelo, andei tão ocupada em reuniões e avaliando propostas para a nova filial que m*l tenho dormido. Estava na Espanha avaliando uma proposta, todos os investidores fazem questão de falar com os 3 sócios, droga. Hoje tem um jantar na casa da minha tia, não posso mais adiar ser apresentada há eles. Meu voo atrasou e meus pais já foram para o jantar e eu fiquei de ir depois. Tomo um banho rapido pego um vestido floral preto na metade da coxa, de alcinha e decotado nada muito revelador, está muito quente hoje. Boto um tênis branco meus pés estão doídos de tanto usar salto. Me olho nos espelho, minhas tatuagens nos braços e costas estão expostas, que se f**a, pentei meu cabelo castanho escuro deixo ele solto só passo hidrante labial e perfume, não tenho tempo para maquiagem já tô atrasada.
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